domingo, 31 de outubro de 2010

Depois dos 40,50,60,70,80... anos, a gente descobre tantas coisas!!!

Um presente enviado pela nossa amiga Rose:

 Artur da Távola


Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pato Fu - Música de Brinquedo - Live And Let Die (Paul & Linda McCartney).


Aproveitando que Paul MacCartney vem ao Brasil... essa é pra mostrar pros netinhos e filhos pequenos.

Milton Nascimento - Outubro


Tanta gente no meu rumo
Mas eu sempre vou só
Nessa terra desse jeito
Já não sei viver
Deixo tudo deixo nada
Só do tempo eu não posso me livrar
E ele corre para ter meu dia de morrer
Mas se eu tiro do lamento um novo canto
Outra vida vai nascer
Vou achar um novo amor
Vou morrer só quando for
A jogar o meu braço no mundo
Fazer meu outubro de homem
Matar com amor essa dor
Vou
Fazer desse chão minha vida
Meu peito é que era deserto
O mundo já era assim
Tanta gente no meu rumo
Já não sei viver só
Foi um dia e é sem jeito
Que eu vou contar
Certa moça me falando alegria
De repente ressurgiu
Minha história está contada
Vou me despedir.

A primavera em Outubro




   Ouvi pela primeira vez, Milton Nascimento, justamente em outubro. Estava matando aula do Pedro II, lá na Sears, em Botafogo. Xeretava a sessão de discos quando vi um disco com a foto de um crioulo na capa. Trazia seu nome estampado em letras grandes – Milton Nascimento e o título do disco: Courage. Curioso, pedi para ouvir e percebi que havia uma música com o nome “Outubro” e como era o mês em curso escolhi-a para ouvir. Tornei-me fã do cara de imediato. A música representava bem o momento que eu estava passando, adolescente em busca de explicações às minhas insatisfações existenciais. 
   As músicas de Milton embalaram algumas sessões de “degustação”, tanto lá em casa quanto na casa do Ismael. Eram jam sessions, onde se ouvia MPB, jazz e samba. Lá em casa éramos embalados ao sabor de licor de pêssego – Pesseguette (alô, pessoal de Macaé e Campos!), já na casa do Ismael, o conhaque Pedro Domecq com soda e gelo contrastava seu sabor com os camarões fritos que sua esposa, Flora, fazia com extrema dedicação. Também havia a cerveja Boêmia, que ainda era quase artesanal e íamos buscar em Petrópolis, no fusquinha do Zé Franguinho. Lotavam o freezer horizontal que Ismael tinha na minúscula copa de seu apartamento. Muitos sábados ficávamos ali, ouvindo disco, noite a dentro; e de vez em quando aos domingos, quase esquecendo que segunda-feira tínhamos que trabalhar. 
   Outubro, mês em que a primavera é generosa, apesar da chuva concorrer, às vezes, com a lembrança do inverno. 
   Outubro, prenúncio do verão, de dias radiantes de céu azul sobre a Guanabara. Um mês em que também temos amigos que aniversariam. Em plena primavera! 
   Que tenham o merecimento de ter em suas vidas, muitos dias de primaveras. Que o sol ilumine sempre seus caminhos e de suas famílias.

A origem da bebida fermentada e destilada

O Kibe é temperado pelo azeite enquanto o Drink tem sabor especial com a cachaça, mas tem que ser artesanal.


A história

A origem da bebida fermentada e destilada não é muito certa. Existem notícias de que no Japão e na China, além dos tradicionais chás, desde muito tempo já se fermentava o arroz para produzir uma bebida forte (sake) que estimulava os guerreiros em suas batalhas. No entanto, vem do Antigo Egito, que já dominava a técnica de elaboração das cervejas, criada bem antes do vinho, as referencias mais aceitas sobre o preparo de líquidos fervidos, fermentados e destilados, oriundos principalmente da flora, que eram utilizados pelos Sacerdotes como remédios e também poderosos venenos.

O povo árabe aperfeiçoou o processo de destilação para bem próximo ao que conhecemos nos dias de hoje, e na Grécia, os sacerdotes, que dominavam a elaboração da bebida, e por ela ser clara e forte, a denominaram de "ácqua ardens", ou seja, a “água que pegava fogo”, para nós, a “aguardente”.

