domingo, 30 de agosto de 2009

A gosto de Deus!

Eis que chegamos em agosto. E já quase estamos em seu final, pertinho, pertinho. Mais um mês, quando temos mais amigos e amigas a comemorarem dias especiais em suas vidas.
Dizem que este mês é o “mês do cachorro louco”, o “mês das bruxas”, e outras denominações que se perdem na crendice popular...sei lá se isto é verdade. Pra mim, é o mês dos “filhos de dezembro”...contamos este mês de férias, mês natalino a gerar “agostinos”. Salvo engano, que me corrijam médicos e amigas que tem essa contabilidade mais afinada do que a minha.
Dentre eles, destaco dois, que conheci em épocas difrentes, mas nos encontramos com mais intensidade na adolescência. Mário Jorge (dia 23) e Jorge Luiz, o Xinzinho (dia 28).
Começo a falar de Xinzinho, Jorge Luiz de Almeida Lima conforme consta em sua certidão de nascimento. Amiguinho de infância, que não lembro onde nos conhecemos, exatamente, mas sei que minha mãe era amiga da sua (desculpe-me Jorge, mas não lembrei do nome dela agora...era Maria do Carmo?). Ela trabalhava na Loja do Pequeno Príncipe, na Rua do Ouvidor, em frente a Colombo; e a minha mãe comprava minhas roupas chiques nesta loja – inclusive a da primeira comunhão.
Tínhamos uma amiguinha em comum, Rita de Cássia, que desde tenra idade já nos instigava a conhecer os mistérios da sexualidade feminina. Meu Deus!!! Mas isto é outra história que merece capítulo especial e toda discrição possível.
Encontro Xinzinho, já rapazote, como eu, talvez com uns 16 ou 17 anos. Cabelos encaracolados, aquele sorriso largo (aliás, nunca o vi zangado ou de mau-humor), em meio a jovens mais maduros, lá na “Correa de Baixo”. Talvez fosse o mascote, juntamente com o Léo.
Normalmente o encontro na Praia do Flamengo, durante minhas férias, mantendo a forma no futevôlei e mantendo assim uma aparência bem diferente de sua idade real. Sempre atencioso, simpático, sabe meu nome de cor e não esquece de mandar recomendações à minha “mãezinha”, como ele faz questão de dizer. Professor de história, venceu na vida ou vive vencendo a cada dia as dificuldades que se apresentam.
Salve Jorge! Já dizia seu xará, o Benjor. Que Deus te proteja e o santo que tem nome igual ao seu, esteja presente em tua vida, todos os dias.

O outro Jorge, que tem Mário a anteceder seu nome, é mais do que irmão do Frango ( o Juca Melão...ainda não me acostumei com isso. Deixa pra lá. Pois bem, Mário Jorge, faz parte da família Neves; dos homens é o irmão mais velho e lembro dele em sua adolescência, no repicar de um tambor que encantava a todos. Fazia bem a puxada da bateria, talvez por isso, tivesse vaga garantida na torcida organizada do Botafogo, lá no Maracanã (não sei se era a torcida do Russo ou do Tarzã). Mas lá na rua, ahhhh...era nota 10.
De cabelos black power, desfilava seu repertório coreográfico lá nos bailes do Botafogo; juntamente com outros "bailarinos", conforme já disse aqui em um comentário anterior. Mas depois, tive a grata satisfação de sabê-lo apreciador do samba carioca, aqueles de primeira linha. E foi ele quem me apresentou - por meio de uma fita cassete - no Roadstar de seu fusquinha, uma cantora que tinha chegado recentemente do Maranhão e que tinha uma voz fantástica. Marrom, era seu apelido. Alcione era seu nome; chegava pra ficar definitivamente no Pantheon das divas do samba.
Salve Jorge! Felicidades Mário. Que Deus te ilumine e te acompanhe em todos os momentos.
E que estes meus amigos e os demais aniversariantes tenham suas vidas sempre abençoadas, a gosto de Deus!

