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las estão em todos os lugares, e isso é muito bom. E como não poderia
deixar de ser, recebemos essa primeira contribuição de uma de nossas queridas amigas.

Cristina, carinhosamente conhecida como Cristina Barata, ganhou este apelido
na sua juventude devido a uma gíria muito comum na época, e até hoje em uso, principalmente
numa turma cinquentenária como a nossa. Para ela tudo era um “barato”.
A menina, que hoje é mãe de Mariana, que não tem como negar a mãe, e
Daniel, também é uma vovó coruja dos netinhos que ocupam uma boa parte de seu
tempo.
E sua sensibilidade está clara nas linhas desse poema que nos
enviou. Uma história de momentos inacabados, de lembranças que ficaram num
passado distante e que por algum motivo, parecem estar novamente presente.
Obrigado
Cristina Barata, e que este seja apenas o primeiro de muitos outros. Desde já,
um grande beijo de seus leitores.
Não fala nada,
me deixa apenas lembrar,
me deixa apenas sentir, o que perdi e não tive.
Me deixa apenas sonhar,
o que poderia ter sido.
Como criança,
imatura que fui,
volto e vejo, o que não me foi permitido.
Não fala nada.
Imatura, infantil,
me perdi no entendimento de um olhar
que dizia o que não queria ouvir.
O tempo passa,
encontro o mesmo olhar parado no tempo,
que agora me diz que ainda posso sentir.
Não fala mais nada.
Me deixa num canto,
para apenas sentir o encanto,
de um tempo perdido e nunca esquecido,
... dentro de mim.