segunda-feira, 1 de maio de 2023

Entrevista com o Vampiro, digo, Zé Neto

 Abril passou muito rápido, bem mais do que imaginava, com vários acontecimentos, alguns tristes, e acabou por atrasar a publicação da Entrevista do Mês, mas antes um pouquinho fora do horário do que nunca, e é assim que vamos fazer, nos últimos minutos de abril, e antes do raiar do sol de maio, conseguimos fechar a homenagem a mais um dos nossos amigos, conhecido como um dos maiores CDF da turma, cresceu, conquistou seu espaço graças à sua determinação e dedicação ao estudo, e hoje é mais um baiano entre nós.

Reginaldo Pinheiro Nogueira, ou simplesmente Regis, por incrível que pareça, nasceu no Acre ( acreditem, nasce gente lá... ) e ele aturou muito nossas piadas e gracejos em relação à sua origem. Mas acima de tudo era, e ainda é, daqueles amigos que o tempo não atrapalha e a gente nunca esquece, e que só se afastou da turma porque muito jovem foi estudar na Marinha, depois no IME, e daí seguiu seu caminho, e é um pouco de sua história que vamos conhecer agora.

Quanto ao título, dado pelo próprio Regis, é mais um para a coleção, mas que ele vai explicar direitinho quando chegar no Rio, com uma garrafa de whisky nas mãos, claro.

Mas antes, nossos PARABÉNS para a grande turma de abril:

02 - ELOÁ LYRIO
06 - MARCOS LYRIO
09 - José                 ( neto GODÁ GODEI )
10 - MILTINHO
11 -TAMBA
11 - RÉGIS
14 - Dr. ARI
16 - FÁBIO            (Correa de Baixo)
16 - Be-be-bel         ( Gaguinho )
17 - FRANGO DEL
17 - Dª EVA           ( mãe Armandinho - faz 102 anos)
18 - BIEL               (neto DRINKS)
20 - SÉRGIO FALCÃO
22 - ZÉ FRANGUINHO
23 - ISMAEL        ( in memorian )
25 - Paulinho        (neto DRINKS)
26 - NELSINHO
28 - MAURINHO     ( in memorian )
29 - Pedro            (filho KIBE)
29 - ÇABECA DE CAROPI
29 - Patrícia         (filha FRANGO)
e
11 – PQD FDP    (todos os meses)


1                    De onde você veio?

Nasci em Rio Branco, Acre. Acho até que vcs já sabem, ou, pelo menos, sabem mas esqueceram. Sempre sou zoado por causa disso (nasce alguém no Acre?). O fato é que meus pais eram de Xapuri (meu pai João Augusto) e Brasiléia (minha mãe Regina). Vieram de famílias bem humildes e trabalhadoras. Meu pai não tinha o primário e chegou a trabalhar como seringueiro. Com esforço e criatividade, aprendeu a profissão de alfaiate, virou comerciante em Rio Branco, depois comprou uma olaria e fazia tijolos e vendia para a prefeitura. Quando eu cresci, já tínhamos um padrão de vida bom, para a cidade. Rio Branco, naquela época, era isolada, sem acesso por estrada. Só se chegava lá de barco no período da cheia (Novembro a Março) ou de avião, duas viagens por semana, um DC-3 da Cruzeiro do Sul, para os barões, e outro da FAB, pelo Correio Aéreo Nacional, antigo CAN, para a galera sem grana como nós, que ficávamos na lista de espera, aguardando vaga.

Minha mãe veio foi ao Rio, nos idos de 1958, para tratamento de saúde. Na época era funcionária concursada do IBGE. Ficou uns poucos meses até encerrar o tratamento. Só que quando viu o Rio decidiu que não iria criar os filhos no Acre, aquele fim de mundo. Arrumou uma transferência para o IBGE do Rio, que era a sede por ser o DF, e, dois anos depois, desembarcava comigo e minha irmã, na Cidade Maravilhosa. Meu pai topou, mas só iria quando encerrasse seus negócios em Rio Branco. O fato é que, três meses depois, arribava também, deixando a liquidação do seu patrimônio nas mãos de procurador. Como era previsível, deu merda, e o procurador não mandou nada, motivo de algumas dificuldades que passamos.

