quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quem não passasse pelo Café Nice, não fazia sucesso


Fachada do Café Nice

Ai, que saudade me dá
Do bate-papo, do disse-me-disse
Lá do Café Nice, ai, que saudade me dá
Nilton Carlos e Isolda, Café Nice



   Símbolo de uma época de ouro para a música brasileira, durante 26 anos o Café Nice foi ponto de encontro de compositores, músicos e cantores no Rio. Pixinguinha, Benedito Lacerda, Guerra Peixe, Raul de Barros, centenas de outros. Transcreviam melodias, orquestravam, consertavam métricas e melodias. Deixavam e recebiam recados, fechavam contratos, compunham, vendiam e compravam música. Compositor e cantor que não passasse por lá dificilmente emplacaria composições ou renovaria repertório.

   Inaugurado em 18 de agosto de 1928, na Avenida Rio Branco, 174, esquina com Bittencourt da Silva, fechou em 1954. Mesas na calçada. Dentro, um ambiente para chás, bebidas finas; outro, para cafezinhos e médias com pão e manteiga. Era a “bolsa de valores” de nossa música popular.

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