Uma das coisas que muito nos alegra é ver que nossa sexagenária turma está repleta de filhos e, principalmente, dos terríveis netinhos, e até mesmo de alguns bisnetos, frutos de alguns de nossos amigos que se aventuraram mais cedo nas suas experiências sexuais.
Mas em determinados momentos bate aquela sensação de que nosso tempo está se esgotando, e viajamos em nossos pensamentos tentando montar parte do quebra-cabeça de nossa vida, e descobrir como, num futuro pouco distante, estarão se comportando nossos Chefinhos, pois é assim que a maioria se coloca para nós, vovôs e vovós, para conseguirem muita coisa que os papais e mamães teimam em dizer o famigerado NÃO.
E neste mês, já marcado como Outubro Rosa, em homenagem a uma importante campanha internacional, surgida na década de 1990, em Nova York, nos Estados Unidos, e voltada para despertar a consciência das pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, também é o mês das Crianças, de nossos queridos Chefinhos, e para homenagear essa turminha que muito nos enche de amor e alegrias, deixamos aqui um pequeno registro, na figura emprestada de Gabriel, meu neto, meu Chefinho, que descreve um possível acontecimento no futuro, que pode ocorrer com qualquer uma de nossas ferinhas,
Lembranças do Vovô Dureza
Gabriel, agora aos seus 30 anos, mexendo em um antigo computador de seu avô Zé Drinks, encontrou uma série de registros contendo contos, poesias, historinhas, algumas inacabadas e outras publicadas em seus livros, e quase tudo desconhecido da família, e provavelmente dos próprios amigos.
Ao ler alguns desses arquivos, um sorriso nostálgico surgiu em seu rosto ao encontrar um verso do vovô que ele carinhosamente chamava de Vovô Moleza, e escrito como se ele já estivesse passado e queria que um dia alguém lesse. Esse vovô não era fácil, como costumava dizer. E lembranças da infância surgiram como um filme em sua mente...
Vovô Zé Drinks, amigo camarada,
Brincava de tudo, e sempre dizia,
"Vovô Dureza é o que sou", quem diria!
Com Chefinho Gabriel, a liderar com vontade,
Chamavam-no de "Vovô Moleza" com muito carinho,
E juntos brincavam com amor e jeitinho.
Um susto de plástico, que grande promessa!
Vovô gritava, todos riam sem fim,
Uma família feliz, em eterno motim.
É que o amor e a risada, são o que mais vale no amanhã.
Vovô Moleza, um herói sem igual,
Nos mostra que dureza era seu amor, um fato real.
Antes de desligar o computador, Gabriel lembrou da música criada pelo vovô Moleza, que dizia ter sido inspirada durante a brincadeira de colocar uma barata de plástico na careca do vovô.
Era uma vez uma barata,
Que sonhava em viajar,
Um dia viu um vovô,
E decidiu se instalar.
Na careca do vovô,
Ela fez seu lar,
Com um sol brilhante,
E muito pra brincar!
O vovô não percebeu,
A amiga que chegou,
Dançando sob o sol,
Na cabeça ela ficou.
Na careca do vovô,
Ela fez seu lar,
Com um sol brilhante,
E muito pra brincar!
Vovô riu e disse: "Oi!"
"Quem é você, tão serelepe?"
A barata pulou e falou:
"Sou sua amiga, não sou um pepe!"
Eles dançavam juntos,
Riam sem parar,
A careca do vovô,
Era o melhor lugar!
Na careca do vovô,
Ela fez seu lar,
Com um sol brilhante,
E muito pra brincar!
E assim viveram felizes,
O vovô e a barata,
Na careca do vovô,