A
|
bril
de 2020, poderia ser um abril como foram tantos outros em nossas vidas, mas
este foi, ou melhor, está sendo diferente, e nem deixei acabar o mês para
escrever essas linhas, pois o que já aconteceu é mais do que suficiente para
dizer que este abril de 2020, jamais esqueceremos.
De
um modo geral, o maior dos acontecimentos seria a evolução da pandemia da
COVIT-19, uma virose que está fazendo o mundo sofrer e chorar, e que se
consolidou no país a partir de meados de março, nos obrigando a tomar uma série
de cuidados, com destaque para o isolamento social.
O
homem por natureza é um ser social, e aquele que se isola de forma voluntária, que
se afasta dos contatos com seus semelhantes, seja qual for o motivo, é visto
como doente, e sofre as consequências de seu ato. Em geral sua autoestima é
comprometida, sofre com a ansiedade que cresce na ausência dos relacionamentos
interpessoais.
Mas
quando somos obrigados a um isolamento não voluntário, em que normalmente nos afastamos
com um bloco familiar, as consequências não se tornam tão severas, pois ainda
existe, em várias formas, hoje com o auxílio da internet, o contato com
terceiros, o que ajuda a combater os sintomas depressivos com a conversa, a
troca de opiniões, e mesmo o consumo necessário em determinados locais, ou
seja, é um cenário mais tolerável, mas que a sociedade atual ainda não tinha
experimentado, e abril se tornou o ápice desta onda.
Caramba,
“nós sifu”, seria um mês de tédio, de mortes e de medo, o que poderia acontecer
para melhorar nossos dias de confinamento? E a natureza nos mandou alguns
recados.
O
primeiro, nas palavras de nosso emocionado amigo Paulo Godá Godei:
“Dia 09/04/2020, José nasceu, nasceu em casa...
Hoje pela manhã tive a
notícia do nascimento de mais um neto. José... este é seu nome... mais um José na família Silveira
Lima ... José meu avô... José meu pai ... José meu irmão mais velho .... José
meus amigos.
Já tenho a Anna Clara e
o Benjamim, do Rodrigo ... e da Juliana já tinha o Joaquim, e agora nasceu José
....
José nasceu no mês que
seu bisavô JoséArimatéa faz 90 anos, no dia 14 de abril de 2020. Agora teremos
três pessoas da família neste mês. Bisavô, o sobrinho neto Gabriel e o neto
José.
Mesmo no meio dessa
crise toda meu neto veio a este mundo. E acredito que veio para prosperar e
trazer paz e felicidade para a família.
Filho esperado pelos
pais que se não preocuparam com a crise dessa pandemia e optaram pelo parto
natural, em casa. Benza Deus.
Ao bisavô e a todos os
Josés, apresento mais um.
Para a família da
Corrêa Dutra, eis seu mais novo membro da confraria.
Aos amigos, meu
agradecimento pelas belas palavras que recebi que serão repassadas aos pais do
José.
Gratidão
Goda.”
E
no meio da fala de Godá, um destaque para uma outra grande alegria para
dividirmos com nossa família de amigos da Corrêa Dutra, seu pai, o Dr. Ari,
chega com vigor físico invejável, aos seus inabaláveis 90 anos de uma vida conquistada
por muitas lutas e com seu sorriso largo, com sabor de vitória.
Dr.
Ari, como o chamamos de forma carinhosa, adora de contar suas histórias e vive
hoje com aquela que o acompanhou e esteve presente em todas as suas jornadas, a
inseparável Dª Dilza. Seus filhos, netos e bisnetos, além de todos nós, seus
pupilos de uma vida inteira, nos curvamos à sua longevidade, que diz ele ser
por conta das Macieiras e da inseparável cervejinha diariamente degustadas.
Confessa
que já fez um “acordo” para continuar firme e chegar forte aos 106, e claro,
esperamos estar ao seu lado para comemorarmos um acontecimento ainda mais
grandioso.
E
cada um em seu canto, conversamos muito, bebemoramos e cantamos os parabéns nessa
data tão querida, e que só nos resta agradecer por estarmos todos juntos.
E
não ficou só nisso, Abril também é o mês de muitos aniversários. Demos os
parabéns para o Miltinho, Falcão, Tamba, Frango, Fábio e Zé Franguinho, além de
diversos sobrinhos e netos, que destaco com um misto de alegria, pelo primeiro
ano de meu neto Gabriel, e de tristeza, por não estar ao seu lado, com uma
abraço apertado, como disse o poeta, “deixa a tristeza de lado, dê um abraço
apertado” e “hoje eu só quero sorrisos bobos, abraços longos, olhares sinceros”,
que em muito breve transformaremos em
realidade.
E
ainda neste mês de abril, nosso amigo e confrade Mário Neves, fez questão de se
despedir, sem choro nem vela, de Tantinho, um “coroa”, como ele disse, de 72
anos, destaque da Mangueira, e que com certeza deixará o céu mais alegre.
“Tantinho, flutuo na
imaginação para viver em seu tempo.
Tempo que não era o
meu, mas me vejo moleque travesso a atravessá-lo.
Tempo que vem nos
mostrar o quão a vida é linda.
Tantinho nunca foi
pouco,
E com a alegria de um louco, levou sua
imaginação além das vielas.
Mas que coisa mais bela,
Sair da favela e uma notoriedade
ganhar,
Que em suas vidas,
poucos puderam alcançar.”
E
olha que abril não acabou, mas eu paro por aqui, e acho que não foi tão isolado
assim.
2 comentários:
Zé,muito bom o texto!
Um Abril de gratas surpresas com o mais velho da família LIMA Seu Arimatéia,velho sestroso,escorregadio bom de papo,completando nonagésimo aniversário,e o mais novo membro da família,o neto do nosso amigo Godá!
Muita felicidade ao seu Arimatéia e ao mais novo membro.
Zé valeu!
Espero que mais membro do nosso grupo participem mais, postando seus textos,e fazendo seus comentários, nós estamos precisando disso... alô Kibe,Chaara!
Eu, PAULO Goda como conhecido na CD, quero agradecer a todos os amigos pelas lindas palavras pelo nascimento de mais um neto e novo membro desta confraria e tb pelo niver de meu pai Ari como vcs chamam.
Quero em nome de minha filha e seu esposo e do Joaquim seu primeiro filho ahlgradecer a manifestação de carinho, que o José venha abrilhantar a família Silveira Lima e a Correia Dutra.
Gratidão meus amigos.
Postar um comentário