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m geral contamos aqui nossas histórias vencedoras, as derrotas ficam para os outros contarem, o que não significa que não podemos contar algumas. E tenho uma para contar desse final de semana.
Para variar fomos convocados pela QG de minha filha para dar uma “mãozinha” num rodízio de pizzas que minha neta, Marina, 13, criou com alguns amiguinhos da escola. E eu, o Vovô Dureza, não tenho como dizer não.
Eram cerca de 6 jovens mais 2 casais e nós, os vovós e os
papais. E fui logo assumindo minha posição de pizzaiolo. Avental, chapéu e
arriscando uns malabarismos com queijo (essa foi por minha conta) e massa de
pizzas.
Claro que além dos refrigerantes, meu combustível estava
separado, e algumas IPA foram devidamente degustadas até que minha filha trouxe
uma canelinha, uma cachaça de gosto que ela comprou em Paraty, um verdadeiro
refresco de canela, e eu que estou afastado dos drinks “desti lado”, resolvi
também degustar algumas canelinhas.
Foi tudo muito bem. A garotada montou algumas pizzas, assim
como as senhoras e eu cuidei do forno, que na verdade era a churrasqueira com
uma pedra especial com abafador. No
início passou um pouquinho mas logo chegamos num ponto adequada de caloria e
tudo seguiu numa boa.
Fomos até 1h da manhã, quando a galera se despediu e o Vovô
Dureza, deu uma geral e sentou para mais umas cervejinhas apreciando o Rock in
Rio, por cerca de mais umas duas horas.
Deixamos tudo mais ou menos arrumado, e tomei o remedinho
noturno com meio copo d’água, o que não é muito comum, pois geralmente bebo com
suco, um café com leite ou chocolate, dificilmente com água.
Parei no recuo do ponto de ônibus e saltei apressadamente do
carro. Sonia queria ir para o hospital, e eu não sabia direito o que iria
acontecer, pois um reboliço intestinal
também ameaçava acontecer. Se juntava ao enjoo, mãos frias, suor, e as pernas meio bambas.
Parei e iniciei uma respiração abdominal, procurei manter
a calma, mesmo com os gritos da madame com medo de assalto e querendo que eu entrasse no carro de qualquer maneira.
Fiz minha meditação e entrei no carro. Ela dirigiu e
conseguimos chegar em casa sem outros atropleos. Eu pálido, com frio e todo embrulhado, não sabia o que
poderia ter me feito mal. Talvez a pinga de canela, ou quem sabe aquele meio
copo d´água que usei para tomar o remédio, e que não estou muito habituado?
Fui direto para a cama. Estava frio mas sabia que não estava
com febre. Sonia, minha cuidadora, foi na coleção de remédios dela e me deu um
omeprazol, depois veio com um chá de hortelã, e acho que ajudaram na definição
do jogo.
Passado uma meia hora, começou o enjoo com mais força, assim
como o aviso que as demais saídas também deveriam ser liberadas, foi quando
levantei e fui para o banheiro, e começou o espetáculo. A força do que saia da
minha boca, faz muito tempo que não experimento esta sensação, e que parecia
não querer parar. E se fosse só isso, não teria muito problema, mas minha
próstata deve ter ficado com ciúme e se manifestou com uma vontade de urinar
naquele exato momento, e aí fica minha pergunta: alguém já mijou e vomitou ao
mesmo tempo, sóbrio? É uma merda. E por falar nisso, o que faltava acontecer veio
também com vontade que não deu para segurar.
Vomitar não é bom, mijar em conjunto, pior, e sentar no trono para o número 2, é quase um quebra-cabeça. Qual seria a melhor posição? Em pé? Sentado? No box? Foi realmente uma derrota, mas que considero o jogo empatado, pois a urina já tinha se espalhado e consegui cortar temporariamente o vômito, foi quando sentei no trono e me aliviei, mas não por muito tempo, pois tive que me levantar rápido para as últimas golfadas, aquelas quase secas que só fazem virar os olhinhos.
Foi quando me apoiei na parede e dei uma rápida olhada naquele ambiente, mas nem me preocupei com o trabalho da limpeza que viria logo a seguir, senti um prazer indescritível, verdadeiro “pinto no lixo”
Meus amigos, fiz questão de contar essa historinha, quase
macabra, mas que com o passar do tempo, e devido à nossa faixa etária (melhor idade?)
pode ser que novas aventuras desse tipo aconteçam com qualquer um de nós. E
digo mais, depois de tudo isso, fiquei muito bem, sem novos enjoos e dormi
igual neném.
3 comentários:
Missão dada, missão cumprida! Guerreiros não existem!
Mais uma vez, a superação dos limites se deu de forma heróica e fica o registro deste dia em que o Vovô Dureza, atendeu prontamente sua neta.
Parabéns, Zé!
Bom que vice está melhor. Qual foi a causa?
Vovô dureza... o super Papai/Vovô. É de dar inveja a proeza conseguida pelo meu velho amigo. Se estivesse o citado amigo aos 17 anos eu o inscreveria nos testes vindouros para a brigada paraquedista e força de fuzileiros. Passaria com louvor nos dois. É duro de cair
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