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arnaval de 2020, não é o assunto principal deste texto, mas serve como parâmetro para destacarmos o tempo que estamos juntos com um grande amigo, companheiro de muitos drinks, muitas histórias, tristezas, mais alegrias e grandes vitórias, numa vida marcada de lutas, decisões, com mais acertos do que erros.
Na Corrêa Dutra, com a família comandada por Dr. Ari e Dª Dilzamar, Antero e seus irmãos, Dellaney, Catarina, Paulo Godá e Emibene, chegaram do Piauí, no início da década de 60, e fazem parte do núcleo mais antigo da Correa de Baixo, como chamamos a rua entre a Praia e o Catete.

O passo seguinte foi a antiga sede náutica do Flamengo, hoje derrubada para mais um espigão na cidade. Foi o tempo que Antero se descobriu como goleiro, aquela posição que sempre sobrava para o que menos jogava nas linhas, mas não era o caso dele, queria ficar ali, debaixo das traves, por opção, e nós só tínhamos a agradecer, aliás nosso Sede Velha, foi privilegiado nesta sofrida posição, pois desde os primeiros tempos tivemos bons arqueiros, com destaque também para Manga e Betinho Chahaira.


Insistente, com personalidade, passou por algumas dificuldades mas não desistiu de seu principal objetivo. Fez diversos vestibulares até que cheg



nda não a via como uma mulher. Iniciaram um namoro de idas e vindas. Numa época que saíamos muito, com várias amigas, Verônica não tinha ou

tros olhos e desde cedo traçou um objetivo, conquistar o Antero. E para isso, a vida lhe ensinou a ter paciência, conhecer bem a presa, e saber a hora certa de dar o golpe, e assim foi a história deles. Por mais que ele achava que era apenas uma aventura, que não era aquele caminho que realmente queria, alguma coisa sempre o levava para Botafogo e se encontrar com aquela menina que ele viu se transformar numa mulher, que assim como ele, tinha um perfil de lutar pelo que queria.
Hoje, depois de mui


Em relação à sua saúde, antes do susto que nos deu, lembro que sofreu para tirar umas pedras nos rins quando ainda estudante de medicina, e alguns anos atrás, fez um cateterismo quando foi descoberta uma miocardiopatia dilatada, doença muito comum, que faz o coração crescer, e que ele tratava sem qualquer alarde ou sintoma que previsse algum problema maior.
E o susto veio. Um ataque cardíaco, que sempre chega rápido, normalmente sem aviso, e com alto risco de fatalidade, mas que nosso amigo conseguiu sobreviver. Segundo as informações de seu filho, a situação foi crítica e precisou ser revitalizado, o que entendemos que ele foi salvo graças ao pronto atendimento que teve e ao seu próprio estado de saúde, pois além da resposta rápida aos primeiros socorros, sua recuperação foi rápida, impressionante, e gratificante para todos nós.
Como consequência ganhou de presente um pequeno marca-passo que o
ajudará a se manter firme nos próximos



Meu amigo, até breve.