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moção, talvez seja a melhor
palavra para descrever um encontro inesperado que valorizou em muito essa nossa
viagem.
Como tem sido nos últimos anos,
eu e Raphael, meu filho, viajamos em suas férias para assistir um jogo do
Fluminense e conhecer um pouco da cidade onde ocorre a partida. Desta vez a
partida escolhida foi contra a Chapecoense, na Arena Condá, na cidade de
Chapecó, no oeste de Santa Catarina.
Chapecó é uma cidade moderna,
planejada, e considerada a capital brasileira da agroindústria. Segundo informações
em seus folhetos turísticos, possui cerca de 185 mil habitantes, e é a sexta
cidade mais populosa de Santa Catarina. No Brasil encontra-se entre as 20 cidades
de melhores condições de vida para se morar, o que é fácil constatar ao andar
em suas ruas. Um povo educado, alegre, e pelo que vimos, a cidade inteira
parece torcer pela Chape.
As ruas são largas, limpas, bem
sinalizadas, com diversas rotatórias e poucos sinais, porém o pedestre é sempre
respeitado e com preferência nas travessias.
Depois de uma viagem um tanto
cansativa, com escala em Floripa, chegamos na sexta-feira, na parte da tarde e
aproveitamos o dia chuvoso para descansar.
No dia seguinte, sábado, mais chuva, e a melhor opção foi dar um passeio
no shopping, onde dei uma volta num simulador de corridas que não conhecia e
foi uma sensação incrível. Se não fosse uma “pequena derrapagem” na primeira
volta, teria chance de pódio, segundo o narrador da corrida, Muito maneiro.

Uma fila razoável, todos com o
livro na mão, e Neto, sentado numa banca, era só sorriso e simpatia. E uma
forte dose de emoção nos contagiou. Eu, não sei se por acaso, vestia a camiseta
da Chape com a inscrição da Corrêa Dutra, que fizemos em respeito e homenagem à
própria Chape, em nosso 18º Encontro, no dia 2 de dezembro, poucos dias depois
do trágico acidente.
Foi realmente uma situação
irresistível. Nós tínhamos que estar com ele. Mostrar para ele nossa singela
homenagem mas que representava todos os corações unidos de nossa turma que
uníamos em nossa fé pela melhora dos heróis sobreviventes, entre eles, Neto,
que estava agora junto a nós.
Fomos para a fila. Comprei o
livro e esperamos nossa vez. Invariavelmente todos comentavam o acontecimento,
e mais ainda a condição daquele cara cordial, pronto para autógrafos e
fotografias, que nada parecia com um sobrevivente de um grande desastre aéreo,
quase um super-homem para nós.

Valeu a pena. Como disse no
início, não sei se foi por acaso, mas o fato de estar naquele local, com uma
camiseta feita não somente para homenagear, mas acima de tudo para unir nossas
mentes e corações na fé pela recuperação dos sobreviventes, foi uma das grandes
emoções que eu e meu filho, passamos em nossas vidas.
Resultado do jogo? Não sei, o
jogo ainda não começou...