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oi com muito prazer que tomamos conhecimento do blog
http://oglobo.globo.com/blogs/pelada/?periodo&palavra=embalo#.Tx4I8k-SZik.facebook
, desenvolvido pelo experiente jornalista Sérgio Pugliese. Apaixonado por futebol e peladas, bem ao nosso estilo, chefiou redacões do JB, O Dia
e O Globo. Sua crônica tem uma narrativa
fácil de ler e seu blog é bem fiel à sua
descrição: “Histórias verdadeiras sobre
a relação de amor entre o homem e a bola”.
E dentre suas geniais pesquisas estão algumas que nos remete ao nosso
sempre vivo passado. Sérgio é apresentado ao Grêmio Recreativo Esportivo Embalo
do Catete, ou simplesmente o nosso velho e conhecido Embalo do Catete.
E mais interessante foi conhecer, depois de todo esse tempo, um pouco
mais da história desse time, ou melhor, desse Grêmio, que nunca chegamos a
enfrentar em nossos campeonatos, pois éramos de uma geração anterior, embora
depois de algum tempo tenha criado sua equipe juvenil, mas já numa fase em que
aos poucos nos afastávamos daquelas quadras.

Vale também a pena recordar um outro companheiro frequente de nossas
peladas. Responsável por lotar as quentes arquibancadas do Aterro, Zezinho era
um moleque baixinho, endiabrado, legítimo ponta direita, quase impossível de
ser parado. Para nossa sorte, seu time,
o Canarinhos, não era tão imbatível como seu jovem craque, ainda mais novo do
que nós. Nossos jogos eram a certeza de casa cheia e não importava o resultado,
o que interessava era o show do Zezinho.
Em 1970, com 15 anos, foi campeão pelo Capri no Torneio do Jornal dos
Sports, o mais famoso do Aterro e que deu a grande fama ao Embalo, bi-campeão
do torneio de adultos.
Em 71, foi para o Fluminense onde
já como Geraldinho, foi campeão pelos Juniores em 1975. Profissionalizado, foi emprestado ao
Vitória-BA e não deu outra, novamente campeão.
Retornou ao Fluminense no mesmo ano, 1976, e fez parte da Máquina
Tricolor, campeã de 1976. Vendido para o
Fortaleza, logo foi convocado para a Seleção Cearense de 1977. Passou ainda
pelo Americano e Internacional de Limiera antes de se transferir, em 1980, para
o México, onde defendeu o Unión de Curtidores.
Encerrou a carreira na Cabofriense e hoje, segundo informações de
amigos, empresta sua categoria para comandar uma escolinha de futebol em Cabo
Frio (informações do blog Terceiro Tempo).
Com a saída do Sede Velha, que fez suas últimas partidas no início de
1970, o Embalo tomou força e passou a disputar com o Órdem e Progresso, campeão
de 70, a liderança dos torneios no Aterro.
Na sua crônica, Sérgio afirma que:
No entanto, graças às lembranças de Tuta, fazemos uma pequena correção,
ou seja, o campeão juvenil de 1971 foi o Capri, onde ele, que foi também cria
de nosso Sede Velha, atuou com aquela perfeição que o levou a ser considerado
por muitos como um dos melhores beques de nossa geração.
Alguns de nossos jogadores passaram pelo Órdem, como o próprio Alexandre
Porquinho, que começou no Sede Velha pelas mãos de nosso treinador, o Braga,
mas que não conseguiu evitar sua saída para o tradicional adversário. E junto com Wildes e Betinho no meio de
campo, e Bombril e Ratoeira, falecido campeão de Judô, na defesa, formavam uma
equipe de primeiríssima qualidade mas
que acabou cedendo espaço para o novo campeão.
E a partir dos anos 70. o Embalo cresceu. Campeão em 76, contra o não
menos famoso no Aterro, o Bola Preta, e depois em 85, na grande decisão contra
o GEFUVAR, um time bom de nome horrível, considerado um intruso em nossa área.

Outro não menos famoso naquele timaço era Jorge Luiz Cachórros. Fominha
de bola mas reconhecido como um dos principais jogadores daquele elenco. Jorge, hoje um vovô coruja, é participante
ativo de nossa confraria e sempre presente em nossos Encontros.
Foram realmente “tempos mágicos”, e obrigado a você, Sérgio, por nos
permitir lembrar um pouco mais de nossos magos amigos. Até a próxima pelada.