Nosso bairro acolheu alguns estabelecimentos gastronômicos interessantes. Na esquina da Correa Dutra com Rua do Catete, tivemos o KTT, uma espécie de lanchonete, onde serviam uma refeição que o cliente é quem “montava” seu prato, com uma combinação de itens, onde o que mais me agradava era o bife à milanesa e a salada russa, onde batata e beterraba se uniam por meio de uma maionese levinha, sobre um arroz branquinho e solto. De sobremesa – já inclusa no pacote – tínhamos creme de abacate, salada de frutas ou uma bola de sorvete. Suco de uva, laranja ou mate completavam a refeição. Hoje não existe mais. Em seu lugar funciona uma lanchonete de nome não muito original, chamada Big Bi.
No Amazônia, na Rua do Catete, a vitrine de salgados enchia os olhos dos passantes. Lá também serviam refeições, mas não me lembro de nada que tivesse me chamado a atenção. A não ser quando eles abriram o restaurante na parte de cima. Ali sim. Fui uma vez com Sandra, minha namorada na época. Pra fazer graça, pedi uma chuleta – que é um bife de contra-filé com osso, de uns 500 gramas. Acompanhava arroz a grega. Sandra pediu um filé de frango à milanesa, que ao cortá-lo, a manteiga derretida misturou-se ao arroz branco exalando um aroma que deu água na boca. Nesse dia, saí de lá, pensando que ia explodir. Se Sandra quisesse, nesse dia eu não faria alguma coisa de útil.
Na Correa Dutra, esquina com bento Lisboa, o que marcou foi o mocotó com feijão branco, paio e outros, que o Raimundo, (que apesar do nome, era espanhol), dono do botequim que ficava na esquina da Bento Lisboa, vendia. O bar era chamado por nós de Bar do Tisma. Que absurdo de gostosura. O pior que eu às vezes, comia este prato às 6:00h da manhã de domingo, quando chegava das noitadas. Era dia de feira livre. Comíamos de suar. Era o que nos trazia de volta à realidade do asfalto; nós que chegávamos ali, vindos de reinados de portas bandeiras e princesas das escolas de samba.
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