quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dia 11/11/11 – Encontro 2011, e o Byra conseguiu

S
ão 94 dias do acidente e o que parecia impossível, virou realidade. O joelho ainda incomoda e o faz mancar e andar devagar. O ombro, ou melhor, o braço, está com um nervo rompido, razão da dor que não passa. A visão da vista esquerda está turva e seus olhos maiores que o natural.  As lembranças cada vez mais concretas, fazem sua mente trabalhar e agir de forma mais ágil e inteligente.  E pelo visto, nada o impediria de estar ali, entre seus amigos de tantos anos e tantas aventuras para relembrar, e claro, o Encontro não seria o que foi se ele não estivesse ali presente e tão acima das expectativas mais otimistas de dias atrás. Ele lutou, teimou e conseguiu chegar, de pé e à ordem, como diriam os iniciados.
Em cada click um sorriso. Foi a marca registrada desse grande 13º Encontro de nossa Correa Dutra. O ambiente, descontraído e alegre, parecia festejar a vida. E o Byra representava para todos nós essa vida de esperança e fé.
As 18 horas, o Presidente J. Drinks abriu os trabalhos.  Com ele, Byra e Dellaney e logo em seguida, Kibe, Frango e Mário. Estava formada a Diretoria e o início da grande confraternização.       
Charuto, Cabeça, Moita e Chahahahaira (tem sempre um haha a mais) foram os seguintes e quase esbarram com o Júnior (Maranhão) e Cachórros com sua fiel Estelinha, que se juntariam pouco tempo depois com o inseparável e adorado cunhado, Nelsinho. 

A cada chegada um drink e um beijo sincero de carinho e amizade. Os brindes se sucediam nas homenagens a cada momento mágico de reencontro com um velho amigo que chega, como Xinzinho e Vieira que se surpreendem com a presença de Byra. 
Bibaca veio com a família lá das terras do Espírito Santo. Puck, conseguiu chegar dos EUA, assim como no Encontro anterior (2010), quando amigos veteranos chegaram de Araruama, Bahia e São Paulo. Fatos como esses fortificam essa amizade cinqüentenária, sem fronteiras, sem marcação de tempo e espaço.  É a certeza, sem modéstia, de que nossa confraria é exemplo não somente para os novos parceiros que chegam, mas também para as novas gerações de filhos e netos que a cada ano não se deixam de surpreender com nossos tapas (de amor) e beijos, abraços e drinks, claro.


Mário Neves chama a atenção que o ambiente ainda está muito calmo e pouca gente. Não deu tempo de encerrar a frase, pois em pouco tempo uma invasão toma conta do ambiente e as gargalhadas ecoam já em tons mais elevados. 
China e Ritinha de Cássia, figurinha certa nos bailes dos anos 70 no Mourisco, eram os calouros e não escondiam a surpresa em encontrar grandes amigos daqueles tempos. Chegam juntos com Fábio, Armandinho, Topete, Sérgio Columá, o grande tricolor, e o Antero, que não tira o olho de Byra. Como sempre, o Dr. chega acompanhado de Verônica e filhos, da mesma forma que Milorge e Ana, agora com mais um herdeiro no colo. Um parabéns especial por mais esse amiguinho em nossa turma.  









PQD e Ana estão cada vez mais juntinhos e não cansam de lembrar dos velhos dias de sol nas areias do brejo. E não mais que de repente, explode em cena, a agitada Isabel que corre sem barreiras para os braços do Byra, com quem combina fumar um charuto após liberação do Dr.. Em seguida um carinho fraterno do primo Bibaca, a quem não vê por muito tempo.
Zé Guilherme e sua esposa, linda como sempre, parecem sonhar com um netinho nos braços.
E para abrilhantar mais o momento, os parabéns para Andréa Crespo, nossa amiga e esposa do parceirão Amaro, que como de praxe, mantém em alta os decibéis de suas sonoras gargalhadas.

Os parabéns são comemorados também pelos retardatários Xiquinho, com a testa cada vez mais avançada, Jorge, o irmão do Puck e a bela Letícia, filha de nosso eterno goleiro Betinho Chahahahaiara (com bastante haha). 
Outros chegaram, beberam, saíram.  Alguns telefonaram, não puderam comparecer por motivos diversos e diferenciados, e não há o porquê de questioná-los, todos nós sabemos que o interesse maior seriam todos estarem juntos e relembrarmos histórias que não se apagam e ainda vão rolar por muitos e muitos drinks.
Drinks & Kibe desejam mais um ano de muitas alegrias e conquistas, e que a vitória do Byra seja um exemplo inesquecível de fé, esperança e perseverança.