Mas, apesar de difícil, sempre agradeci a minha mãe por essa decisão, meio louca, mas de muita coragem. E coragem e iniciativa não lhe faltavam. A vida dela daria outra entrevista ou livro, bem interessante, por sinal.

Quando fomos morar na Ferreira Viana, no 56, a previsão era no tempo da “chuva passar”, ou seja, receber o dinheiro do Acre, que nunca veio. Mas isso é outra história que não interessa aqui.

Cresci, portanto, na Ferreira Viana, no 56, um conjugado. Lá, fiz amizades, me integrei na turma, e me diverti muito, superando os problemas. Cedo, descobri que eu, sozinho, teria que me desenvolver e progredir. Meu pai, por mais inteligente que fosse, não tinha “background” para me aconselhar na vida profissional. Minha decisão foi estudar, e foi o que fiz, desde pequeno. Em todo o ginásio, no Rivadávia Correia, perto da Central do Brasil, só tive duas notas vermelhas. No 4º ano, a menor nota de todas foi um oito.

 

2                    Como chegou na Correia Dutra, mesmo morando em outra rua?

Vida que segue. Eu tinha um amigo, vizinho, chamado Milton. Andávamos sempre juntos e ele, apesar de vascaíno, começou a fazer judô no Flamengo, na sede Velha. Eu gostei da ideia, mas não tinha como pagar uma academia. Comecei a encher o saco de meu pai para ser sócio do Flamengo, para frequentar as aulas de judô.

 Isso demorou bastante tempo, mas meu pai, com todo o sacrifício, comprou o tal título de sócio patrimonial. Só que, aí, o entusiasmo tinha diminuído. Não me matriculei imediatamente. Aí é que entra a turma da sede Velha.

Já nessa época, eu era fissurado em jogar bola, participar de uma pelada. Eu ia para as quadras do aterro e ficava pedindo vaga nos grupos já formados. Cheguei a fazer amizades por lá. Num desses dias. Tinha um baba num espaço de atividades físicas, que não sei se ainda existe. Ficava num plano mais baixo, em frente à Correia Dutra, ao lado do local onde, depois, instalaram um avião da Varig, como museu. Eu, como sempre fazia, parei do lado e pedi vaga. Dois garotos me deixaram participar. Jogamos até escurecer. Quando terminou, papo vai, papo vem, eu falei que era sócio do Flamengo. Aí, foi festa, as portas das peladas das tardes foram abertas. Os garotos que me deixaram jogar eram o Carlos, que depois foi para Petrópolis, e o Della. Na pelada conheci alguns dos outros, como o Zé e o Byra. Havia alguns outros, mas eu não saberia dizer se estavam no aterro nesse dia. Mas tinha o Chiquinho, Gaguinho, Ari, Palito, o Gordo, goleiro, Ismael, Anderson, Betinho, Manga, Antero, Boiadeiro, Peixe... caramba, bons tempos. Tinha mais, se eu me lembrar, eu falo.

 

3                    E quais são suas lembranças de nossa época?

Muitas. Muitas.

Eu estudava de manhã. Chegava em casa por volto do meio-dia, almoçava e sumia para a sede Velha. Lá, normalmente já havia alguns fominhas e ficávamos sentados encostados nas paredes laterais, na sombra, em cima das canaletas de águas pluviais que havia nas laterais, esperando os demais chegarem. Quando tinha o suficiente para dois times, dividia ali, na hora, e mandava ver. Quem chegava depois disso tinha que formar o time de fora e esperar o jogo terminar. Quem vencia ficava, quem perdia saía. Isso rolava todos os dias, exceto domingos, que a sede Velha fechava.

