quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Soneto do amigo


Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Um presente de nosso confrade Marco Charuto Reis para todos nós.  Obrigado Marco, obrigado Vinicius.

sábado, 11 de agosto de 2012

365 dias


365
 dias se passaram e ontem, 10 de agosto,  comemoramos 1 ano de uma nova vida para o nosso Byra. Não é preciso entrar nos detalhes do acidente, e nem mesmo de sua fantástica recuperação que ainda hoje nos surpreende. O mais importante é estarmos juntos e com condições de virarmos essa página.
Com a era da Internet, o comércio vibra com as diversas comemorações.  É Dia para todos os dias.  Do Índio, da Mulher, da Árvore e até mesmo do Vinho e da Cachaça, estes realmente especiais.
Em julho, no dia 20, foi o Dia do Amigo, uma data que surgiu da maluquice de um médico, Enrique Ernesto Febbraro, que alucinado com a chegada do homem à Lua, enviou cerca de 4 mil cartas para diversas partes do mundo, em vários idiomas, onde considerava o feito uma demonstração  de que “se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis”. 
E no próximo domingo, 12 de agosto, é o Dia do Pai, outra data que por mais comercial que seja, não tem como deixarmos passar. E é fácil perceber o quanto ela é especial para nós nesse ano de 2012.
Diferente dos momentos de choro e dúvidas de 2011, hoje, apesar de nem tudo estar cem por cento, é possível brindarmos à vida e comemorarmos e dividirmos com muita alegria esse Dia dos Pais que se aproxima.
Não há como deixar de recordar a força de nossa corrente de fé, na luta e na torcida pela recuperação do Byra. Reflexo de uma amizade forte e solidária, que certamente contribuiu para sua melhora, bem de acordo com a frase simbólica de Enrique Ernesto.
E por falar em turma, se por um lado conseguimos nos reencontrar, ao ponto de mantermos por 13 anos seguidos nossas confraternizações anuais, o tempo não nos perdoa e muita coisa acontece.
Além do tropeço do Byra, e do AVC do Peixe, outro que levou susto foi o Roberto, o “Azulão”, também da Correa de baixo, e também um AVC na bagagem.
Roberto é um dos mais, digamos, antigos da turma.  Aos 62 anos, o cara tem muita história para contar.
Chegou na Correa como marinheiro e cheio de histórias logo conheceu Jhonny, Clerton, Drinks, Antero, Xinzinho e outros mais próximos da ala de baixo.
 Roberto nunca foi e nem é uma unanimidade. Polêmico,  por causa de algumas de suas atitudes, no entanto mantém até hoje um grupo fiel ao seu lado.
Dentre várias passagens, existe uma que merece registro. Década de 70, o “Marinheiro”, ou “Azulão” como ainda é conhecido, trouxe alguns “sinalizadores” utilizados pela Marinha para marcar locais de acidentes em alto mar.  Em contato com a água, criava uma mancha verde escura, capaz de ser melhor detectada pelas equipes de busca e salvamento.
O que fazer com aquilo? Tinha que existir uma sacanagem para fazer com  aquilo, e não demorou muito, o gênio Jhonny convocou a galera:
- vamos para o Largo Machado. 
No centro do Largo, o famoso chafariz.  Cartão postal do bairro e da cidade do Rio de Janeiro. E não é preciso dizer como ficou lindo ao amanecer o dia coberto com uma espécie de “manta verde escura” com gente parando, olhando, reclamando “da sujeira”, e nós, a postos, maravilhados pela obra e “ajudando” nas divagações e pretensos esclarecimentos:
- acho que é xixi de marciano...
- é óleo de chafariz...
- a culpa é dos pombos...
Foi uma manhã memorável e com a marca da dupla Roberto e Jhonny, que por um bom tempo nos brindaria com outras aventuras.  Em breve, no blog. 
 E por falar em amizade e saúde, podemos dizer que uma é como a outra, pois seu “valor só é realmente conhecido quando a perdemos”.

Byra, Peixe e Roberto, que suas saúdes se conservem como conservadas estarão para sempre nossas amizades.