L
|
i um artigo muito interessante sobre desculpas. Era uma
dissertação sobre os vários tipos de desculpas que encontramos no nosso dia a
dia. Desde o “me desculpe”, dita muita das vezes quando a gente se esbarra sem
querer, até mesmo num desconhecido, até aquelas mais elaboradas, as ditas
desculpas esfarrapadas.
E porque escrevemos sobre isso? Apenas para lembrarmos um
pouco mais de nossa turma. De quantas vezes nos esbarramos. De quantas vezes
demos uma entrada mais dura em nossas peladas. E mesmo, quando, com ou sem
culpa, namoramos aquela, que até poucos dias era a oficial de um amigo. Claro
que vale tanto para os meninos quanto para as meninas.
Na verdade, hoje, passados esses anos de nossa convivência
tão decantada, nos questionamos: quantas vezes pedi desculpa para alguém?
Quanta vezes agi errado e não me desculpei? E também, quanto tempo fiquei a
espera de um pedido de desculpa por um ato que julguei estar certo?
O tempo passa e ajuda na confecção da desculpa, pois
qualquer ato que tenha acontecido e que o resultado não tenha sido bom para um
dos lados, é motivo de chateação e claro, da esperada desculpa de quem teria
agido errado, embora existam situações em que seja difícil o julgamento de quem
está certo ou não. Mas se o tempo
passa, aquele ato, acidental ou não, certamente passará e a desculpa ficará na
lembrança. Será mais uma de nossas histórias.
E por falar em histórias, algumas fazem parte de nosso
folclore. Como a daquele nosso sumido amigo que “saia do ar” e era “sacaneado”
por isso. Cheguei a lhe pedir desculpas uma vez quando num de seus apagões o
virei para o outro lado e ele continuou nessa direção quando acordou.
Outra famosa desculpa foi de nosso goleirão. Antero entregou
a bola para o Byra pensando que era para mim, Drinks, e logo se arrependeu e
tentou se desculpar pelo gol que levou.
Jhonny era um especialista nas desculpas, principalmente
para sua avó Iracema, que sempre aceitava, claro.
Claro que pedir desculpas não é uma tarefa fácil, mas com
certeza é uma vitória mais do que pessoal reconhecer o erro, se arrepender de
um ato, de uma palavra, de uma coisa, mesmo que para você tenha sido mínima,
mas que, infelizmente para a outra parte, ou partes, tenha se tornado de grande
significado.
No entanto, para tudo existem dois lados. Se de um existe o ato de se desculpar, é
claro que existe o outro, o retorno, a virtude de aceitar as desculpas. Bem
verdade que em alguns casos soam falsos. É o “tá bom” para encerrar o papo. Mas
tem aqueles que vem com sentimento, com a certeza de que o que foi feito não
foi para machucar ou prejudicar. Que foi uma ação impensada ou mal pensada, mal
feita por um descuido qualquer. Seria aquela pegada mais forte na canela do
amigo que está no time adversário. Aquela brincadeira mal feita, às vezes
ocasionada por uns drinks a mais, ou até mesmo pelo fato de seu time ter ganho
no minuto final, quando seu amigo já comemorava o título.
Mas em qualquer caso, como as mais simples, provocadas pelo
esbarrão ou por um beijo roubado numa brincadeira de criança, ou as
esfarrapadas para se desculpar de um beijo na cueca, o que fica são cicatrizes,
umas mais fortes, em geral quando ocorre entre estranhos ou apenas conhecidos,
e as tênues, imperceptíveis, que desaparecem em pouco tempo, quando as partes
reconhecem que o acontecido é um fato casual, pontual, insuficiente para abalar
aquela relação pessoal.
Entre amigos, tanto a desculpa como seu aceite, seria quase
uma obrigação, pois de uma maneira em geral, nem sempre as coisas acontecem
como queremos e nem sempre falamos o
que sentimos, mas na verdadeira amizade, tanto um lado como o outro deve saber
como as coisas acontecem, assim como sempre sabem o que dizer um para o outro.
Recebam essa mensagem carregada de desculpas pelo que fiz e
não tive a oportunidade de me desculpar, e também o meu aceite, para aqueles que
tentaram se desculpar e não conseguiram, por um motivo qualquer motivo.
Um comentário:
Me desculpe Zé......
Postar um comentário