sexta-feira, 30 de setembro de 2011

49/50 DIAS - melhor do que palavras

49/50 DIAS (29/09/2011) 
Se na quarta-feira apresentou melhoras, na quinta, dia 29de setembro, aos 50 dias de internação, fica uma imagem que é muito melhor do que palavras ...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

48 DIAS - reviravolta II ... e para melhor!

48 DIAS (27/09/2011) -
Érika, como sempre tem feito, tira alguns minutos para fumar e relaxar sua tensão num curto passeio pela calçada da clínica, e ao encontrá-la foi possível observar o quanto estava animada:
- Zé, o Byra está ótimo, a febre baixou, dormiu melhor, já tomou banho e café, agora descansa um pouco...
- muito bom, pode acabar de fumar que a gente sobe para o quarto. 
Ao vê-lo o quadro era animador:
- oi Byra, como está?
- Zé, minha perna dói muito.
- e o ombro?
- também dói, estou todo quebrado, fui atropelado por uma locomotiva...
- que isso, cara, foi apenas uma moto...
Seu semblante era relamente melhor. Sua lucidez até me espantou:
- Byra, seu filho foi atropelado por um caminhão e não teve nada, lembra-se disso?
A confirmação do acidente com o filho foi mais uma alegrai e a certeza de que a luz no final do túnel está cada vez mais clara.  Como estava com um jornal na mão, perguntei se ele era capaz de ler as manchetes e ele me acenou que sim:
- Fim de jejum ...teve até ...as palmas para ... Wellington...
Leu com dificuldades mas o suficiente para vermos seu progresso.
Perguntei também se lembrava alguma coisa de seu acidente, como forma de estimular sua memória, e a resposta foi surpreendente:
- Zé, foi uma porrada violenta...fui jogado para o alto
Confesso que foi uma grande surpresa.  Chamei meu pai:
- meu filho, como foi? você se lembra? você foi jogado? perguntou o velho Byrão com ansiedade.
E com gestos circulares com as mãos, repondeu com consciência:
- foi um porradão, virei no ar e vi um grande flash...
Agora, com mais certeza, é possível montar o cenário, com a confirmação de que ele passou por detrás do ônibus, como ele próprio descreveu, e a moto o pegou, fazendo-o virar no ar, cair por cima do ombro, que lhe salvou a vida, e por último as pancadas na cabeça que quicou em dois lugares. É fantástico sua lembrança desse momento.  Foi realmente uma nova reviravolta, e para melhor,  em relação ao dia anterior.  
Ao anoitecer, o Dr. Antero comunicou à Érika que tanto ele quanto o médico assistente acharam por bem não operá-lo de imediato pois apesar da infecção estar sendo controlada, a colocação de uma prótes e requer maiores cuidados e seu estado imunológico tem estar mais preparado.  A tendência é de que tenha alta para continuar sua recuperação em casa e dentro de 2 ou 3 meses, quando estiver mais forte, faça a cirurgia. Amanhã vai ser avaliado por um especialista bucomaxilar equem sabe a notícia de que estará a caminho de casa, numa nova batalha em sua guerra.  Aguardemos as notícias.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

44/45/46/47 DIAS - a reviravolta


44/45/46/47 DIAS (26/09/2011) Noite inquieta e mal dormida. Amanhece febril e mesmo a notícia de tudo estava certo para a cirurgia, mais uma mudança de planos. O médico de plantão demora a chegar. Alguns contratempos e mais um dia agitado. A febre, mesmo que pouca, alerta sobre alguma infecção oportunista e precisa ser investigada. A situação muda e a preocupação avança e toma lugar da euforia do dia anterior. A demora no atendimento pelo médico plantonista irrita e chega a abalar o bom andamento até então. O telejornal destaca recentes erros médicos e as infecções hospitalares, e não tem como não pensar e conversar sobre o assunto. Na parte da tarde consegue-se o contato e a presença do médico que vê o quadro e avisa que vai tomar as devidas providências.
Sábado, que seria o início de um bom final de semana, começa com o Byra febril e prostado. Não deseja, ou não consegue, se alimentar de forma adequada.  Não conversa direito e a operação é suspensa. Na parte da tarde, o médico responsável pelo seu atendimento aparece e se desculpa pela demora mas que a partir daquele momento passará a ter uma ação mais efetiva. Constata a necessidade de agir de imediato contra  a infecção assim como definir a ação em relação à fratura no maxilar.  A febre baixa um pouco, assim como a certeza que mais essas pedrinhas não servirão de barreiras para sua reabilitação.  É uma guerra difícil, de duras batalhas, que cada conquista só faz adoçar o sabor da vitória.
O domingo não foi muito diferente. Érika, escudeira e incansável, se mantém firme ao lado de Byra.  Ajuda-o no banho, na alimentação, faz tudo que pode para vê-lo mais confortável.  Só não foi possível deitar ao seu lado, como ele pediu na madrugada que não conseguia dormir. É como nos disse um amigo, tá doente mas não tá morto..." .
Dia 26, segunda-feira, são 47 dias de luta. Sinais de melhora em seu estado. A febre baixa e ele é levado para uma tomografia. Sua inquietação é grande e atrapalha o procedimento.  Tem que tirar sangue para exame, como suas veias estão muito finas e de difícil acesso, o sofrimento é grande mas necessário.  Do lado de fora a peregrinação para complementar a documentação para o INSS. Como sempre, falta um documento ou um formulário para ser preenchido. Volta-se ao Azevedo Lima, depois à Secretaria da Fazenda, onde o Byra trabalha.  Retorna-se ao hospital e já na parte da tarde, uma promessa que dentro de 5 dias, o documento de 5 linhas, estará pronto mas quem pode buscá-lo, somente o próprio ou filho, ou esposa, ou alguém com a devida Procuração. O irmão não serve.  É muita burocracia e barreiras administrativas aparentemente desnecessárias, e se para nós é difícil entender o processo, o que dizer da população mais humilde. Resta agora esperar e torcer pela recuperação do Byra para que possa ser remarcada a cirurgia no ombro e mais uma reviravolta no processo de recuperação, desta vez para melhor, claro.  

