Pelo jeito não podemos esperar. A saga de Jonnhy (ou será Jhonny?) desperta interesse e até curiosidade, tanto dos mais jovens quanto daqueles que tiveram pouco ou nenhum contato com essa quase lenda de nossa turma. Vamos aproveitar os comentários de Byra e PQD para enriquecermos nosso blog.
Capítulo III: as luvas de Arnoud (Byra)
Ao sair da padaria Marcinha, ainda com os pães embrulhados nas mãos, assisti a um estranho diálogo entre o Jonnhy e um outro conhecido morador da rua, de nome Arnoud, sobre a última ‘novidade’ do mercado de automóveis: segredos contra roubos e furtos. A algaravia se passava em frente ao sapateiro ao lado da porta da casa do Arnoud. Resumindo os fatos: Arnoud, apaixonado por carros e dono de um belo carro ‘esporte’ (que não me lembro a marca), havia colocado em seu carro, dispositivos de alarme, novidade à época, que faziam tocar uma sirene se o carro fosse balançado ou sofresse qualquer tentativa de arrombamento. Cheio de si, Arnoud, indiretamente, provocava o Johnny contando sobre o seu novo brinquedinho. Jonnhy a tudo escutava atentamente, e alertava ao Arnoud para que ficasse menos eufórico, pois poderia se decepcionar com a sua dispendiosa aquisição, afinal existe sempre riscos, nada é cem por cento seguro.... A discussão despertava a curiosidade daqueles que iam chegando e ficando. Logo a ‘roda’ – como sempre – crescia e as opiniões estavam divididas. Ainda lembro uma frase do Dudu, morador do prédio em frente ao do Dellaney, que tinha um carro antigo e bem conservado: “Arnoud, desisti de lutar contra a maré.... quando vou dormir, deixo a chave na ignição, facilito a vida de todo nós, o Jonnhy, sai com o carro, passeia e depois o estaciona, de novo, em frente ao meu prédio”.... Arnoud, ria das piadas, mas fazia questão de dizer em bom tom: “Comigo, não. Tomo os meus cuidados, ninguém nunca pegou o meu carro e agora então....”. Durante a semana toda, o novo ‘alarme’ foi o assunto da pauta. A turma, lógico, partiu prá cima do Jonnhy desafiando o seu orgulho. “Agora eu quero ver...” ; “Dançou, Jonnhy....”; ”Acabaram-se os seus dias de glória...” . Isso foi a semana toda. Jonnhy, quieto, arquitetando e Arnoud, curtindo os seus “dez minutos” de celebridade.
Tudo ia bem, até que no fim de semana, ao acordar, Arnoud encontrou o seu ‘possante’ estacionado, à frente de sua porta, “NA CONTRA MÃO” da rua...... Não deu tempo de ‘manobrar’. Sua ‘indignação’ com os seus caros, poderosos e invencíveis alarmes foi tamanha, que não conseguiu reagir. Como alguém que sofre um forte impacto emocional, ele somente repetia murmurando pra si: “Jonnhy..... seu filho da p...... Jonnhy”..... A notícia se espalhou rápido, a turma foi chegando e a ‘roda’ se formando. O riso era inevitável frente ao estado de catalepsia do Arnoud. Só faltava o Jonnhy. Passado o choque, Arnoud na pressa de abrir o carro para verificar se estava faltando algo, esqueceu de ‘desligar’ o alarme, que disparou causando um festival de gargalhadas da turma e provocando raiva no inconformado e agora vermelhão Arnoud. Mas, nada é tão ruim que não possa piorar, ao desligar o alarme, Jonnhy já havia se misturado ao grupo e, cinicamente, perguntava “o que havia acontecido?” . Só faltavam as asas no anjo Medina.
Após uma rápida busca, Arnoud, que já estava concluindo que nada faltava, ao conferir o porta-luvas se deu conta que suas luvas preferidas haviam desaparecido... e antes que a sua pressão voltasse a subir, com o risco de enfartar, Jonnhy o consolou: “Calma,Arnoud, são aquelas luvas de couro, importadas, brancas, dedos de fora..... sorte sua.... tenho um par igualzinho lá em casa e posso te vender, estão quase novas.... mas, na falta das tuas......?!?” - (Cai o pano).
CONCLUSÃO: Esse caso ficou famoso na “Correia de Baixo” porque o Arnoud, que era um cara do bem, após o acesso de raiva rendeu-se à genialidade do Jonnhy, levou o fato como ‘trote’, não deu queixa à Polícia e partiu para o acordo: para não mais se repetir essa embaraçosa situação, nem ele ter que partir para uma solução mais radical, como a proposta pelo Dudu, ele COMPROU as suas luvas (reza a lenda, que mais de uma vez.....rsrsrs) e seu possante nunca mais foi incomodado.
Capítulo IV: Dr João Paulo, Chefe da Pediatria (PQD)
Oi pessoal...Esta aconteceu comigo, se me contassem eu não acreditaria.
A mãe de minhas últimas 4 filhas teve as duas primeiras na maternidade da Praça XV. Após o parto nós voltamos lá p´ra fazer as "revisões" do parto. Chegamos lá, de tarde, na sala para o 1o. procedimento de uma série de 5. Entramos na sala e encontramos 6 mães, uma doutora e 3 enfermeiras. Ficamos na fila de espera. De repente entra uma bela mulata com seu filho nos braços e, imaginem, o pai... "João Paulo Medina". Quando eu o vi fui logo falando "Jhonny.....". De pronto êle fez "aquele sinal de sujeira". Eu de pronto parei. Vcs não vão acreditar... A doutora e as enfermeiras ficaram todas alegres com a chegada de nosso amigo e falaram:
- "Oi Dr. João Paulo. Como vão as férias??? Tudo bem??? Quando o Sr. volta??? Estamos com saudades...".
De queixo caído, mas na minha, fiquei lá no meu cantinho com minha mulher. Êle falou com as colegas de trabalho!?!?!?!? Se dirigiu p´ra mim, me deu um abraço e me convidou p´ra ir p´ro corredor, fora da sala... Conversamos trivialidades e eu não toquei no assunto. Êle era o chefe da Pediatria da Maternidade da praça XV.
Acreditem... Essa foi comigo... NUNCA MAIS RETORNEI AO HOSPITAL EM QUESTÃO... Ainda tenho mais duas que presenciei. Fica p´ra próxima.
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