Nessa hora, há que se falar e lembrar da caravana que montávamos para ir à sede da Gávea. Lá pegávamos piscina e disputávamos as quadras com a turma de lá, o que gerou ciúmes dos “inimigos”. Eu lembro que uma vez nós ganhamos deles no salão. Aí, eles desafiaram para jogar campo (havia um campo ao lado do muro do posto). Ganhamos também, e deu briga.

Mas quem viabilizava essa caravana era o “Seu” Arimatéia, com sua Vemaguete. Enchia o carro de crianças, e lá íamos. E voltávamos. Grande seu Ari.

Por falar em briga de pelada, lembro também de um jogo contra a turma do Russel, no campo deles. Ganhamos de 3 a 2, eu fiz os nosso três. Mas o ambiente era tão pesado que o juiz, que era deles me ameaçou, quando marquei o segundo gol. Ele chegou meu ouvido e falou que se eu fizesse mais um eu iria apanhar tanto que voltaria para casa de ambulância. Quando marquei o terceiro, ele passou a apitar do meu lado. Eu ia para um canto, ele ia atrás, andava para o outro, ele também. Eu pensei, tô fudido. Quando faltavam pucos minutos para terminar, o Della (acho que foi), veio me avisar que quando alguém deese o sinal, sairíamos correndo, mesmo antes da partida terminar, e os pertences de cada um já tinham sido levados, era só correr. Parece que todos estávamos marcados. E foi o que aconteceu. Alguém gritou e nós disparamos. Eu só parei na grade do Palácio do Catete.

Bons tempos.

Lembro do Tião, que mandaram da Gávea para nos “treinar”. Se não me engano, era às terças e quintas. Eu jogava de pivô, gostava de fazer gol. Tião, não sei por que, achou que eu era goleiro, e me fazia treinar como tal. Eu dizia: Tião, eu não sou goleiro, o Antero agarra muito mais. O Manga também. Ele só respondia que sabia o que estava fazendo. Essas histórias são de 1966. Até que, no início de 1967, ele me levou para treinar com o time de futebol de salão do Flamengo, na Gávea. Eu chamei o Tião, de novo, e pedi para chamar o Antero, Manguinha, Betinho, que eram melhores. Ele insistiu. O técnico de salão da época era um camarada chamado Telê (não sei se era o grande Telê, antes de treinar os profissionais do Flu, acho que não). Tião me levou até ele e me apresentou como o futuro goleiro de futebol de salão do Flamengo. Eu gelei, nessa hora.

Mas frequentei os treinos por todo o mês de fevereiro. Telê me colocava no time reserva. O goleiro titular era um sujeito bem maior do que eu, meio gordinho. Eu sei que os caras vinham trocando passes, chegavam perto da área e mandavam ver um foguete, com aquela bola infantil de futebol de salão. Eu nem via por onde entrava. O gordinho do outro lado pegava tudo. E eu pensava, o que estou fazendo aqui?

Quando chegou Março, as aulas do Curso Tamandaré começaram, pela tarde. Aí, conflitou com os treinos na Gávea. Eu decidi me dedicar ao Curso. Tinha resolvido fazer concurso para o Colégio Naval e fui fazer o que sabia, estudar. Comecei a me separar da turma da CD nessa fase.

Outra coisa que lembro da turma da CD, aí, já fora das quadras. Nos domingos à tarde costumávamos ir ao cinema. Vestíamos a domingueira e íamos; Asteca, São Luiz, Politheama, dependia da grana. De vez em quando havia uma festa, em que também íamos em grupo.