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

42/43 DIAS - marcas que não serão esquecidas


42/43 DIAS (22/09/2011) -  Poderia ser um dia como os outros mas a chegada de uma cadeira de rodas deixa marcas que não serão esquecidas. Seu olhar é receptivo, sabe que será útil por algum tempo, que todos torcem que seja pequeno. Recebe visitas de companheiros do trabalho, reconhece e conversa com todos. Ainda reclama de sua condição, das dores no ombro e no joelho, mas seu comportamento demonstra avanços. Mais tempo acordado, mais disposição, mais lucidez, ao ponto de combinar a troca do fraudão pelo uso consciente dos recepcientes próprios para suas necessidades. A autorização para a colocação da prótese ainda não foi dada porém a equipe do Dr. Antero afirma que tudo indica que não haverá problemas.  Assim como ele, Byra, seu santo também é forte e juntos passarão por mais essa barreira. Em conversa com um dos representantes da clínica, foi chamado a atenção de que o plano de saúde, desde a chegada naquele local, não tomou qualquer providencia em relação ao trauma no maxilar que o impede de se alimentar de forma correta.  Consciente da situação, foi prometido uma ação imediata para sanar essa pendência que se apresenta como uma grave falha no atendimento que até o momento tem colaborado para a recuperação de nosso Guerreiro. 
Quinta-feira, 43 dias de cama.  Pela manhã, após o banho e o café, estréia um passeio na cadeira de rodas pelo corredor. É uma nova fase que se inicia.  Brinca com as enfermeiras e promete se comportar. Ledo engano, o cara, FORTE, TEIMOSO e CABEÇA DURA, vai além das expectativas. Suporta a dor no joelho e se coloca em pé. Érika, num misto de surpresa, apreensão e alegria, vê aquele homem, meio sem jeito, mandar que ela saia da frente e vai sozinho ao banheiro. Ainda atônita com a situação inesperada, tenta encaminhá-lo para a cama quando mais uma vez é surpreendida:
- senta na cadeira. Pede ele, agora com calma.
Embalada pela emoção, senta e espera.  E o valente Guerreiro, cansado, como se chegasse de uma batalha, esparrama seu corpo pelo sofá e inicia um salutar repouso.  Ela acata a decisão, reduz a tensão e juntos curtem o merecido descanso.
Em contato com o Dr. Antero, ficamos sabendo que a cirurgia está, a princípio, marcada para a próxima segunda-feira, 26, por volta das 16 horas e claro, logo após, está também marcada uma reunião para conversarmos sobre o assunto, só que ali não vai estar presente o Dr. e sim o amigo, de tantos e tantos drinks. 


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

39/40/41 DIAS - brindamos a tudo, a todos



39/40/41 Dias (20/09/2011)

Domingo de praia, de sol, do pé de cachimbo 
na cama, deitado, o homem menino,
que teima, que xinga, reclama cedinho,
e ela com calma, amor e carinho
o trata, protege, o leva no ninho.
Recebe visitas, de tios, amigos, do amigo-doutor,
alguns reconhece, outros nem tanto,
mas a todos demonstra vontade e vigor,
movido na força, envolto no amor.

No olhar meio vago, palavras  sem nexo,
a torcida de todos por dias melhores.
Segunda de lei, 40 de luta,
noite mal dormida, rejeita a comida,
boca dolorida, o ombro preocupa,
o joelho ainda dói mas nada abala 
o bravo guerreiro, verdadeiro herói.
O pai se apavora, não aceita a demora,
não entende o destino, o mal do menino.
E o tempo não para,
ele senta, levanta, ele xinga, reclama,
quer logo da cama sair.
Falamos a dois que tudo breve passa,
e aos drinks voltamos.
Terça-feira de sol, mais um dia guardado,
come pouco, senta, reclama,
adormece, descansa,
e nós esperamos, torcemos, rezamos,
brindamos a tudo, a todos e à vida,
e com fé e esperança, amanhã continua...