Com o passar do tempo, outros povos, com base na sua agricultura, criaram as suas bebidas destiladas, principalmente de frutas e cereais, e não mais para ser usada na medicina mas para fazer páreo aos vinhos e cervejas.

Portugal e Itália, a partir da fermentação do bagaço da uva, criaram a “grappa” e a “bagaceira”. A cereja foi a matéria prima para o “kirsch” na Alemanha. Os feiticeiros celtas criaram a “água da vida”, o “whisky”, derivado de cereais como a cevada, o trigo e o milho. Na Rússia, para proteger o Czar do frio intenso da Sibéria, por acaso destilaram o centeio e criaram a “vodka”, que ficou conhecida como a “bebida dos Czares”.

No Brasil

E no Brasil nasceu a “cachaça”, uma bebida genuinamente nacional. Sua história enriquece o folclore e remonta ao tempo da escravidão, por volta do século XVI, quando os escravos das plantações de cana de açúcar moíam a cana para produzir a rapadura, utilizada como adoçante pelos senhores dos engenhos.

A cana passava pela moagem de pedra e era colocada em tachos que ferviam o caldo até a produção do melado, ou melaço. Uma tarefa cansativa, feita pelos homens, que não podiam parar de mexer até alcançar o ponto de liga ideal, quando então o caldo, ainda quente, era colocado em formas para esfriar e produzir a rapadura.

Quando anoitecia, o cansaço era grande e os escravos paravam de mexer. O resto que sobrava, desandava e não servia mais para adoçar. Era a “cagaça”, que jogada fora, dependendo do volume, era motivo de açoite pelos feitores.

Com medo das chibatadas, os escravos guardavam a maior parte da cagaça que expostas ao tempo fermentava naturalmente. No dia seguinte, a sobra fermentada era misturada no novo caldo e iniciado um novo ciclo para a produção da rapadura. O vapor gerado pela fervura dessa mistura gerava goteiras no teto dos engenhos que pingavam constantemente no corpo dos escravos que lá permaneciam, tanto para o trabalho quanto para dormirem e descansarem.

As gotas que caiam, aos poucos passaram a fazer parte de suas vidas. Reclamavam quando elas batiam diretamente em suas costas ensangüentadas pelo chicote, e por serem claras como a água, a chamavam de “água ardente”, ou simplesmente, “aguardente”.

Por outro lado, as gotas que escorriam pelos rostos de adultos e crianças, com o tempo passaram a cair no gosto popular, e quanto mais se lambiam, mais queriam provar daquela “pinga” que caía do teto. O resultado gerava um estado de euforia nos escravos, e como conseqüência, não reclamavam das dores e dormiam profundamente, mesmo após um dia cansativo de trabalho.

Com o tempo, perceberam que era possível coletar as pingas e armazenarem em cabaças para beberem escondido e trabalharem mais alegres e motivados. E como não poderia deixar de acontecer, os senhores de engenho foram alertados pelos feitores de que os escravos estavam usando a sobra do melado para fazerem uma bebida que os confortavam e faziam com que trabalhassem mais.

Não passou muito tempo, a bebida ficou mais conhecida e administrada pelos próprios senhores, que chegaram a proibir seu consumo pelos próprios escravos, com medo de que eles se fortalecessem ao ponto de se rebelarem e não ser possível contê-los.

A cachaça

Além do vinho tradicional, a elite brasileira apreciava a bagaceira, bebida originária de Portugal e obtida pela destilação do bagaço da uva utilizada na produção dos vinhos. O processo era semelhante ao utilizado para produzir a bebida dos escravos.

A popularidade daquela bebida de baixo custo, fez com que os seus apreciadores, para fugirem da referencia aos escravos, substituissem os apelidos originais de “aguardente” e “pinga” pela denominação de “cachaça”, uma possível derivação da palavra “cachaza”, um vinho de baixa qualidade, conhecido como vinho de borra, produzido na Península Ibérica, em especial, Portugal e Espanha.

Para outros, seria o uso do feminino da palavra utilizada em Portugal e Espanha para identificar o porco não castrado (“cachaço”), ou seja, "cachaça". Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas brasileiras (os caititus) era muito dura e passaram a usar, além do vinho, a “pinga” dos escravos para amolecê-la.

