sábado, 21 de janeiro de 2023

Robson Pau Liso, o Pirata

Iniciamos o ano de 2023 com mais um aniversariante na berlinda, e a escolha da vez é um  amigo com alma de gato, que já escapou de boas e carrega uma marca da sobrevivência que o transformou no pirata dessa nau desgovernada que é nossa Correa Dutra. A hora e a vez de ROBSON WAGNER HUEBRA, também conhecido como Robson Pirata, ou Run Montilla, ou na alcunha simpática de Pau Liso.

D&K: - Robson Huebra, como você chegou na Correa Dutra, e como nasceu o Robson Pirata?

RP: - Então...a Correa Dutra, de cima, pois também existe a de baixo, faz parte da vida de muitos de nós. Quando era menino morei ali na esquina da Arthur Bernardes com a Bento Lisboa. Época do rádio...me lembro da rádio nacional com seus programas populares. Jerônimo, o herói do sertão, o Anjo... As novelas que tanto minha tia Terezinha amava. Não lembro muito claramente quando nos mudamos para o 166 da Correa. Mas lembro que foi antes de 1963, isso porque nesse ano foi que vi pela primeira vez o Mengão no Maracanã e selei aí a minha paixão pelo clube. Já morava ali nesse dia... Fla x Flu...0x0 e Flamengo campeão. Quando moleque tinha na rua uma casa enorme com um quintal imenso, onde vivia uma família que tinha uns três filhos. Não lembro o nome deles mas rolava um lance de apanhar dos caras toda vez que passava por ali. Tinha umas competições de porrada... Tinha medo. Até o dia que resolvi encarar e passei pela calçada, não antes de uma rápida briga que penso, sai vencedor.

- Lembrei agora dos trilhos de bonde na Bento Lisboa...tinha a oficina do Rato, um cara mais velho que os moleques observavam de longe, figuraça. A padaria na esquina da Tavares, onde muitas vezes ficávamos por ali olhando o Ciro Monteiro batendo em sua caixa de fósforo, Miltinho morava ali também ("cara de palhaço, jeito de palhaço..."). Ele tinha umas filhas bonitas...crescendo por ali junto com a turma...que diga-se de passagem também era composta por gente que morava na Bento Lisboa e adjacências.

- Em 1969 fui morar na casa do meu pai lá na Tijuca, rua Valparaíso...nos anos 70 enfeitamos a rua para a copa...naqueles tempos isso era muito comum. Quebrei o vidro da janela da sala no gol do Jairzinho contra a Inglaterra. Ficou quebrado durante anos, como um troféu.

- Me lembro de vez por outra pegar o ônibus circular, ali naquele ponto depois da Tavares e sentado no último banco, na janela, fumando um Wembley - naquela época era permitido - dar a volta completa por toda a zona sul... dava pra sonhar bastante com a vida. Na descida, na rua do Catete, em frente a pastelaria do japonês, comer um pastel com caldo de cana e caminhar para a Corrêa... lá sempre havia alguém para conversarmos um pouco mais... Botequim do Seu Fernando ou aquele da esquina com a Bento. Futebol na rua...rolou muito, com a bola parando quando vinha carro.

- Teve uma época que rolava umas peladas numa quadra que parecia um pátio de um prédio que viria a ser construído. Zé Franguinho, Fernando, Marquinho Cabeça, Bezerra de Lima, Serginho Moita, Amaro, Vieira , Cássio, Frango, Mequetrefe... Falecidos Padilha , Fabinho, Ronaldo Karatê, Orris... Que me levou para treinar na Kobukan, lá na São Clemente. A patota era enorme...tinha Kibe, Mauro, Gilbertinho, Chico, Antero e tantos outros... Fabinho que me associou à torcida da Flachopp, tenho a carteirinha até hoje. Lembrei do Beiçola... Do alfaiate na Bento Lisboa, Domingos... Magro lá da Silveira, famoso hoje no 14 Bis. Alexandre que foi para a América em 76 e está lá até hoje. Teve o momento em que fui fazer uma peça de teatro amador e por coincidência lá estava o Roberto e Zé Drinks... sensacional! Fizemos o Pippin e lá conheci Tânia (que fazia a personagem da vovó) e estamos juntos até hoje. Três filhos e cinco netos depois ainda damos boas risadas, acho que isso é amor.