Tem uma coisa interessante, tipo coincidência, que me matou de vergonha na época, mas logo virou motivo de risada. As meninas que eu me lembro eram, entre outras, a Catarina, a Emebene (pequena, mascote na época), a irmã do Betinho, que vim a conhecer melhor alguns anos mais tarde, na Ferreira Viana mesmo, e tinha a Beth, com quem cheguei a brincar de namoro. O fato é que a Beth, além de bonita, era um doce de pessoa. Muito simpática, amável e bastante receptiva em termos sociais. Algum tempo depois que eu me afastei, estávamos, nós da turma Ferreira Viana, num sábado, sem ter o que fazer. Alguém chega e diz que tem uma festa na CD, mas ele não conhecia os donos, mas achava que podíamos chegar lá. E fomos os três, subimos, a porta estava aberta, entramos. Me dei conta, então, de que a festinha era na casa da Beth.  Eu chamei o Beto, um dos colegas da Ferreira, e avisei, olha vou sair fora. Conheço a dona da festa e não quero que ela me veja. O Beto, nem deixou eu terminar. Foi do outro lado da sala, chamou a Beth, a trouxe dizendo “é essa menina que é sua amiga?. Eu queria me enterrar na areia, mas a receptividade foi grande. Ela formalizou convite para os dois que foram comigo e foi uma noite agradável.

Bons tempos.

Alguns anos depois, teve ainda a história da irmã de um amigo da Silveira, chamado Luiz Antonio, ou Gordo. Ele tinha uma irmã, não me lembro o nome, um pouco mais nova. Uma moça muito bonita, sempre conversávamos. Nessa época, eu já estava na marinha e só vinha para casa em fins de semana de 15 em 15 dias. Era nesses finais de semana que eu me integrava com o pessoal da Ferreira e outros conhecidos, inclusive o Gordo. Essa menina, irmã dele, um dia passou por mim e trouxe uma amiga para me apresentar. Era a Beth. Rimos bastante, mundo pequeno. Beth já era moça formada. Se já era bonita, estava muito mais. Mas não tocamos no assunto do namoro. Adolescência é uma fase tímida.

Bons tempos.

 

4                    Vc sumiu por algum tempo. Por onde vc andava? O que vc fez?

Como eu disse, em 1967 decidi fazer concurso para o Colégio Naval. Fiz o Curso Tamandaré, que ficava no Largo de São Francisco. Estudava no Rivadávia de manhã e cursava á tarde. Não tinha mais tempo para jogar bola na sede Velha. Outra coisa que já citei é que, cedo, descobri que se não estudasse, iria ficar andando de lado a vida toda. Por isso, a dedicação era integral.

Felizmente, passei no concurso em primeiro lugar. Por isso, sou “zero um” de turma e meu número de identificação (espécie de CPF naval) termina com 01. Aliás, só como registro, depois que saí da Marinha, sempre mantive contacto com a Turma, e sou ainda chamado de zero um da turma, o que me lisonjeia bastante. Tenho muitos amigos lá.

Passei 2 anos em Angra dos reis, de onde só vinha ao Rio de 15 em 15 dias. Chegava na sexta-feira de noite e voltava domingo depois do almoço. Meu tempo era muito curto e, normalmente, não dava para fazer tudo o que queria ou precisava. Algumas vezes, tinha compromisso de família. Algumas vezes, namorada. Outros compromissos com os colegas da turma do CN. Enfim, perdi contacto com muita agente.

Depois do CN, ensino médio, vem a Escola Naval, na Ilha de Villegaignon, atrás do Santos Dumont. Só que, mais uma vez, resolvi mudar o rumo da minha vida. O raciocínio era simples. Eu decidi ser engenheiro. Na Marinha, precisava esperar 7 anos para me qualificar par o Quaro de Engenheiros, quando começaria a cursar engenharia na USP. Então, pensei, se eu queria ser engenheiro, por que esperar os 7 anos para começar, se eu poderia sair e fazer vestibular aqui fora. Aí, decidi que se era para fazer isso, só serviria o IME, por diversas razões que não vem ao caso. Nem o ITA serviria, pois não tinha como me sustentar em S. J. dos Campos.

