Já tem dias que Zé me pede para escrever. Manda e-mails. Me cobra. Conversamos pela internet; enfim, eu me comprometia e por N motivos, não cumpria com nosso combinado.
Durante o período, entre agosto e setembro, muitas coisas aconteceram, bem sei. Aconteceram dessas coisas que marcam nossas vidas. Falo de sentimento de perda, de superação de dor, de vislumbrar no futuro, alegrias vindouras. Imaginando o sorriso nos lábios de nossos netos. Rebentos a caminho e outros tantos já o fazendo na inocência de suas carinhas. Meninos traquinas, “levados da breca”. Ah! Se te pego menino! Menininhas embalando bonequinhas-filhinhas, revelando instintos impressos em seus DNAs. Falo também de sentimentos outros, da sensação de voltar a sorrir por vontade própria, de fazer planos com o mesmo tesão de tempos atrás, de ver o nascer do sol como um sinal de dias melhores, de imaginar que cada um de nós pode e deve ser feliz, no tanto que estivermos precisando e não nem sempre no tanto que queremos. Coisas que vão transcendem nossa vã filosofia.
Em agosto celebrei meu casamento. Celebrei com Cecília. Celebrei com meus filhos e alguns poucos amigos aqui mesmo de Brasília. Cerimônia simples, em um restaurante de comidas típicas nordestinas – o Mangai.
Falar de Cecília levaria algum tempo, algumas páginas de nosso blog. Não é essa minha intenção. Mas dizer que depois de 20 anos que nos conhecemos, nos encontramos pela estrada da vida e decidimos caminhar na mesma estrada. Nossos filhos gostaram da idéia e estão juntos nesse caminhar.
Casamento não é fácil não.
Melhor viver só!? Não sei. Acho que só tem uma vantagem. Ir ao banheiro e deixar a porta aberta. E lembro-me das namoradas do passado, a quem troquei juras de amor eterno, mas que não chegaram nem no primeiro degrau da eternidade. Lembro-me das namoradas e dos namorados de vocês. Por onde andam alguns e algumas? Alguns casais estão juntos desde aquela época. Outros se reencontram também. Outros ainda estão em busca do seu par, com o sentimento aberto às emoções e sensações que o amor traz.
Agosto – mês do desgosto. Quem disse? Mês do “cachorro louco”. A minha cachorrinha nem latiu diferente. Prefiro dizer que é o mês de “a gosto de Deus”. Pois os “leoninos” do alto de sua exuberância típica, não poderiam se abater com tais crendices. Ao imperador Augustus a homenagem de um mês inteiro. Aos que neste mês nasceram, flores e desejos de boas venturas. Fortuna, no sentido espiritual.
E por desejar flores aos “augustus” amigos, as portas da primavera se abrem no mês de setembro. Modificando o cenário de nossas vidas, mostrando que apesar de um inverno, da natureza se recolher um período, é chegada a hora de seu esplendor. As cigarras anunciam a chegada das chuvas, os pássaros anunciam que seus filhotes estão a caminho. Flores e mais flores, de tantas cores, decoram a paisagem das ruas e avenidas de nossas vidas. Tudo parece festa, em comemoração aos “setembrinos”.
Que assim seja! Para sempre e sempre. Amém!
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