-Teve uma época em que fui estudar engenharia em volta redonda e por lá, além de ser sequestrado e viver uma estória cavernosa, que vale narrar posteriormente, sofri meu acidente onde perdi uma vista e por pouco não morri. Daí o Pirata!

- Durante o início da juventude, entre um estágio de engenharia na Mendes Jr e outros trabalhos, fui parar no Mercado Financeiro, começando lá na Multiplic DTVM. Período muito bom e próspero...trabalhei até com o Arnaldo, o juiz de futebol... 

- Em 1987, depois de uma empreitada, onde montamos a primeira farmácia de manipulação da Barra, a Barraderme, (já casado) nos mudamos para Rio das Ostras e desde então estamos por lá. Na realidade íamos montar um laboratório de análise clínica ....seria o primeiro de Rio das Ostras ....mas acabou dando "água" esse tiro. As histórias são muitas mas fica para algumas crônicas futuras.

- Passei a dar aulas em Rio das Ostras... Ajudei no que pude no negócio das camisetas, uma  ideia e iniciativa do meu filho mais velho, o Thales...... A razão para mudar de cidade foi um desejo antigo de morar no interior...vida mais calma e etc ...acabamos indo para um interior com praia ....o sorte! Dizia lá atrás ... Moramos numa roça com praia ..ahahaha...

D&K: - História cavernosa de um sequestro, acidente que quase perdeu a vida, laboratório q deu água, e muitas outras para contar, vamos considerar isso realmente uma promessa de novas crônicas. Mas agora um pouco mais das lembranças da Correa Dutra

RP: - Lembrei do dia que fui obrigado a vomitar dentro da própria camisa, dentro de um Fusca vindo da barra... nem me lembro quem estava no carro, acho que era o Zé Franguinho, mas ele acha que era o Padilha..

D&K: - Essa vai ser difícil esclarecer.



RP:
- Uma correção... Acho que fui convidado por você (Drinks) para a peça, não foi? Às vezes penso que foi o meu amigo Luís da Bahia que me chamou...memória é foda!

D&K:  (Drinks) - Para falar a verdade também não me lembro com certeza de como nos encontramos no PIPPIN. Quem me convidou foi o Marquinho Bicha, q era o maquiador do grupo amador e ele achava que eu levava jeito. Cheguei lá, fiz um teste imitando o Carlitos e fui aprovado. A Tânia (Morena) era a idealizadora e Diretora do Projeto, que estava em cartaz com a Marília Pera e Marco Nanini no Teatro Manchete. Ela distribuiu os papéis e nós éramos dançarinos. Eu acho que te encontrei lá por coincidência e seguimos em frente, no palco e nas quadrilhas, que também dançamos algumas vezes. Mas lembro que fui um dos cupidos para você namorar com a Vovó. 

RP: - Pois é....lembro que eu estudava em Botafogo, e acabei indo com um amigo lá ... Mas enfim... Deu tudo certo. Tânia morena... Ela gravou um disco ....eu tenho

D&K: - E dos amigos da Correa, quem você destaca?

RP: - Tenho que lembrar, claro, do Bibaca, meu vizinho. Ele e Ronaldo estavam tomando umas cervejas no bar quando cheguei avisando que minha mãe tinha trazido uma garrafa de Pisco do Peru e chamei eles para subir e curtir um violão. Bibaca passou em casa e trouxe uma garrafa de whisky e um Domecq, que naquela época a gente bebia com tônica e soda limonada. Violão, tira-gosto e bebemos muito, o Pisco acabou e descemos correndo pela escada, só que não conseguimos parar e nós três demos de cara no orelhão que ficava bem em frente à portaria. Foi cada um para um lado e a festa acabou. Até hoje a garrafa de Pisco existe lá na casa de minha mãe.