Então, fiz o Curso Bahiense e passei. Fiquei lá de 1971 a 1975. Também, nessa época, decidi ganhar um pouco de dinheiro. Sempre levei uma vida muito apertada. Não me faltava nada do básico, mas a falta de grana era um problema. Comecei a dar aula no Bahiense em 1971. Comprei meu primeiro carro com 20 anos. Em 1972, comecei no MCB. Em 1973, me empreguei numa firma de instalações elétricas, em 1974, comecei a fazer estágio na Light. Então, nesse ano, eu tinha compromissos com o IME, dois cursos para dar aula, um emprego de assistente técnico, e um estágio. Pifei. Os cursos me davam a vida social que queria (não faltavam alunas querendo sair), os empregos a grana para pagar essa vida social (custa caro!!) e o IME, a perspectiva de futuro. Mas não deu para continuar assim.

Pedi demissão do emprego na empresa de eletricidade, diminuí minhas aulas e fiquei só com dois dias em cada curso, à noite, e mudei o estágio para a Eletrosul. Tudo melhorou, passei a administrar melhor meu tempo, meu rendimento na faculdade subiu, e muito, e passei a dormir melhor.

Isso explica por que não tinha como estar próximo de vocês, na CD. Nessa fase, me afastei involuntariamente até dos amigos da Ferreira.

Quando saí da faculdade, tinha a oportunidade de mudar para Florianópolis, com a Eletrosul, mas decidi ficar aqui no Rio. Fui trabalhar na Nuclebrás, fui chamado pela Internacional de Engenharia (que Deus a tenha), fui para a Albras, montei uma empresa de redes e telecomunicações, e, finalmente, decidi ir para a Receita Federal. Fiz concurso para Auditor em 1994 e entrei em 1997. Todas essas passagens têm histórias, que dariam outra entrevista.

 

5                    E a família? Conte como foi nesse tempo todo?

Em todo esse tempo, fiz duas famílias. Tenho quatro filhos.

A primeira foi com uma ex-aluna do Bahiense (só me aproximei dela e começamos a namorar algum tempo depois do curso!!! Não foi affair professor-aluna). Mas começamos a namorar, e ficamos nisso até 1978, quando me casei. Ela também é engenheira, formada na PUC. Também estudou no Pedro II do Humaitá e foi colega do Sirico (acho que é esse o nome dele, oh! Memória) da Silveira Martins.

Com a Angela tive 2 filhos: Victor e Larissa. Victor é engenheiro metalúrgico UFRJ, com mestrado em engenharia oceânica pela Coppe. Hoje, trabalha e mora em Houston, no Texas. Larissa também é engenheira, química, pela UFRJ. Tem mestrado e Doutorado pela Coppe em engenharia de produção, especialização planejamento energético. Mora e trabalha em Amsterdã, mas em processo de mudança para Bonn, na Alemanha, para trabalhar na IRENA, agência da ONU para energias renováveis.

Em 2000 me separei e me casei novamente em 2002 com uma baiana. Em 2005 decidi sair do Rio e mudei para Salvador, aproveitando a estrutura familiar já montada. Cíntia é advogada e, quando nos casamos, já tinha escritório próprio em Salvador, que não conseguiu tocar do Rio. Então, virei baiano.

Com Cíntia tive mais dois filhos. Giullia, com 19 anos, fazendo faculdade de programação de jogos. E Luiz Felipe, 14 anos, ainda no 9º ano EF.

 

6                    E hoje? O que vc faz? Já se aposentou?

Hoje eu trabalho exclusivamente na Receita Federal.

Quando fiz o concurso, a pretensão era garantir uma aposentadoria melhor que a do INSS. Eu tinha a empresa e, como todo empresário sabe, o futuro é incerto para os empreendedores no Brasil A Receita era uma saída que se mostrava factível Fiz o concurso e passei.

Só que as mudanças da CF88 de 1998 e 2003 acabaram com essas pretensões. Então, quando decidi mudar para Salvador, saí da empresa.

Já poderia me aposentar há mais de 10 anos atrás, mas continuo na ativa, por decisão própria. Meu maior medo é me aposentar e ficar em casa. Sempre tive uma vida muito agitada para ficar parado. Tanto que mesmo aposentável, com mais de 70 anos, acabei de concluir o Mestrado em Administração na UFBA. Defendi a Dissertação em fevereiro. E vou procurar mais coisas para fazer.