O Kibe deu os parabéns iniciais para o Xinzinho e o Mário, representantes de nossa Correa Dutra, de Baixo e de Cima, respectivamente, e nosso amigo, agora vivendo nas terras do Paraná, Betinho Chahaira, manda uma mensagem para um amigo bem íntimo de infância:

Byra (dia 22),
Sei que o aniversário é seu mas quero ME parabenizar! Me parabenizar por ter um amigo que me ensinou que eu tenho um irmão. Me parabenizar por ter um irmão que é mais que um amigo. Me parabenizar por ter o privilégio de ser amigo/irmão de quem nunca perdeu a ternura.
Certa vez, éramos adolescentes, ainda quase crianças, e eu te vi em lágrimas, possivelmente por algum daqueles deliciosos e fugazes amores da juventude, e foi naquele momento que, perplexo, deduzi: homem também chora! Sentiu sua responsabilidade? Você me permitiu chorar! Certo, normalmente, chorávamos de tanto rir, afinal, fomos iluminados com uma infância/adolescência muito rica, não no sentido material, mas em diversidade de experiências, de descobertas e de muita, muita felicidade. Mas chorar por causa de uma mulher? Só se você chorasse também. Obrigado por sua sensibilidade! Me parabenizo por estar ali naquele momento!
Hoje não estamos exatamente pertos, fisicamente, um do outro, mas ambos, somos muito do que aprendemos um do outro. Da minha parte tento passar para as pessoas que convivo, que temos diversas maneiras de verter lágrimas, e que todas elas são dignas, desde que façamos verdadeiramente com sentimento, como um dia uma pessoa me ensinou. A sua parte nem precisa me dizer, bastar olhar sua legião de amigos e sua família maravilhosa! E para que eu continue a me parabenizar, peço a Deus que continue a te iluminar! Vida longa, meu irmão!”

No mês de agosto, dentre as várias homenagens, como para a Televisão (dia 11) e a Injustiça (dia 23), no dia 20, o Maçom é lembrado, e essa data tem um sabor especial, pois para quem não sabe, o Byra é hoje um Acadêmico, autor de vários livros sobre a Maçonaria, e neste mês de Agosto recebeu de presente uma segunda edição (revisada) de seu primeiro livro. Parabéns meu irmão, que o GADU o proteja e lhe dê as forças necessárias para seguir em frente e ainda nos brindar com novas leituras.
Mas o Byra é privilegiado e tem no mês de agosto a companhia de sua parceira, Érika, amiga de velhos tempos, que aniversariou no dia 8. Cunhada, um parabéns especial para você e sua turma, principalmente para o netinho Daniel, que em breve estará correndo pela casa.

No dia 2, quem aniversariou foi o Ulisses, um velho conhecido da Correa de Baixo. Companheiro de aventuras do Lúcio Cheio de Pulga e Roberto Azulão, hoje um feliz petroleiro que acompanha nossos papos via o Grupo no Yahoo. Ainda não conseguiu estar presente em nossas reuniões, mas é um amigo sincero e temos a certeza que muito em breve nos reencontraremos.

Para fecharmos o mês do Dia Nacional do Combate do Fumo (dia 29), parabéns para o jovem Matheus (dia 20), filho de Antero e Verônica, que segue o caminho vitorioso do tio Paulo Godá e hoje faz sucesso nas piscinas. Campeão no pólo aquático e no coração de todos nós. E também para nossa amiga Claudia “Biiiiilllll” Berenger (dia 24), que se apresenta no orkut como “Sou linda,gostosa e tenho pneu,qual avião que não tem??????”. Casada, e esperamos que para sempre, com nosso Vice-Presidente para Assuntos Aleatórios, Vieira “Svieirovsky”, Biiiilll foi uma participante ativa de nossa turma, e com seus golpes certeiros derrubou nosso (judoca) campeão e até hoje o mantém imobilizado.

