domingo, 18 de dezembro de 2016

Não fala nada




E

las estão em todos os lugares, e isso é muito bom. E como não poderia deixar de ser, recebemos essa primeira contribuição de uma de nossas queridas amigas. 

Uma vovó, que ainda surpreende amigos por sua beleza jovial, além de ser meiga e carinhosa e um jeitinho especial de estar com os amigos.

Cristina, carinhosamente conhecida como Cristina Barata, ganhou este apelido na sua juventude devido a uma gíria muito comum na época, e até hoje em uso, principalmente numa turma cinquentenária como a nossa. Para ela tudo era um “barato”. 

A menina, que hoje é mãe de Mariana, que não tem como negar a mãe, e Daniel, também é uma vovó coruja dos netinhos que ocupam uma boa parte de seu tempo.

Cris, ou Barata, é muito sensível, de muita fé, e sempre pronta para ajudar o próximo.  Dessa forma, volta e meia se vê envolvida em ações de auxílio e também em grupos de orações, como por exemplo, o que atualmente está envolvida, e diariamente se junta com um grupo específico para orar pelas crianças que sofrem em diversas guerras pelo mundo.



 
E sua sensibilidade está clara nas linhas desse poema que nos enviou. Uma história de momentos inacabados, de lembranças que ficaram num passado distante e que por algum motivo, parecem estar novamente presente.


Obrigado Cristina Barata, e que este seja apenas o primeiro de muitos outros. Desde já, um grande beijo de seus leitores.


   


Não fala nada,
me deixa apenas lembrar,
me deixa apenas sentir, 
o que perdi e não tive.
Me deixa apenas sonhar, 
o que poderia ter sido.
Como criança, 
imatura que fui,
volto e vejo, o que não me foi permitido.

Não fala nada.
Imatura, infantil,
me perdi no entendimento de um olhar
que dizia o que não queria ouvir.
O tempo passa,
encontro o mesmo olhar parado no tempo,
que agora me diz que ainda posso sentir.

Não fala mais nada.
Me deixa num canto,
para apenas sentir o encanto,
de um tempo perdido e nunca esquecido,
... dentro de mim.