 

7                    Considerações finais.

Zé, demorei para começar a escrever ou responder a essas questões básicas sobre minha vida. Mas, agora, que começamos e engrenamos, as lembranças vêm à tona e, se não parar de escrever de ofício, continuo por horas. É muito bom relembrar o passado, quando se foi feliz com ele.

Como deixei transparecer, tive uma vida muito difícil. Algo que deveria ser fácil, como a transferência de meu pai para o Rio, se tornou o grande problema de vida.

Mas essas dificuldades não representaram, nunca, infelicidade. Fui uma criança, um adolescente e um homem feliz. E ainda sou, graças a Deus. Sempre tive o básico e mais o amor e respeito de meus pais e minha irmã. Não tenho arrependimentos. Talvez, com a experiência de hoje, faria algumas coisas de forma diferente.

Assim, relembrar tudo isso foi fantástico. Tenho um pouco de inveja quando vocês publicam no grupo fotos e contam histórias dos carnavais, acampamento, penetras no Mourisco (isso eu fiz também), mas eu também vivi histórias parecidas. Turmas que mantêm esse convívio de tantos anos, eu só conheço entre os militares, dado o seu espírito de corpo.

Espero que tenha contribuído, com as minhas histórias, ou minha visão dos fatos, para trazer outras lembranças à turma.

Planejo ir ao Rio em Julho. Aviso com antecedência para organizarmos um encontro fora de época. Eu levo o whisky.

 

Um grande abraço

62 comentários:

Anônimo disse...

Bacana!

Anônimo disse...

Como é bom relembrar nosso passado

J Drinks disse...

Quando escreverem um comentário, favor se identificarem.

Ulisses PEIXE disse...

Zé.
Muito boa a entrevista com o Reginaldo.
Me fez muitas boas recordações de nossa infância/ adolescência.
Um grande abraço para o Reginaldo.

J Drinks disse...

Os *PARABÉNS* para nosso *patriarca*, Dr. Arimatéia.

Bibaca disse...

Parabéns pra nosso doctor Ari salve, salve grande mestre. Muitas felicidades e vida longa.👍🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼❤️❤️❤️❤️

Tuta disse...

Parabéns pro Dr. Ari, grande figura!!!🍺 🍻🥂🍺🍻🥂

J Drinks disse...

Nossos *PARABÉNS* ao Grande e Poderoso Vice-presidente de nossa Confraria.
E não podemos deixar de transmitir nosso *PARABÉNS* para os 102 anos de Dª Eva, mãe do Armandinho Qua Qua, mas por favor Adão não foi avô do Qua Quá.

Bibaca disse...

Parabéns para os 102 niver de DªEva com muita saúde, vida longa e que sirva de exemplo pra nós!!!!❤️❤️❤️🙏🙏🙏🎂🎊🎉🍷

Armandinho disse...

Valeu. Muito obrigado

J Drinks disse...

E para registro, os *Parabéns* ( de ontem) para nossa amiga Isabel, a Be..bel do Gaguinho, amiga de longos anos mas que chegou em nossa turma para ficar. Até o *próximo*. Bjão

Tuta disse...

Caraca, esqueci de parabenizar a Bel ontem. Desculpe, minha amiga!!! Mas ainda dá tempo pra desejar um Feliz Aniversário com Muita Saúde e Paz!!! Vida longa, minha amiga desde os tempos de primário no Rodrigues Alves!!! Eu, ela, Zé e Della!!!😂😂😂🍺🍻🍺🍻

Bibaca disse...

Parabéns pra Bel,saúde, felicidades e vida longa 🎊🎉🙏🙏🙏🎂🎂🎂👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Rose disse...

Parabéns p a Izabel... atrasado....não conheço mas estamos na mesma turma e desejo muita saúde e felicidades.

J Drinks disse...