E embora não seja um parabéns natalício, “Drinks & Kibe” não poderia deixar de homenagear com um parabéns ESPECIAL para nossa sobrinha Lívia, filha do Dellaney e Sandrinha, que no último dia 21, se formou em Farmácia, numa festa auspiciosa (está na moda) e que muito nos emocionou, ao ponto de quase nos afogarmos na chuva e no rio de lágrimas que os pais corujões não conseguiram conter.
O mês de agosto é também conhecido como o mês do Azar, mas ao contrário, nós temos é muita Sorte de poder contar com toda essa galera. Que todos realizem seus sonhos e não tenham medo de viver cada momento, pois ele é único e com certeza, jamais irá se repetir.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A força da intolerância

Saí de casa, já um pouco atrasado para o trabalho e notei que um pneu estava furado. Sem alternativas, após o resmungo natural, fui pegar o estepe e para surpresa, estava vazio. Como me considero um cara tolerante e calmo, fechei o carro e resolvi pegar um ônibus. Andei meus três quarteirões e após a “normal” espera, em torno de 40 minutos naquele dia, chegou o “buzão”, cheio, claro. Como o tempo corria, entrei e fui enfrentar a viagem Niterói - Rio de Janeiro, em pé e pela Ponte Rio-Niterói, que é sempre uma incógnita para nós. Manhã bonita, dia de sol quente, e a orla cheia de “vagabundos” passeando, correndo, fazendo ginástica, e eu, em pé, dentro de um ônibus apertado, e na direção de um trajeto que na maioria das vezes atrasa para chegar. Entrei na Ponte exatamente uma hora depois que tinha constatado o pneu furado e pensava com meus botões: - tudo bem, nada de intolerância, uma hora a mais ou a menos não vai me prejudic....a..r... caraca! que houve? Nada demais, apenas uma puta freada do motorista que acabou por derrubar um motoqueiro, que tinha resolvido passar na sua frente pelo “ponto morto”, na direita da pista. Não deu outra, o transito parou na hora. Todos queriam ver o que tinha acontecido, tanto nas pistas de ida quanto nas de volta. E nesse momento já questionava minha calma e tolerância. Na verdade, em poucos minutos a ambiente era de caos. Confesso que não sabia o quanto as pessoas estavam tão intolerantes. Um grupo defendia o rapaz da motocicleta, outros o motorista, e a maioria reclamava que estava atrasado para o trabalho. Eu não tinha visto o lance e não sabia dizer quem era o culpado, mas com certeza estava atrasado e já torcia para que tudo se contornasse. Pelo que foi possível notar, ninguém estava machucado, mas a moto estava com uns arranhões e o rapaz, meio abusado, e ao perceber que alguns passageiros o defendia, começou a gesticular e discutir com o motorista, que já se preparava para partir. Ameaçando-o e exigindo uma indenização pelos arranhões em sua moto, o rapaz ficava cada vez mais exaltado, enquanto o motorista, no limite de sua tolerância, discutia com os passageiros para tentar provar que não era o culpado. Alguém do meu lado tomou as dores do motorista e achou um absurdo a atitude do rapaz. Chamou-o de imbecil e que estava querendo se aproveitar de uma situação criada por ele mesmo e exigia que o motorista seguisse viagem e, se necessário, seria sua testemunha em qualquer ação. Ao perceber que aquele pequeno acidente já tomava outras proporções, peguei o telefone para avisar de minha demora e aproveitei para jogar um pouco de SUDOKU para relaxar, e torcia para que um outro ônibus daquela linha parasse ali para nos levar. Por sorte nossa, um grupo de