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os anos 50 chegamos na Correa Dutra. Aos poucos fomos
crescendo e nos juntando. Nosso primeiro passo foi num pré, uma espécie de
creche, que funcionava na Sede Velha do Flamengo. Ali fizemos nossas primeiras
amizades e conhecemos o local que seria uma das bases de nosso desenvolvimento.
Um ano depois, uma boa parte de nosso grupo, presente até os
dias de hoje, foi para a Escola Rodrigues Alves, na esquina das ruas Silveira
Martins e Catete. E nos anos seguintes, 60 e 70, realmente formatamos uma turma
que para nossa alegria está mais do que viva até os dias de hoje.
Neste período, anos duros da época dos militares no poder, poucos foram os que se aventuraram nas ruas e
hoje se lembram como heróis, de algumas
borrachadas que levaram. A grande maioria curtia e participava das peladas no
recém criado Aterro do Flamengo, na Sede Velha , Gávea e no Fluminense, onde
alguns se destacaram e até foram Campeões Cariocas de futebol de Salão, o Futsal
de hoje.
No Aterro, a turma se dividia em alguns times, com destaque
para o Sede Velha, Ordem e Progresso, Embalo e o AVEC. Seguíamos os passos de
uma geração anterior onde brilharam o
próprio Ordem e Progresso, sempre comandado pelo saudoso Capitão, o Correa
Dutra, que doou seu uniforme para o nosso Sede Velha, o Ferreira Viana, time de
origem de Filé, um dos grandes nomes do Aterro , que pegou fama jogando pelo
Ordem, Milionários, Capri, que formou um bom time para jogar em nossa faixa, e
revelou Paulo Sérgio (Paulinho) como goleiro do Fluminense e da Seleção
brasileira. Tinha também o Morrone (Movimento dos Oito Rapazes que Riem Onde
Ninguém se Entende), que proporcionou uma goleada, talvez a maior nos
Campeonatos do Aterro, de 47x0 sobre o Embalo do nosso conhecido Luizinho.
Era a época dos Campeonatos de Master no Aterro, onde
assistimos de perto craques como Newton Santos e Jair da Rosa Pinto, entre tantos
outros, em jogos comandados pelo estrelíssimo Margarida.
O tempo passou, e como uma família, nos dividimos em vários
lugares, de norte a sul, e leste oeste do país, e até no exterior, mas para nossa
alegria, uma boa parte desses amigos, companheiros de infância e adolescência, e
que com orgulho me incluo nela, continuamos juntos, alguns não fisicamente, mas
todos unidos pelo coração e mente.
E num final de ano, de 1999, junto com um pequeno grupo, nos
reunimos num bar da Bento Lisboa para uns drinks e decidimos que, pelo menos
uma vez por ano, nos reuniríamos para que a turma não se dispersasse mais. E em todos os anos seguintes, sempre nos
reunimos, é o momento para contar nossas histórias, nossas verdades, e quem
sabe, algumas mentirinhas.
Agora, em 2019, iremos fazer nosso 21º Encontro,
consecutivo, ininterrupto, e que esperamos manter, para alegria de todos, uma surpreendente
presença de mais de 50 amigos, que
denominamos de confrades da Confraria da Correa Dutra e Amigos, tal como tem
acontecido nos últimos anos.
E nada melhor para fechar o texto que uma reflexão que
achamos na Internet:
Admiro pessoas que sabem ser
felizes, que contra tudo e todos não se rendem e perante qualquer desfecho
sorriem.
Admiro aqueles que se gostam como
são, que olham a vida como ela é e a aceitam desse jeito mesmo.
Admiro quem aceita ser feliz,
quem não teme as consequências, quem arrisca mesmo assim.
O mundo é dessas pessoas, e é
delas o último riso, a felicidade que todos queremos.
Mas a questão é que qualquer um
pode ser assim, e todos podemos também ser felizes.
Basta para isso aceitarmos os
desafios que a vida nos coloca e que sem grandes complicações aceitemos ser
felizes mesmo assim.
E até breve. Em poucos dias, estaremos novamente juntos, em nosso
próximo Encontro, o 21º, que esperamos ser apenas mais um, e que muitos outros
possam ainda acontecer.
Bjundas correanas.
3 comentários:
Cheguei na Correira Dutra em 1964, ainda vi as armas da revolução entre as ruas da Buarque de Macedo e do Catete, estudei no Colégio Rodrigues Alves. Minha mãe ficou na Cordeira até 2014. Show de memória !!! Quem vos fala é Serginho Pequeno.
Serginho
Vlw o registro.
Espero q continue a prestigiar, esse espaço é nosso, e aberto para as contribuições dos amigos.
não cheguei naquela epoca, mas qdo eu era apenas um pequeno espermatozoide ja tava rodando por la, e continuo de olho em vcs daqui de saquarema, abraços a todos!
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