Hj é o dia dos parabéns para o meu super-herói (Gabriel - 4 anos)

Derzemar disse...

Parabéns 🥳🎉🥳👏👏👏

Beto PQD disse...

Parabéns pro super herói

Armandinho disse...

Parabéns ao vovô e ao netinho

Rose disse...

Parabéns pra ele 🥰🥰
Que Deus o abençoe, muita saúde!

Paulo Godá disse...

Parabéns Drinks pelo super herói

Tuta disse...

Parabéns pra ele, Zé!!! Muita Saúde e Vida Longa!!!🧁🎁🍰🎂

Jorge Puck disse...

Felicidades Zé, muito legal!!!

Zé Guilherme disse...

Muitas felicidades para o Super-Herói!!!

Roberto Melo disse...

11/04
Bom dia a todos.
Parabéns amigo Armando Tamba, tudo de melhor na sua vida, muita saúde, paz, vitórias, realizações.
Esteja sempre com Deus.
Abraço grande e Feliz Aniversário.

Amaro disse...

11/04
Bom dia Tamba!!!Saúde e paz. Abraços

Marquinho Cabeça disse...

11/04
Bom dia a todos! Parabéns! Feliz Aniversário! Saúde, Paz e Alegria! Prosperidade! Vida longa! Abraços!
Armando Tamba! Salve!

Zé Franguinho disse...

11/04
Parabéns Tamba, muita paz, amor e saúde. Vida longa e muitos 🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻

Claudio Qualira disse...

11/04
Armando, parabéns saúde e paz bjs 🎂😘

Zé Guilherme disse...

11/04
Parabéns Armando Tamba!!! Muita saúde e felicidades. Vida Longa!!! 🍻🍻🍻🍻

Manga disse...

11/04
Parabéns Tamba muita saúde paz e vida longa

Sérgio Pequeno disse...

11/04
Tamba,
Saúde, Paz e Amor neste Coração ❤️
Um grande axé aqui da terrinha do dendê.

👏👏🥳🥳🍾🥂

Marcio Cri Cri disse...

11/04
Feliz aniversário. Muita saúde paz e vida longa.
Parabéns!

Tchona disse...

11/04
Parabéns Tamba !!!
Muita paz, saúde e muitas felicidades pra você 👏👏👏

Vieira disse...

11/04
Parabéns Batam com muita saúde e Vida Longa.👏👏

Raimundo disse...

17/04
FRANGO, PARABÉNS!!!!!

Bibaca disse...

17/04
Bom dia a todos!!! Principalmente a meu brother, Frango Del Macumba, irmão felicidades, saúde e vida longa, que Deus te ilumine e te proteja sempre.👍🏼🙏🙏🙏👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼🎊🎊🎊🍻🍻🍻🍻🥂🥂🥂🥂🎂🎂🎂🎉🎉🎉❤️❤️❤️

Vieira disse...

17/04
Dell Di Bacuma, parabéns saúde e Vida Longa.
Parabéns Tb para o seu Fígado guerreiro 👏👏👏👏👏

Ulisses disse...

17/04
Parabéns Frango!!! Felicidades!!!💯💯💯

Anônimo disse...

17/04
Marco Antônio, vulgo Frango.

Saúde Paz e Amor neste Coração ❤️

Parabéns pelo seu dia.

👏👏🥳🥳🍾🥂

Zé Franguinho disse...

17/04
Parabéns galináceo de macumba, meu irmãozinho. Muita paz, amor e saúde. Vida longa e muitos 🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻

Roberto Melo disse...

17/04
Grande Marcos Frango.
Tudo de melhor em sua vida com muita saúde e vitórias.
Esteja sempre guardado por Jesus.
Parabéns e Feliz Aniversário.
Abraço grande.

Zé Guilherme disse...

17/04
Parabéns Frango!!! Muita Saúde, e Felicidades. Deus te proteja e te dê Longa Vida!!!🍻🍻🍻🙌🙌🙌

Tuta disse...