passageiros, mais determinados e com elogios tanto para o motorista quanto ao próprio motoclicista, conseguiu acalmar os ânimos e convenceu, antes mesmo da polícia chegar, que não valia a pena continuar com aquela discussão. O rapaz foi embora e nós seguimos em frente. Foi interessante constatar que aqueles senhores conseguiram superar a intolerância daquele momento com elogios e ações positivas, não muito comum nos dias de hoje, onde é possível perceber que as pessoas estão realmente mais intolerantes e se preocupam muito mais com os defeitos de terceiros do que com as próprias virtudes. E pelas manchetes nas revistas e jornais, é possível constatar que quanto maior o nível da pessoa, mais fácil se verifica tal situação. Tudo indica que nas pessoas mais humildes, a tolerância ainda é uma virtude bem mais conservada. E por que será? Envolto com os pensamentos, cheguei a cochilar em pé, quando de repente o ônibus para num sinal e é anunciado um assalto. “Meu dia de cão”, pensei com meus botões. Mas o susto foi maior do que a ação, pois eram dois rapazes novos, inexperientes, e de tão nervosos foram surpreendidos por passageiros e atirados para fora do ônibus aos empurrões e cacetadas. Já na rua, a Polícia, que passava por perto, parou e prendeu os meninos antes de maiores conseqüências. Um dos policiais entrou no ônibus e convidou a todos para irem na Delegacia prestar queixas e depoimentos. Acabou minha viagem naquele ônibus. Como nada tinha visto e não fui roubado, optei por rapidamente sair da confusão e seguir para o trabalho. Com mais de duas horas de atraso, fui recebido pelo chefe com a cara amarrada e questionando se o problema na ponte tinha sido muito grande. Era nítida a força de sua intolerância. Na realidade, ele é da linha que se preocupa muito mais com as falhas dos empregados do que em elogiar o que é bem feito. Hoje em dia, percebemos que cada vez está mais fácil um colega valorizar o seu trabalho do que os chefes reconhecerem a qualidade de seus subalternos. E por incrível que pareça, é um mal que avança para os lares, onde a intolerância é observada entre o homem e a mulher, entre pais e filhos, e claro, a mais famosa, entre irmãos de qualquer idade. O resultado é a busca na informalidade dos amigos ou então em psicólogos, que cada um na sua maneira, tentará quebrar essa força, que poderia ser combatida da mesma forma que os passageiros do ônibus agiram como o motorista e o motociclista, ou seja, com diálogo e elogios, de um para o outro e viceversa. É uma receita simples de vovó. Dê bom dia ao acordar. Elogie os cabelos desarrumados de sua esposa. Diga a seu marido que ele está com um aspecto bonito. Que a nota baixa de seu filho é apenas um acidente e que ele é capaz de melhorar e muito. Que sua amante está linda, opa, acho que exagerei. E antes que se perca a tolerância para ler até o final do texto, não se afaste nunca do amor e pratique o perdão. Perdoe hoje, aquele que ontem você achava impossível de perdoar e com certeza esse será seu maior exercício contra a crescente força da intolerância. Nós, por natureza, não vivemos e não devemos viver isolados. A solidão é a exceção na sociedade, por isso brindemos aos amigos, ao companheirismos na família, à motivação gerada pelo reconhecimento de nossos atos, pelos elogios verdadeiros e acima de tudo, pela tolerância mútua, pois sem ela, os demais atos tendem a rarear cada vez mais.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

