Foi um dia fantástico. Podemos afirmar que chegamos perto de uma perfeição. O Kibe nos

presenteou com um prato por demais saboroso. Os drinks não faltaram.

Amigos se reencontraram após mais de 25 anos. Esposas, algumas inclusive da própria turma da Correa, filhos e até um

netinho presentes na confraternização. Tudo de bom e que com certeza vai ficar em nossa história.

Como toda reunião da Correa Dutra, o samba rolou solto desde o início, principalmente no famoso “fim de festa”, onde as vozes de Mário, Frango “Juca Melão”,

Fábio, Betinho Chahaira, Drinks e Byra se fizeram ouvir por todo o Condomínio. Na verdade parecia existir uma clara relação entre o tempo e os drinks, com o tom de

nossas vozes, ou seja, o tempo passava, os drinks rolavam e a animação aumentava. A vontade de cantar era de cada vez mais alto e Juca Melão,

agora um artista de verdade, não resistiu em mostrar a força de seus pulmões.
Já passava das 22 horas quando este último grupo soltou seus derradeiros acordes. As lembranças de Alcione, Cartola, Noel, Pixinguinha, Gonzaguinha e vários outros cantados naquele momento, foram substituídas por uma despedida silenciosa, sentida, com a promessa de um próximo encontro melhor ainda. E acredito que também para a alegria de alguns moradores, que naquele momento já questionavam nossa alegria.

Enquanto arrumava a casa, o pessoal do “fim de festa” seguiu para o ponto do ônibus, e após uma meia hora recebo a

ligação: - estamos no Chalé para uma saideira...
Não prestou. Foi a senha para recomeçar tudo de novo.

Primeira rodada, meu chopp “carijó”, branco com colarinho preto, brindes, papo sobre a festa e um sambinha ainda tímido. Mais uma rodada e pronto, baixou Alcione em Juca Melão. O pessoal do bar não se importou com o vozerio, parecia até gostar, pois não é um comportamento comum por aqui e o chopp continuava a rolar.
Passava da meianoite e o grupo finalmente resolveu seguir

viagem. Ficamos quase uma hora no ponto e nada, foi quando fizeram a opção pelas barcas. A partir deste ponto o relato é por conta das conversas com Byra e Mário.

A voz é uma só. Não tinha mais barca e a opção foi mais uma saideira nas barraquinhas da praça. Depois pegaram o 100 e foram para o Rio. Nova saideira para a despedida final e Betinho, que iria no dia seguinte de volta para o Paraná, seguiu com o

Fábio para um sanduba final no Cervantes enquanto os demais optaram pelo sono merecido. E eu aqui, de água na boca.