domingo, 18 de setembro de 2011

37/38 DIAS - coisa de novela



37/38 Dias (17/09/2011) - Sexta-feira de dúvidas. Desde cedo Antero cobra a autorização para a cirurgia marcada para amanhã de manhã. No decorrer do dia obtém-se a informação de que faltava o laudo de uma radiografia, depois de mais de uma semana após o pedido da autorização. O Byra continua agitado. Reclama das dores no ombro e no joelho. Érika não tem descanso. Ela e o Byrão fazem plantão na sede do plano de saúde para conseguirem a liberação do material, última etapa para a cirurgia. Aos 49 do segundo tempo é tudo confirmado. Antero repassa as últimas instruções e diz que é assim mesmo que funciona o sistema. Mais uma etapa que o Byra consegue avançar.  Mais uma noite a ser mal dormida. Senta, levanta, quer água, tira a roupa, troca a roupa, tudo sob a vigília permanente de uma valente e incansável companheira. A noite cai. Érika domina o Guerreiro que dentro de poucas horas enfrentará mais uma batalha e desta vez não estará sozinho mas nas mãos experientes e competentes de um amigo fiel, inseparável por mais de 50 anos, que avisa logo que o Byra vai ter que lhe pagar muitos drinks depois que tudo passar.  
Sábado, 6 horas da manhã, Antero chega para a missão. Incansável, veio de uma cirurgia do dia anterior e avisa que logo depois do Byra iria para uma outra. Começa os preparos e pelas 9 horas inicia seu trabalho. São 12 horas e 15 minutos quando telefona para avisar do resultado. E não é bom. A situação está muito pior do que o esperado:
- Zé, o ombro dele está igual uma casquinha de sorvete.  Tentei colocar os parafusos mas não resistiu aos apertos. Não tem opção, a solução é uma prótese. 
Mais um cenário na guerra. Na verdade é  uma situação decorrente e que não deveria haver problemas. No entanto, pelas notícias do dia a dia, não se aposta em facilidades quando se trata de plano de saúde apesar de que até agora tudo tem se resolvido.  E diante do quadro, o Byrão mais uma vez se deixa desabar. Sua decepção com mais um problema é visível. Punhos cerrados, olhos avermelhados, voz embargada, e uma saída estratégica que o faz se esconder num canto, que solitário é pego pelo cansaço. A chegada de um casal amigo o anima a voltar para o quarto. Lá se encontram Valéria, ex, e Renato, filho do Byra, que no meio dessa tempestade traz uma notícia nova para o pai. Uma antiga namorada chegou com a notícia de que ele, Renato, seria o pai de uma menininha de 1 ano e meio, e a resposta do Byra foi imediata:
- fudeu ...
Reação de quem entendeu o recado, que embora não confirmado, é sempre motivo de preocupação. Mas pouco antes, Carlinhos, sobrinho da "boadrasta", médico neurologista, especialista em crianças, passou para ver os exames do Byra e numa primeira visão, ainda sem os mais recentes, arrisca a dizer que pelo tipo de lesão, ele deverá ficar bem, e como os demais que já o avaliaram, "é uma questão de tempo que não há como precisar". Ao anoitecer chega um cansado Dr. Antero.  Direto de sua segunda cirurgia do dia, veio direto para ver o amigo e comentar sobre sua situação. Lamenta o fato de ser obrigado a colocar a prótese mas não vê outra opção. Foi uma cirurgia cansativa, de mais de 3 horas, mas que infelizmente se tornou inacabada e vamos ter que continuar na semana que vem. O Byra está mais acordado. Come pouco e reclama da tipóia no braço, do soro na jugular, da falta de uma camisa. É o Byra de volta e a Érika preparada para mais uma vigília. E após a despedida de uma conversa mais animada, fica o sorriso na face do velho, o até breve ao amigo doutro e um obrigado à fiel companheira.  Até amanhã mano velho, os drinks estão cada vez mais pertos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

34/35/36 DIAS - o susto


34/35/36 Dias (15/09/2011) - Terça-feira (13) foi um dia inquieto. As dores no joelho continuam a incomodar no entanto a vontade de se levantar é maior. Não mantém a lucidez, é a flutuação tão indesejada que não o deixa entender que não pode se colocar em pé. A fratura no joelho e seu próprio estado, ainda sem a firmeza necessária, o fariam cair, tal como ocorrido no domingo. Érika se desdobra para mantê-lo quieto. Não se alimenta direito. Não consegue superar o constrangimento do uso do fraldão e a consequncia são cólicas que o deixam transtornado. Chegamos mais cedo para ajudar. Tira a roupa.  Coloca a roupa.  Rasga o fraldão. Cecília, filha da Érika, o recompõe e faz uma massagem especial.  Conversa, trata-o com carinho e a fera se acalma. Hora de dormir.
No dia seguinte, quarta-feira, uma novidade. A enfermagem autoriza o uso de uma cadeira higiênica.  Com ajuda dos enferemeiros, o Byra se levanta, se acomoda, toma um bom café, vai ao banheiro e surpreende ao conseguir escovar seus dentes com as próprias mãos.  Momento de alegria após uma noite agitada pelas cólicas que só passaram na manhã.  De volta à cama passou um dia mais tranquilo, assim como a entusiasmada Érika. O Byrão que chegou de tarde, não escondia a felicidade. À noite, uma nova notícia seria razão para os drinks bebericados ao chegar em casa, o médico informou sobre a provável alta do hospítal para seguir o tratamento e recuperação em casa.  Comemoração também na terapia de Drinks e Dellaney em Niterói.
Quinta-feira, dia 15 de setembro,  36 dias de uma luta constante que mantém acesa uma intensa luz ao final do túnel. O plano de saúde ainda não liberou o procedimento cirúrgico, fato que preocupa. Sai o resultado da tomografia e o laudo não é bom com a identificação de uma isquemia no cérebro. Susto, choque, apreensão, parece se distanciar a luz no túnel. O que fazer? Um contato com Antero muda o quadro: - o laudo está errado, diz ele. E complementa que o Byra permanecerá internado apenas para aguardar a cirurgia no ombro, prevista para o próximo sábado. Em relação a parte neurológica ele já está de alta para seguir o tratamento em casa. A luz reacende no túnel e com uma maior intensidade. 
Ele vai chegar lá! 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cenas de comédia ou Noites Tijucanas


Existem relatos que são verdadeiras “pérolas” históricas, tal a preciosidade das informações. Às vezes, parece ficção, mas a verdade que os envolvem nos dão a certeza de que o que ouvimos ou lemos é plenamente aceitável; ainda mais, quando sabemos que isso aconteceu em em plena noite carioca. Duas curtas histórias recheadas de humor, onde dois jovens rapazes são os protagonistas – Betinho PQD e Boi.
A imagem que nos passa é de um take de um filme e que certamente agradará aos leitores.
O que? O nome do autor do texto? Claro! Beto Olsen.
Divirtam-se!