Para 2012, após Reunião Especial da Diretoria, já está no ar a ENQUETE para definição da próxima data, já que o local continuará o mesmo, aprovado pela unanimidade dos presentes.
São as seguintes opções: 
- 02/11/12, sexta-feira, feriado nacional, que facilitaria a vinda de quem não mora no Rio de Janeiro;
- 16/11/12, sexta-feira espremida pelo feriado do dia 15, pelo mesmo motivo facilita a vida dos estrangeiros, mas não ajuda muito os cariocas;
- 30/11/12, última sexta-feira de novembro, longe dos feriados.
Como novidade, até maio do próximo ano, existe a possibilidade de acrescentarmos uma outra data a ser escolhida pelos confrades para fazer parte da seleção que se encerrará em 30/09/2012.

Um beijo no coração de cada um, um drink no copo e um kibe no prato. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Falta pouco...

 

   Falta pouco. Bem pouco. Ou será que falta muito? Pois a ansiedade de chegar ao dia da comemoração de nosso Encontro é capaz de gerar uma impaciência...chata. 
   Estou a mais de 1.200km de distância da Correa Dutra. Há exatamente 30 anos. E poucas vezes tive oportunidade de encontrar mais de 2 ou 3 amigos de infância, neste período em que estou fora do Rio; desde abril de 1981.
   Desta vez será diferente, pelo menos para mim. Afinal encontrar com uma turma de senhores e senhoras que participaram de minha infância e juventude, não é qualquer um que pode fazê-lo. Digo isso a meus filhos e a alguns amigos de agora, aqui em Brasília, e não raro, eles se admiram de como a gente ainda mantém contato. Digo-lhes que é assim mesmo, que talvez por sermos cariocas a fluência da amizade fica mais fácil. Digo isso sem bairrismo, mas com convicção.
   Falta um pouco mais de 24 horas para me reencontrar com vários amigos e amigas - as eternas "meninas" da Correa. Nem todas irão, é certo, mas as que forem, certamente serão a representação por excelência desse grupo, que mesmo acompanhando de longe nossas histórias, se mantiveram eternas em nossas lembranças. E desse encontro, embora ainda haja tantos desencontros - como diria Vinícius de Morais - podemos ter a certeza que teremos muito mais do que a alegria do reencontro. Regaremos nossos corações com a alegria de ter tantos amigos.

Beijo.

Claudio Kibe

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

76/.../85 dias – começa o rescaldo.

P
assado o incêndio, o momento é de buscar soluções e adaptações a uma nova vida. Byra é realmente forte e tem superado suas fraquezas com valentia. Em casa, com mais desenvoltura, já abre mão da cadeira de rodas. Seus passos são lentos mas firmes, carregados de confiança e da certeza de que está no caminho certo. Os exames já apontam problemas mais direcionados que nos levam a aprender um pouco mais dessa fantástica profissão que é a medicina. A fratura de base de crânio gerou sintomas característicos como o hematoma ao redor dos olhos assim como a lesão constatada no nervo óptico, um aglomerado de 1 milhão de fibras que vai da retina ao cérebro e é o condutor dos estímulos para o cérebro.  A conseqüência direta é a redução de sua visão na vista esquerda. Os médicos afirmam que em geral estes tipos de fratura não requerem tratamento cirúrgico e tendem a curar-se sozinhas.  Além do problema oftalmológico, que se acrescenta ao ombro “esfacelado” e o joelho fraturado, a preocupação maior está na recuperação e na “arrumação” de sua memória.  A concussão cerebral, resultante do traumatismo craniano, provocou alterações neurológicas como desorientação e amnésia, principalmente para os eventos imediatamente antes ou logo após o acidente.   Aos poucos, as informações que passamos se aliam a momentos de lembranças que segundo ele, o ajudam a montar um “mosaico” desse tempo difícil. Já conversa com mais disposição e até reclama de estar proibido de fumar seu (fedorento) charuto e beber uns drinks com os amigos. De posse de sua inseparável agenda, Byra faz diversas ligações e dentre elas uma que muito lhe agradou. Sua Editora confirma o lançamento de seu novo livro para janeiro de 2012, o sexto, assim como cobrou os originais de um outro, já pronto, que em breve também estará nas prateleiras. Uma alegria para ele e para todos nós pois tudo indica que ele não vai parar e novos projetos virão. Parabéns meu irmão e contamos com isso e muito mais.
Hoje, 2 de novembro, 85 dias do acidente, Byra está em casa, recebe a visita dos amigos Betinho PQD, com Ana, e Tadeu, e  comemora, com muita alegria, os 27 anos de seu caçula Renato.  Parabéns Renato e curta seu pai ao seu lado, o maior dos presentes que poderia ganhar no dia de hoje.