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m janeiro do
ano passado, conhecermos o blog de Segio Pugliese e desde então acompanhamos
suas cronicas sobre peladas e drinks, uma combinação que muito nos agrada.
No último dia 27 de abril, recebemos
uma msg do jornalista com os seguintes dizeres:
-
“ Fala! Hoje citei o blog Drinks & Kibe, na coluna com o Alfredinho, do Bip
Bip. Abração! “
Claro
que fomos imediatamente para o blog ( http://oglobo.globo.com/blogs/pelada/?periodo=&palavra=Alfredinho
), e não somente pelo fato de estarmos sendo citados, mas também que a conversa
era com o dono do Bip Bip, um barzinho, ou melhor, um botequim de Copacabana,
onde nos idos de 70 era ponto obrigatório de parada para iniciar nossas
noitadas.
Lá tomamos, digo, bebemos
muitos drinks e sempre servidos apenas pelo dono, que não deve ser o
Alfredinho, atual titular, mas pelo texto, tudo indica que manteve a tradição
de trabalhar sozinho, mesmo porque o local é realmente pequeno e duas pessoas
atrás do balcão já seria muito.
E como foi nos dado a liberdade
de cola-copia de suas palavras, destacamos a seguir alguns trechos de seu blog
que tenho certeza será de agrado geral.
O início do texto é com uma frase de
grande efeito, que logo é muito bem explicada:
“Campos de pelada
e botequins são almas gêmeas. Populares,
democráticos, palcos de prazer e frustrações, títulos e rebaixamentos.
Normalmente maltratados, esburacados e sujos não cogitam plástica, afinal
quanto pior, melhor! Bem resolvidos, complementam-se harmoniosamente: um desgasta a rapaziada e o outro abastece
o corpo e a alma.”
E após a
referência de que “o Bip Bip, em
Copacabana, era reduto de boêmios e dos melhores músicos do pedaço” e que
Alfredinho, vivia “cercado de fotos dos
bambas Aldir Blanc, Roberto Ribeiro, Nelson Sargento e Carlos Cachaça”.
Logo a seguir comenta que os compositores Paulinho do
Cavaco e Luis Pimentel pediram os botequins de volta em forma de uma canção: “...o porre, a paquera, conversa fiada. E a
dor de corno que virou piada. Nos meus botequins a vida era engraçada....o ovo
colorido enfeitando o balcão. A cerveja gelada tirando o juízo. E os sonhos
cobrindo a serragem do chão. E no alto São Jorge matando o dragão...”.
Em seguida, provavelmente alguns drinks depois, passamos a
conhecfer um pouco mais do Bip Bip da era de Alfredinho:
“Em 1984, assumiu
o Bip Bip, fundado em 1968. É o quarto dono. Era um antigo sonho reunir amigos
em resenhas futebolísticas e musicais. Carismático, transformou um espaço de 18 metros quadrados
em atração turística internacional. Não tem garçons. Os próprios clientes pegam
suas latinhas de cerveja no freezer e cortam o queijo no balcão, o oposto da
canção de Paulinho Cavaco e Pimentel sobre a invasão dos botecos de grife:
“...é point da moda, não sai dos jornais, cheio de frescuras e artistas
globais....”.
- O Bip Bip é a
casa de todos – resumiu, Alfredinho.”
E termina o papo de botequim com uma breve referência ao
nosso blog:
“Ian Sena estava feliz
como pinto no lixo, soltinho como nas quatro linhas. E filosofou citando um
pensamento do teólogo Leonardo Boff: “Boteco é um estado de espírito. É uma
metáfora da comensalidade sonhada por Jesus, lugar onde todos podem sentar à
mesa e celebrar o convívio fraterno e fazer do comer, uma comunhão”. A frase retratava fielmente o momento
vivido pela rapaziada. Ian também lembrou do boleiro José Neto, cria do Aterro,
e seu blog Drinks & Kibe, no mesmo conceito, bar e bola. Já era tarde.
Daphne, namorada de Ian, ligou cobrando presença. Ainda tinha o terceiro tempo!
Hora da foto! Alfredinho abraçou a bola e fez cara de sério: “Deixa com o
craque!”. Paulinho do Cavaco e Pimentel ajeitaram as golas. Click! Ian partiu
quicando a redonda enquanto Alfredinho apontava a geladeira para um turista
italiano que ainda não sabia como a banda tocava por ali.”
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