Drinks & Kibe

Cena I
Carrinho de supermercado
(abre a imagem)


Vou resumir...

Saímos de um baile na Tijuca, por volta das 3 da manhã. Mas na verdade fomos convidados a nos retirar. Fomos para o ponto de ônibus, mas não conseguimos pegar nenhum. Principalmente porque quando o motorista nos via, não queriam parar pros dois doidos esporrentos.
Iniciamos o caminho de volta a pé.
Não sei como, mas fomos parar numa rua que sai do túnel Rebouças e desce sinuosa até a praça do Rio Comprido. Perto da Universidade. Estácio. (Nota D&K: a rua chama-se Paulo de Frontin).
Em determinado ponto desta rua havia um clínica. Entramos, pois o Boi achava que eu estava precisando de cuidados médicos. Lógico, que fomos convidados, mais uma vez, a nos retirar de mais um recinto naquela noite. Com a mesma "educação" com a qual fomos "chutados" do baile.
Interessante que no pátio desta clínica, não sei porque, havia um carrinho de supermecado. O que diabos estaria fazendo ali, um carrinho de supermercado?
O Boi me colocou, cuidadosamente (imaginem!!!!), dentro dele e foi dirigindo atencioso e calmamente ladeira abaixo.
Quando chegamos à bendita pracinha, haviam várias pessoas, na maioria mulheres, esperando o ônibus. Era a saída de um pagodinho. O Boi na sua correria desabalada. Vimos as mulheres e resolvemos parar para bater um papinho com elas. O detalhe é que o Boi usou o meio fio como freio. Resultado: Nos esborrachamos aos pés das meninas. Mas nos levantamos e iniciamos o tal papinho, como se nada houvesse acontecido.
Conclusão... Não comemos ninguém e ainda tentamos pagar a passagem do ônibus com a sola do meu boot que havia descolado com a queda.
As confusões, menores, só acabaram quando fomos dormir. 

Cena II
Geladeira
(abre a imagem)

 

Como disse anteriormente, tínhamos o costume de frequentar alguns "bailinhos" lá pelos lados da Tijuca, Rio Comprido e adjacências. Como o dinheiro não era o nosso forte, acabávamos por levar o produto de nossas conquistas lá pra minha casa.

O Boi, parecia, não gostar de "comida" quente. Então SEMPRE posicionava as partes mais interessantes da "indivídua" na geladeira, por alguns minutos. Dizia que achava gostoso aquele "friozinho" na hora da degustação. “Cês” entenderam ???

         O pior é que da última vez que este ser "transtornado" me enviou um e-mail (há um mes) eu respondi relembrando algumas de nossas "passagens". O problema não foi ter respondido, mas era uma conta dele como professor da faculdade. Bom, a resposta foi encaminhada a todos contatos dele, inclusive seus alunos e colegas professores.

Fecha a cena rápido!


A resposta bovina

Grande Olsen !!

O relato do que nós fizemos é realmente estarrecedor, viajei lendo as doideiras do que fazíamos, e até há uns 10 anos, fiz loucuras memoráveis lá em Saquarema , mas nada comparável. Eu visualizei voce batendo com a sola do but dentro do ônibus querendo pagar a passagem.
Quanto aquela mania estranha de querer tudo geladinho, eu devia estar passando por alguma neura, talvez eu achasse que era um termômetro.
Agora, o rally com o carrinho da clínica Portugal foi memorável, descemos a rua do Bispo a Mil, pena que aquelas garotas não aceitaram carona no carrinho, ia ser muito louco !!!
 
Assinado: Boi

31/32/33 DIAS - Consciência, susto e recuperação


31/32/33 Dias (12/09/2011) - O sábado foi um dia meio confuso. O Byra não aceita sua imobilidade na cama. Não consegue entender que está com soro e que não conseguirá se apoiar em pé por causa do problema no joelho. Quer sair da cama, ir ao banheiro e trava uma batalha com o Byrão que se cansa para mantê-lo no lugar.  Alterna momentos de uma boa conversa com a inquietação para levantar. Se diz constrangido por estar naquela situação. É para nós a mensagem de que seu nível de consciência está melhor. Aos poucos a fera é domada e colocada para dormir. Érika, incansável, não sai de seu lado. Ajuda, apoia, reza e se alegra com os avanços, mesmo que acompanhados de broncas e reclamações, algumas plenamente justificáveis.
   Domingo, 11 de setembro, dia marcado pela grande tragédia americana, a novidade fica por conta de uma nova mudança de quarto. Devido às suas inquietações foi transferido para o quarto 308, um pouco mais amplo, com mais facilidade de acesso e conforto. No decorrer do dia, entre uma bronca e outra, recebe visitas, mas não quer muita conversa.  Ao anoitecer novamente reclama por sair da cama. Uma pequena distração é o suficiente para que num movimento brusco se jogue para fora da cama, por cima da grade de proteção. Um pequeno acidente que poderia lhe trazer problemas mas que felizmente foi só um grande susto. E uma boa lição pois resolveu se acalmar e descansar, assim como sua assustada acompanhante.  
    A segunda-feira não foi muito diferente. Aguardado desde a semana passada, o Byra foi levado para a realização das tomografias solicitadas.  Sua inquietação atrapalha e apenas uma das três é executada. Fica a expectativa do resultado que nos será repassado provavelmente amanhã. Do conquistado não se abre mão, e após sua vitoriosa luta pela sobrevivência agora é a hora e a vez da lenta recuperação.   