RP: - Teve um verão em Búzios... Sensacional. Era o Geribar....ahahaha...tudo doidão de lança universitária e beck ahahahaha... Na casa do Barba....outro que já nos deixou. Eu e Tania, Vieira e Bill, Zé Augusto e Kátia, Maurinho Capela, e outros, fomos passar o carnaval em Búzios, acampados num terreno na casa do Barbicha. Tempo das lança-perfumes, dos drinks e de muita doideira. Uma noite fomos para a birosca do Ivan, o Geribar, um casebre com  telhado de madeira e amianto, e com música ao vivo, mas naquela noite faltou um cantor e naquele ambiente perfumado pelas lanças e pela fumaça do capeta, alguém disse ao pessoal do conjunto que o Vieira cantava muito, um verdadeiro clone do Eric Clapton. O cara acreditou e chamou o Vieira, que estava muito doidão, para cantar, e para nossa surpresa ele aceitou o convite, pulou para cima das mesas e soltou a voz:

- If you wanna hang out you've got to take her out
  Cocaine
  If you wanna get down, down on the ground
  Cocaine

   ...

-Todos cantaram, dançaram e Vieira, cada vez mais frenético, não se continha, se pendurou na estrutura do telhado e seguiu ao pé da letra da música, “desceu no chão”, desabou com o telhado em cima de tudo e de todos, mas como ninguém se machucou, a festa não parou, só o Vieira ficou proibido de cantar mais. 

D&K: - Ser conhecido como Pirata e Ron Montilla é fácil de saber, mas porque o Zé Franguinho gosta de chamar você de Pau Liso?

RP: - hahaha ...é que eu era muito magro... aí os caras acharam que eu igual uma tábua ....daí pau liso ... nada relativo ao meu circuncisado, pai de três filhos....ahahaha

D&K: - Pelo visto, você também é candidato a mais de um Capítulo em nosso blog, ou melhor, está convocado para contar algumas de suas histórias cavernosas e de quantas você já sobreviveu.

RP: - Meu acidente foi em 27 de janeiro de 1978... O sequestro foi antes... inverno de 76. Depois em 79 cai de 4 metros de altura ali no Surdos e Mudos ... pqp!! Deus é meu amigo demais...agradeço a ele todos os dias pelos livramentos. Hoje estou aposentado, depois de bons anos dando aula de filosofia no ensino médio e cursos preparatórios. A vida é um fluxo e somos apenas lembranças... Quiçá! Por três gerações...

Vamos encerrar com os PARABÉNS aos aniversariantes de janeiro, e pensar no homenageado para 2024. Alguma sugestão?

02- CHINA  (saudades)

02- Daniel   (neto BYRA)

18- GAGUINHO

19- CLAUDINHA Neves

19- ROBSON PIRATA

31- MARCIO CRI CRI

E deve ter mais alguns escondidos por aí.

Et.:

11- PQDFDP  ( aquele que faz aniversário todos os meses  )

Em fevereiro tem mais...



sábado, 14 de janeiro de 2023

Virada 22-23, FELIZ (?) ANO NOVO

 A pandemia nos tirou 2020 e 2021, que passaram por nós escondidos e sem muitas lembranças.

2022 seria a libertação, um ano de novos ventos, de boas notícias e vitórias, mas pelo menos para uma boa parte dos brasileiros, foi mais um ano que também não deixará muitas saudades, mas se não foi dos melhores, pelo menos não será esquecido e nos restará a esperança por dias melhores.

E assim comemoramos a virada de 22 para 23. Vamos ao início dos trabalhos.


De Vitória, no Espírito Santo, Bibaca curte a família, comanda a cozinha e não deixa  a taça na mesa. 





No nordeste do Brasil, lá na Paraíba de João Pessoa, uma pequena cidade, Lucena, de grande beleza natural, é o refúgio de nosso amigo Manguinha, que curte sua aposentadoria, tomando uns drinks e comendo picanha.
Qualirinha comanda a festa no Brejo cercado de suas meninas enquanto Vieira se prepara para a festa da Virada em local ignorado.

E com um sorriso maroto, Serginho Pequeno manda avisar que "se liberou" das recomendações médicas e está com a proteção dos Exus para retornar aos drinks da Virada .