17/04
Frango, pedi ao Manguinha que me mandasse um áudio com a voz sensual da Marilyn Monroe, lhe desejando um Feliz Aniversário, mas acho que ele confundiu os nomes e não atingiu a meta, se é que me entende!!! 😂😂😂😂

Cabeça disse...

17/04
Boa tarde a todos! Parabéns! Feliz Aniversário! Grande GOFRAN ! Saúde, Paz e Alegria! E $$$$ ! Muitos anos de vida! Abraços!

Manga disse...

17/04
Parabens grande Frango meu amigo de Pitu sauer, muita saude paz drinks e vida longa.

Zé Franguinho disse...

20/04
Parabéns Falcão, muita paz, amor e saúde. Vida longa e muitos 🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻

Tchona disse...

22/04
Parabéns Zé Franguinho, meu camarada de longa data.
Feliz aniversário com muita saúde e muitas alegrias 👏
Abs

Puck disse...

22/04
Opa Ze. Um grande abraço daqui também. Felicidades!!!

Vieira disse...

22/04
Parabéns Iriidiioo um dia de felicidades e paz.
Saúde e Vida Longa. 👏👏👏👏👏

Sergio PQNO disse...

22/04
Zé Franguinho

Um grande ache aqui da terrinha.

Saúde Paz e Amor neste Coração ❤️

Parabéns pelo seu dia 🎉🎂🎉🎂🍾🥂

Qualirinha disse...

22/04
Zé, parabéns saúde e paz abraços 😘🎂 vê cuidado com o caminhão kkkkkk

Robson Pirata disse...

22/04
Zé... Saúde, paz e alegria nesse dia. Que você tenha um aniversário repleto de felicidade. Toma uma aí por mim.

Zé Guilherme disse...

22/04
Fala Zé, meu irmão! Feliz Aniversário! Com muita saúde e prosperidade. Vida Longa!!!🍻🍻🍻🍻🙌🙌🙌

Frango Del disse...

22/04
Bom dia.
Parabéns meu camarada *Zé Franguinho*, muitas felicidades, saúde, paz, harmonia, compreensão, sensatez, prosperidade, $uce$$o, realizações e vida longa.
Beijo 😘 no coração ❤️.

👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾🎉🪄🎊🎂🎁👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻

Roberto Melo disse...

22/04
Grande José Alexandre.
Abraço grande, tudo de melhor em sua vida, muita saúde, paz e conquistas.
Parabéns e Feliz Aniversário.
Esteja com Deus sempre.

Cabeça disse...

22/04
Bom dia Todos! Parabéns! Feliz Aniversário! Saúde, Paz e Alegria! Vida longa! Abraços!
Zezinho

Rubinho disse...

22/04
Ze Franguinho. Parabéns Feliz aniversário 👍👍⚽⚽👏👏👏👏🍻🍻🍻🍻. Abraços de Rubinho (veiga).🎂🎂🎂🎂🎁🎁🎁🎁🍷🍷🍷🍷🍷

Manga disse...

22/04
Zé Franguinho, muita saúde paz felicidade drinks e vida longa

Cássio Pinga disse...

22/04
Parabéns Zé Gran fino como dizia Bezerra de Lima, saúde, paz, vida longa.
🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻🍻

Cabeça disse...

28/04
Bom dia a todos! Hoje seria aniversário de um cara aqui na CD, especial. ROMAU ou Capela ou 18 ! Grande Mauro! Bom de Grupo. Lá no Fluminense ala esquerda. No Buraco quente jogava no meio! Amigo! Que Deus dê muita luz a ele !

Frango Del disse...

29/04
Bom dia galera.
Bom dia especial para:
*Nholipau Çabecá de Caropi*, parabéns meu camarada, muitas felicidades, saúde, paz, harmonia, compreensão, sensatez, prosperidade e vida longa.
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Tuta disse...

29/04
Frango, dê meus parabéns a sua filha. Desejo que ela tenha um futuro promissor e consciente como cidadã de bem que será!!!🥂🍰🎁🧁🎂