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

30 DIAS na UTI




    A cada dia que venho ao nosso blog, encontro uma nova notícia a respeito de nosso amigo e irmão, Byra. Independente de eu ser, juntamente com o Zé, o administrador do blog, venho em busca de notícias; já acostumado com essa história, recheada de emoções. E é essa sede de encontrar sempre boas notícias, que recheia esse espaço cibernético, onde daqui a alguns anos, nossos netos beberão nessa fonte. Fonte de memória histórica.De histórias de um grupo que se conheceu ainda meninos e que ainda hoje mantém viva uma união que transcende fronteiras e até mesmo oceanos.
    Saber notícias de que o Byra é teimoso, é redundante. Mas considero que esta sua obstinação pela vida, por talvez ser sabedor de que ainda tem algumas coisas a realizar, serve de exemplo a todos nós. Talvez eu seja assim também. Talvez. Mas o Byra é singular. Singular de uma amor plural, onde familiares e amigos zelam pela sua saúde, por meio de orações, de carinhos e afagos e até mesmo por meio de um olhar silencioso e terno de seu amado pai.
    Ah, Zé! Estás aí a registrar as surpresas do dia a dia. E que surpresas! Essa melhora tão esperada por nós, com as devidas cautelas e tratos que ela merece, nós dá a plena certeza de que podemos esperar a cada dia, notícias boas aqui no blog.
    És um irmão como imagino que serias. Como eu gostaria de ter. Cuida bem de teu irmão caçula e que tenhamos sempre e sempre boas notícias para ler.

Kibe.
Vou abusar do espaço para responder suas palavras e um pouco mais. Na verdade o maior sentimento que queremos deixar explícito em nosso blog é de que nossa turma forma uma verdadeira família, ou melhor, como você descreveu, "somos, um para os outros, os irmãos que gostaríamos ter". E como não poderia deixar de ser, com todas as características de uma família grande, com suas nuances, preocupações, discussões e alegrias de quem convive junto há mais de 50 anos.  
Hoje as atenções estão voltadas para o Byra, para a sua recuperação, e acredito muito que nossa corrente de fé tenha colaborado em muito para chegar onde estamos, que segundo os próprios médicos, foi uma verdadeira superação de limites.


30 DIAS de UTI (09/09/2011) - é tempo que voou e não conseguimos perceber. Sua recuperação, apesar dos 30 dias, foi considerada excelente pelos médicos visto  o tipo de acidente. Hoje fomos, de forma até inesperada, comunicados que ele teve ALTA para o quarto.  Seu estado não mudou muito. Reconheceu o amigo Paulo Maxnuck que o visitou, conversou pouco e como qualquer mortal, reclama  "que está de saco cheio" daquele lugar.  E nós também, claro.
A partir de amanhã, 10 de setembro, ele estará no quarto 302 da Fundação Bela Lopes, em Botafogo, com as visitas liberadas até às 20 horas.  Acreditamos que sua recuperação tome mais fôlego e ele estará mais preparado para a cirurgia no ombro que o Antero marcou para o próximo sábado, 17.

Mais uma vez, Kibe, obrigado pelas palavras e vamos continuar com as notícias.  Em muito breve o Byra poderá lê-las e vamos nos preparar e torcer para para que possa também suas respondê-las.
Meus amigos, meus irmãos, vamos em frente.  Nosso caminho é de pedras, como já ouvimos em outras épocas, mas certamente não serão suficientes para impedir nossas passagens.  Até amanhã.  

Drinks

28/29 DIAS - parada de 7 de setembro



 

28/29 Dias (08/09/2011) 

 Ontem, pouco antes de sair, o Byrão comenta:
   - Amanhã é dia 7 de setembro e nós não vamos marchar.
   - É a primeira vez que não vamos marchar juntos. O Byra respondeu.
   E ele tinha razão, pois seria, e como realmente foi, a primeira vez que desde que foram convidados a participar do desfile, com a representação da Maçonaria, que não desfilariam juntos. Frase simples, observadora, que demonstra a presença de uma lucidez esperada. O velho Byrão, contente, despede-se e sai, o Byra segura minha mão e diz:
   - Zé, vai com o pai que ele está nervoso ...
  Foi realmente o melhor dos dias. Um pouco de cada coisa. Um muito para nós que nos encheu de alegria. Mas o tempo não para e hoje, manhã de 7 de setembro, nova visita ao Guerreiro sonolento. Para alegria de todos, pela primeira vez, dois dias seguidos de um semblante animador. Um pouco mais sonolento, talvez por ser mais cedo, 10 horas da manhã, e segundo a enfermeira de plantão, continua a ficar muito tempo acordado de noite. É quando ele se agita mais, chama as enfermeiras e não para de reclamar. Nos parece um sono natural, com bocejos, sem a prostação de dias anteriores. Pode também ser o sintoma da "flutuação" prevista pelos médicos, mas num nível bem inferior, com mais tempo de consciência. Nem tudo é positivo e o Byra se confunde ao conversar com o amigo e irmão Alexandre Maranhão. É a primeira vez que notamos tal confusão, fato que os médicos já alertaram e infelizmente não há como evitar, apenas torcer para que seja um mal passageiro. Encerra-se a visita, agora mais confiantes, com a certeza de que a "flutuação" existe mas tende a reduzir, para melhor.