Enquanto isso, da nossa querida Além Paraíba, nas Minas Gerais, Pintinho, no seu jeito calmo de mineirinho, e seu irmão, nosso querido e agitado Julio Bogoricin,  mandam seus votos de um Feliz Ano Novo.

Zé Guilherme e Zé Franguinho, inseparáveis na juventude, hoje curtem suas famílias e estão também presentes em nossa Virada.








Haroldo Amarelinho
 não amarelou mas quase não saiu na foto. Abração para um amigo que se transformou em nosso grande aventureiro e amante da natureza. Um grande 2023 para você e sua família.
Um GRANDE amigo, Professor Paulo Godá Godei, sempre bem acompanhadomanda um recado direto, na lata, ou melhor, nas letras...









Em seguida, o seu, o nosso irmão, José BEDIN Dellaney e sua família, que cresce de 2 em 2 e não sabemos onde isso vai parar. A cada VIRADA gente nova na foto.  


Da cidade de Campos, o destaque na defesa do SEDE VELHA, um amigo de trocentos anos, desde o Rodrigues Alves,  José Leonardo Menezes Campos, o Leo, ou melhor, TUTA, que poderia ter se arriscado no futebol profissional, mas preferiu os bastidores. ESperamos que apareça em breve na terrinha. Grande 23 para todos vocês.
DRINKS, com olhar endiabrado, e sua petit festa no Pontal, da Barra da Tijuca. Como diz sempre, é logo ali...
Nossa amiga Ana (lembra dela PQD?) preferiu a companhia do filhão e do netinho.












Quem também esteve em nossa Virada 22 23, foi Anderson Mau Mau,  morador de Saquarema, onde curte as ondas e o aroma do mar. Ele nos espera para um banho nas belas praias da Costa do Sol do Rio de Janeiro. Quem sabe em 2023. 
E também de Saquarema, o mais velho, Derzemar, nos brinda cm sua presença. Obrigado meu amigo, e mantenha a sua juventude eterna, modelo para todos nós. Um grande 2023 para vc e sua família. Bjundas correanas.
Mais um que não podia faltar em nossa festa: Betinho Chahahahaiara, outro destaque do Sede Velha, não somente no gol, mas na sua chata habilidade de dar canetas nos amigos. Contribuidor eventual de nosso blog, esperamos que seu lapis se manifeste mais vezes em 2023.  Um beijo com muito carinho na sua Bela Vista do Paraíso, no interior do Paraná.

E por falar em interior, Puck, nosso amigo americanizado do norte, cada vez mais presente na terrinha, manda seus votos de um Feliz 2023, quando ele espera alcançar sua aposentadoria e curtir um pouco mais seus amigos da Correa Dutra. 
Seu irmão, Jorge Puck chegou na nossa rede em 2022 e veio para ficar. Benvindo à 2023.
Presença marcante em nossas reuniões e Encontros, Ritinha, da Buarque, não poderia faltar em nossa Virada 22 23. Um grande beijo dos amigos de sempre e para sempre. Que tudo se realize no ano que vai entrar...
Por aqui, o Vice deita e rola. Marco Neves Frango Del Juca Melão e sua inseparável  Tereza, deixam um Feliz e Próspero Ano de 2023 e já convida a todos nós para nosso próximo Encontro  2023, que promete ser melhor ainda do que foi nosso retorno em 2022.



Não poderia faltar o guardião das chaves da Correa Dutra e Arredores, Renato Rivelino, o Riva, que lamenta, como todos nós, a passagem de seu amigo, e sócio por uma vida, MÁRCIO BRUXA, que nos sacaneou e partiu em 2022. Nossas eternas saudades, e que 2023 seja muito melhor do que o ano que passou.
Homenagem ao nosso querido amigo Márcio.

E também sempre presente em nossas redes sociais, e de vez em quando aparece em nosso Brasil, Rose, hoje uma autentica alemã, manda seus votos do outro lado do Atlântico. 
Frohes neues Jahr, 2023.

E fechamos nossa VIRADA 22 23 com os votos de Moniquinha, com seu sorriso de quem acredita em dias melhores.


E um até logo, todos juntos na próxima VIRADA.