SINAL DE ALERTA

O Byra não resistiu ao artigo de nosso confrade Marco Charuto – “Dê-me uma nação em crise e eu te darei um salvador da pátria” (postado em 19/07) e nos encaminhou a seguinte reflexão.

"Nosso país atravessa um momento político difícil e imprevisível, e neste momento devemos estar atentos contra os oportunistas. É óbvio que, mesmo sem provas documentais, as denúncias de corrupção trazidas ao público são graves e, concordemos ou não, reconheçamos ou não a legitimidade dos métodos ou das intenções do delator, expõem as vísceras podres de um sistema viciado totalmente infeccionadas pelas práticas espúrias e ultrapassadas de um Parlamento medíocre que fazem nossa crença política agonizar. Mesmo os analfabetos políticos, percebem que, sob a lama espalhada escondem-se verdades assustadoras que comprometam a já pouca credibilidade da atual classe política.
Lembremo-nos que a corrupção é o castigo por nossa omissão e nosso subdesenvolvimento político. O que estamos vivendo hoje são exatamente as conseqüências dos duros anos de exceção que o país viveu, perdeu-se uma geração em termos do amadurecimento das práticas democráticas e na formação de lideranças políticas.
A deterioração - proposital - do sistema público de ensino, mudanças dos currículos, censuras e proibições dos grêmios e dos centros acadêmicas etc., forjaram uma geração despolitizada. Como exemplo desta grave situação temos a criação do famigerado sistema de créditos nas universidades (atenção: as escolas militares até hoje não adotam tal sistema, preferem continuar com suas 'turmas anuais’ que solidificam a camaradagem e as lideranças no grupo). É desnecessário ficar elencando as mazelas que nos deixaram como herança. A corrupção que se vê hoje, não era menor naqueles negros tempos de grandes obras simplesmente não vinha ao conhecimento do público devido à censura.
Estamos vivenciando momentos graves de aprendizado, resgate de valores e ajustes. A tolerância faz-se necessária, e, principalmente, a participação efetiva da sociedade para aperfeiçoarmos e solidificarmos as boas conquistas.
Não será com o atual congresso - carente de legitimidade moral - que conseguiremos realizar as reformas políticas tão necessárias. Nossas instituições políticas encontram-se em completa desordem, mas qualquer interferência a ser feita, deverá ocorrer de forma democrática, preferencialmente pelos instrumentos de pressão que possuímos: participação ativa junto aos partidos e aos políticos eleitos, inclusive com os homens livres e de bons costumes que se julguem com perfil para a política, filiando-se a partidos e defendendo suas idéias naquele fórum; voto certo e consciente; carta aberta aos jornais etc. enfim, debatendo e participando, com certeza vamos aprender e fazer. É muito cômodo - e sem riscos - solicitar que se faça por nós, principalmente desejar uma tutela militar e nos acomodarmos como uma classe média burguesa sem compromissos maiores, difícil é chamar a responsabilidade pra nós e combatermos os corruptos e um sistema viciado com as armas democráticas: participação, imprensa livre, voto etc., o processo é mais demorado (talvez demore outra geração), mas é sólido. Devemos manifestar repúdio a qualquer proposta de tutela, pois só num regime democrático, sem restrições de nossas liberdades, com a participação ativa da sociedade, tal situação poderá ser revertida, mesmo que demore algum tempo. Devemos investir numa geração porvir, melhor do que a atual. Defendo que qualquer democracia ruim é muito melhor que uma "ótima ditadura", se é que possa existir tal aberração.
Não acredito - como já ouvi alguns se manifestarem - em 'um sistema em que os governantes são controlados por uma força que tem poderes para trocar quando os governantes não funcionam' se esta força citada não for o povo. Há de se melhorar a condição do povo para que ele exerça a sua força através da educação, cultura, conscientizaçã o e participação, sem tutelas. O parlamentarismo talvez seja o sistema ideal, quando o povo for mais instruído, consciente e preparado; no momento, devemos aprender com o presidencialismo e o voto consciente. Quando os governantes não funcionarem em seus mandatos vamos trocá-los, democraticamente, pelo voto ou pela cassação do mandato, quando necessária.
Não consigo entender – mesmo ‘em tese’ – que “qualquer tipo de ditadura” seja a solução para os momentos difíceis que nossa novíssima e frágil democracia esta enfrentando. É mais perigosa a divulgação de idéias sugestivas de quebra da normalidade constitucional que possam comprometer a nossa liberdade tão duramente conquistada. A sociedade organizada deve repudiar tais propostas e, mesmo indignados com o caos instalado – devemos entendê-lo como temporário -, não devemos compactuar com ‘proposições milagrosas’ que se apresentem em oposição à ordem democrática instituída.
Devemos ter cuidado, sim, com a nossa manifestação junto à sociedade e, não, com a liberdade de se expressar de qualquer segmento da sociedade, inclusive os políticos oportunistas, pois, estes, não conseguirão enganar a todos por todo o tempo.
Não podemos perder de vista o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade que deve ser levado às últimas conseqüências. Não podemos nos esquecer do passado, onde muitos perderam suas próprias vidas em defesa dessas sublimes idéias. A democracia é uma conquista, não uma dádiva."