   Dia 8, um dia parecido com o anterior, sem muitas novidades. Momentos de conversas, de beijos e claro, sede e sonolência. O Byrão traz uma novidade. Na preleção, diante da tropa, o Coronel Belo, responsável pelo desfile, afirma para todos que aquela marcha seria em homenagem ao nosso valente Guerreiro. A parada é dura, cansativa, longa e penosa, digna de um soldado lutador, FORTE, TEIMOSO e CABEÇA DURA. A vida continua.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

26/27 DIAS - um sonho e a realidade







26 Dias (05/09/2011) - Segunda-feira, mais um dia de visita, mais um dia de esperança.  Infelizmente não é dos melhores. Byra está mais sonolento, não responde às perguntas e apresenta um quadro esperado mas não desejado. Os médicos foram claros em dizer que ele teria períodos de "flutuação", ou seja, momentos de lucidez e outros nem tanto.  Os exames estão bons, a infecção controlada mas a sonolência de hoje atinge em cheio o coração de um pai ansioso pelo avanço dos resultados. Uma hora de dúvidas, de insistências, de chamamento pelo filho que não houve e nada responde. Explicações a parte, de que o momento é passageiro, de que amanhã será melhor, não são suficientes para conter a decepção de não receber um afago, de não conseguir um rabisco ou mesmo um sorriso meio torto. O velho Byrão desaba, e amparado pela valente Érika, segue triste no seu caminho de volta. Ao telefone, é fácil perceber seu vão esforço em conter as lágrimas de um dia que deixou a desejar.

27 Dias - Terça-feira, 6 de setembro, mais uma visita ao Guerreiro que para nós já descansou bastante no dia anterior. No caminho uma dúvida constante.  O que falar com meu pai se o Byra continuar sonolento? Ele não resistiu ao dia de ontem, desabou, e sei que não foi uma boa noite de sono. Presente nos 27 dias de luta, com certeza ele estará lá quando chegar e tenho que me conter e acreditar que hoje será um dia melhor do que foi ontem. Vejo meu pai sentado, com seu chapéu Panamá e me surpreendo com um semblante mais sereno. Ele me cumprimenta e diz que está tudo bem e apenas um contratempo, pois Helena, nossa "boadrasta", como a chama o Byra, passou mal na manhã mas tudo está sob controle e emenda a conversa comentado um sonho que tivera. Disse ele, que na noite anterior, para dormir foi obrigado a recorrer a umas duas doses generosas de whisky (excelente "remédio") e sonhou que que tínhamos saído do hospital com o Byra e andávamos pela rua com ele gritando de fome. Todos contentes, felizes, sem um rumo definido.  Complementa ele que há muito não acordava tão bem (o "remédio" fez efeito).  Chega Érika e a visita é liberada. Fui o primeiro a entrar e uma visão sem igual. Meu irmão atento a tudo, de olhos abertos, consciente como nunca esteve nesses 27 dias de luta. Seguro sua mão, cumprimento-o, e ele responde com uma naturalidade até então não vista. Fala mansa, mas compreensível, responde a tudo que perguntamos. Dá um beijo na Érika e reafirma que está bem, sem dores, e que apenas a perna o incomoda um pouco. Último a entrar, o Byrão fica estático, sem palavras ao ver tudo que ele tanto esperava no dia anterior.  É impossível conter a emoção mas consigo disfarçar o marejar dos olhos. No meio da conversa o Byra pede "2 copos d'água" e gelada. Perguntei se estava de ressaca, se houve alguma festa, e ele responde que sim mas "convidados selecionados". Conversamos sobre o acidente e ele disse que vai "sair melhor, todo consertado" e complementa:
- o hospital está a desejar, é uma merda...   
Não o deixam se levantar, nem mesmo tirar o braço da tipóia. Tem muita sede, o que é confirmado pelas enfemeiras, que chamam a atenção de que não para quieto e xinga muito.  É mesmo o Byra em ação.
Sem poder tirar uma foto de lembrança, pedi a ele que me escrevesse mais um bilhete e ele não perdeu tempo. E é com muita alegria que anexo uma cópia deste bilhete, onde reclama do hospital, pede que o aguardem, escreve seu nome e complementa com os dizeres que "tomarei um whisky servido sem gelo", e "serve um Buchanas", no final, sua rubrica, perfeita, inclusive com os pontinhos. Comemoramos como nunca mas sabemos que amanhã é outro dia. Seu estado pode até mudar, a sonolência voltar, mas não temos dúvidas de que um pequeno passo para trás, será um forte impulso por melhores dias. Sonhe mais meu pai, sonhe com a felicidade que se aproxima, em muito breve seu sonho será a realidade e estaremos juntos na rua e o Byra gritando, mas acho que vai ser de sede e não de fome.  Até amanhã e sua benção.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

24/25 DIAS - final de semana de idas e vindas



 
24/25 Dias (04/09/2011) - Manhã de sábado, tudo certo para a transferência do Byra e uma situação inesperada.               
     Desencontro de informações e um ar de desconfiança nas atitudes do Plano de Saúde responsável. Ou seria irresponsável? As notícias, assim como as desculpas, são vagas, morosas e inconsistentes. Após novos contatos fica definido que o Byra agora vai para a Fundação Bela Lopes de Oliveira, na Barão de Lucena, 95, em Botafogo, bem na esquina da Rua Theodor Herzl, nome de um personagem mais que conhecido da família. 
    Antero, que até então, junto com outros amigos também médicos, apenas acompanhava os movimentos, fica ciente de que a fratura do ombro não é tão simples como se imaginava e resolve assumir o caso. O Byra agora é seu paciente, e sua decisão e competência é uma tranquilidade para todos. Antero faz o reconhecimento da sala cirúrgica e aprova o local, que segundo ele, possui todos os recursos necessários. 
    Outro contratempo nesse final de semana de idas e vindas, um processo de infecção urinária é detectado mas o tratamento é imediato assim como a resposta do valente Guerreiro. Diante do quadro de infecção e do incomodo no ombro, o Byra é novamente sedado e passa o dia sonolento na espera de sua remoção para o novo centro clínico. Dos 40 minutos previstos pelo Plano de Saúde já passaram mais de 4 horas. Byrão e Érika passam o dia no hospital e somente à noite são informados que a remoção fora suspensa porque o leito no CTI tinha sido cedido para uma emergência. Domingo, visita marcada para o meio-dia e uma nova notícia, a transferência do Byra foi autorizada para um leito que vagou no CTI da Fundação, o que seria providenciado em cerca de 40 minutos. Por outro lado, mais um dia de felicidade. O Byra está mais acordado. Tal como há dois dias atrás, conversa com todos, reconhece os visitantes e claro, reclama da sede e que deseja se levantar. O enfermeiro renova as boas notícias e informa que a infecção está sob controle. Depois de mais de 4 horas de espera chega a ambulância para a remoção. Tudo rápido e bem organizado, cerca de uma hora depois o visitamos em seu novo leito. A sede continua e agora um pedido para Érika:

- Quero ir para casa ...

A resposta é simples, direta:

- Em breve, meu amor, falta pouco para isso tudo acabar.

   Entre idas e vindas, foi um final de semana proveitoso, de regeneração das energias e com a certeza de que em muito breve nosso Guerreiro, FORTE, TEIMOSO e CABEÇA DURA estará de volta para nós e claro, pronto para os drinks da vitória.

sábado, 3 de setembro de 2011

23 DIAS - ajustar os parafusos



O Guerreiro continua sua luta!


23 Dias - devido ao contratempo na mudança de Plano de Saúde, o Byra foi transferido para a Clínica Bambina, da Rede Rio Laranjeiras. Tudo sob controle. O Guerreiro está instalado em um novo CTI, necessário para avaliação da equipe local. Passa bem a noite e no dia seguinte nos dá a alegria já relatada. Hoje, dia 2 de setembro, novo dia, nova visita. Byrão, Érika, Drinks e Sônia, além de dois amigos seus, na espera ansiosa por uma nova conversa. Infelizmente não foi o esperado. Segundo o médico de plantão, ele continua bem, seu progresso é constante mas está com muito sono. Seu relógio biológico não está plenamente adaptado, complementa o médico. Uma razão da troca do dia pela noite agitada que passou, seria consequencia de seu costume em dormir muito tarde. E novas notícias para a família. É a hora de "ajustar os parafusos". Além do problema neurológico, cujos parafusos já foram lubrificados e apertados, ele está com uma fratura na tíbia e outra no úmero, ou seja, na perna direita e no ombro esquerdo. Está com restrição nos movimentos, o que atrapalha sua fisioterapia e recuperação, e precisa ser operado. Infelizmente, naquele momento, não foi repassada a informação de que a excessiva sonolência também era fruto de uma dose mais forte de analgésico, pois o ombro o incomodava e ele reclama muito. A decepção de todos, que aguardavam um melhor contato, principalmente do pai, de 81 anos, que novamente cerrava os pulsos de uma dor contida, poderia ter sido menor se a comunicação tivesse sido mais eficiente. E mais uma notícia. As cirurgias, que o médico afirmava serem simples e sem muito risco, seriam realizadas em outro hospital da rede. Nova batalha pela frente. O novo local é conhecido da família. A avó paterna ali foi internada e salva, segundo histórias do Byrão. E mais, ali nasceu Amanda, filha do Byra. Pertencente à rede hospitalar Rio Laranjeiras, o hospital se localiza logo no início da Rua das Laranjeiras, e próximo aos amigos da Correa Dutra e adjacências. Se por um lado não houve as conversas e novos bilhetes, pelo menos serve para o repouso e preparação do Guerreiro para continuar sua luta. Nada que abale a fé e a esperança por dias melhores. Nossa corrente continua firme e forte, na torcida para que seus parafusos sejam devidamente ajustados e o ajudem na sua recuperação, fazendo-o ainda mais FORTE, TEIMOSO e CABEÇA DURA. Os drinks nos esperam, meu irmão.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

22 DIAS - 01 de setembro de 2011 - a VITÓRIA...



23 Dias (02/09/2011) - Não poderia deixar de informar sobre o dia de hoje, ou melhor, de ontem - 01 de setembro de 2011 - quando aos 22 dias de internação, o 'Byra voltou". É a vitória de sua garra, de sua FORÇA, TEIMOSIA e CABEÇA "MUITO" DURA. É também a vitória de todos nós, de nossa união, de nossas preces e de uma corrente de elos inseparáveis. Ao meio-dia, horário da visita, cheguei preparado para aquele quadro de "demora" em sua reações, nas conversas, movimentos e o sentimento de que ali, naquele lugar, o tempo anda bem devagar. A surpresa foi grande. Antes mesmo de vê-lo já ouvi sua voz reclamando de que estava com sede. Uma jovem fonoaudióloga o ajudaria a beber com colher, mas o "impaciente" queria mais e tomou-lhe o copo da mão, mas com os devidos cuidados, bebeu tudo sozinho. Segurou minha mão. Conversamos. Pegou na mão daquela que o ajudara e não queria mais largá-la. Disse que era melhor segurar a dela do que a minha, no que concordei, claro! Olhei em seus olhos e enxerguei vida. Um pouco desconfortado, sentou e o ajudamos a se ajeitar na cama. Perguntei se sabia o que tinha acontecido e como esperado, não se lembrava de nada. Contei-lhe sobre o acidente e ele me respondeu: 
- Então estou todo quebrado! 
- Não, meu irmão, você não está quebrado, você está inteiro, vivo, e em plena recuperação!
   Respondi num misto de alegria, euforia e pernas bambas. Eu queria mais. Queria falar mais com ele. Reclamava por mais água e que estava com fome. O que era compreensível pois sua dieta era líquida até aquele momento, mas com sua incrível reação, a doutora o liberou para uma alimentação mais consistente. E tentei mais uma jogada. Pedi a ele que escrevesse seu nome. Sim, que ele escrevesse, e também o meu nome, de Érika, de meu pai, que acabava de chegar e não se contia na alegria de tudo que assistia. A enfermeira brincou, perguntando o que desejava comer e a resposta foi imediata: - manda uns belisquetes... Queria se levantar, tomar um banho e sair daquele local. A melhora foi espantosa e inesperada. Foram momentos que jamais serão esquecidos. O Byra venceu talvez, a maior de suas batalhas, mas a guerra continua, e estaremos todos, de pé e à ordem, para acompanhá-lo em novas vitórias.   
Que venham os drinks (meu Balla ja era...) e até mesmo os fedorentos charutos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mudança de ares...ajustando as velas!

 

   Sempre acreditei na "mudança de ares".  Sempre acreditei que o homem navega ao sabor do vento em sua busca incessante de ser feliz e poder realizar coisas durante seu curto tempo de permanência neste planeta.
    Ah, menino Byra. A nos pregar peças e exigir de nós mais carinho por ti, que o diga seu amigo-irmão Betinho Chahaira. E é o que todos dizemos e paramos pra pensar de como apesar de estarmos longe, externamos nesta "caixinha de areia", nossos sentimentos e votos de amizade.
   A espera é longa, quando a saudade de tê-lo mais perto, ouvindo suas baboseiras e rompantes de mau-humor, que são apenas uma forma de o coração amigo desse menino com nome de guerreiro.
   Não. Não poderias torcer por outro time, pois perderias a oportunidade de brincar e fazer os torcedores dos outros times querem torcer teu pescoço. Os ares estão mudando, mudando para melhor. 
   Já estamos arrumando o barco, ajustando as velas para navegarmos juntos em águas mais tranquilas. Nosso capitão Drinks, está no comando dessa rota, a informar-nos (marinheiros que somos) o que acontece em sua vida, neste dia-a-dia de vitórias. 
   Que mudem os ares, que a bonança chegue em todos os corações e que voce em breve aporte novamente no porto de nossa amizade.

Kibe.
  

20/21 DIAS - Mudança de ares

Byra sempre "cuidadoso" com as meninas. 


20/21 Dias - Mudança de ares. Devido à troca do plano de saúde, o Byra foi transferido do HCE para a Clínica Bambina, no Rio de Janeiro. Se antes ele iria para um setor intermediário, semi-intensivo, no novo hospital não existe essa intermediação e a equipe local o instalou novamente no CTI. Seu estado, como previsto pelos médicos, é estável e a recuperação lenta. No momento não está em condições de ficar num quarto sem acompanhamento direto, inclusive para se alimentar, pois necessita ainda necessita de ajuda. Os médicos, sem exceção, chamam a atenção para essa fase de recuperação, pois não há muito o que fazer senão esperar por sua melhora. Nós, aqui do lado de fora, sabemos que existe algo que pode ser feito e já o fazemos com muita fé. 
   De acordo com a nova equipe nesses primeiros dias será feita uma reavaliação de seu estado e de suas necessidades e somente será liberado para o quarto quando estiver em condições. São mudanças de ares que aceitamos para que novos ventos o tragam mais rápido possível. FORTE, TEIMOSO e CABEÇA DURA, sua luta continua e nossa corrente cresce e fortalece a cada minuto que passa. De um irmão maçom e muito admirado pelo Byra, fica a mensagem: "A solidariedade entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na Terra, onde a fraternidade e a caridade têm desde então um fim e uma razão de ser, no presente como no futuro".