As características legais

No Brasil existem dois tipos de “cachaças”: a “aguardente de cana”, também conhecida como “cachaça industrial”, e a “cachaça artesanal”, gerada em alambique e sem qualquer aditivo químico.

Segundo a legislação do Brasil, Dec. 4.851/03, arts. 91 e 92, respectivamente, “Aguardente de cana é a bebida com graduação alcoólica de trinta e oito a cinqüenta e quatro por cento em volume, a vinte graus Celsius, obtida de destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro” e “Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de trinta e oito a quarenta e oito por cento em volume, a vinte graus Celsius, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro, expressos em sacarose”.

Em resumo, as características comuns resumem-se apenas no teor alcoólico e o uso da cana de açúcar como matéria prima, pois enquanto a aguardente de cana (ou cachaça industrial) vem de um processo automatizado, impessoal, e se vale de aditivos químicos para a fermentação, além da adição de açúcar e corantes, a verdadeira cachaça artesanal é gerada em alambique de cobre, sem adição de açúcar, corante ou outro ingrediente qualquer.

Para a cachaça artesanal, a cana-de-açucar deve ser cultivada sem agrotóxicos, colhida manualmente, sem o uso de queimadas e utilizada na moagem em no máximo 36 horas. O mosto a ser destilado é obtido pela fermentação, lenta, obtida com o uso de fubá de milho ou farelo de arroz. O sabor final, assim como a cor e o arma, são resultados dos tipos de madeiras (ou não) utilizadas no envelhecimento.

O coração da cachaça (artesanal)

É possível afirmar que a produção da cachaça artesanal, é realmente um produto de arte. O resultado final depende muito da qualidade da matéria prima (cana de açúcar) empregada, mas também é imprescindível o cuidado e monitoração da temperatura, da graduação do álcool e da acidez. Outro fator importante, além da limpeza e higiene do local, é o olhar clínico do “artista” responsável pelo acompanhamento do processo.

O grande diferencial da cachaça artesanal, ou simplesmente cachaça, como se deseja que seja conhecida a bebida (a outra é aguardente), está no seu processo de destilação fracionada, de acordo com a temperatura e os níveis de álcool e acidez.

Na primeira etapa é colhida a “cachaça da cabeça”, onde o percentual de metanol é muito alto assim como o nível de acidez. Essa fração não é apropriada para o consumo e é guardada para uma redestilação.

A segunda e mais importante fração, é o “coração da cachaça”, que representa em torno de 60% da produção, e deve ser mantida no nível ideal de alcool e acidez. Essa parte da destilação é livre de todas as enzimas prejudiciais à saúde.

Por último, a “cauda”, que deve ser totalmente desprezada. Não pode ser redestilada e é conhecida também como o “caxixi da cachaça”.

O envelhecimento

A cachaça pode ser branca (“branquinha”), quando armazenada em tonéis de aço ou envelhecida (“amarelinha”), armazenada em tonéis de madeira, ou mesmo de aço, com a adição de tábuas de madeira para fixar o sabor. A madeira, além do sabor, interfere também na cor e no teor alcoólico da cachaça.

Segundo a palestra “Harmonia e Êxtase”, de Celso Nogueira e Maurício Maia, “ quando o assunto é envelhecimento de cachaças, nada mais natural que questionar e pensar nos tipos e modos que o produtor tem à sua disposição:

Amburana (ou Umburana)
Baixa a acidez e diminui o teor alcoólico da Cachaça, que fica mais suave.
Bálsamo
Resulta em tom amarelinho e em uma Cachaça de gosto forte e encorpado.
Carvalho
A única madeira estrangeira. Confere a bebida um tom avermelhado com sabor de baunilha.
Jequitibá Rosa
Elimina o leve gosto de bagaço de cana sem alterar a cor.
Ipê Amarelo
Garante uma Cachaça que desce macio e um tom alaranjado.
Vinhático
Fornece cor amarelo-ouro e gosto próximo ao da Cachaça pura.”

Drinks for ever

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Azeite, sabor e saúde - I

   O fim do ano está chegando e dentre as coisas que saboreamos, uma delas é o azeite, utilizado em diversos pratos da culinária natalina, dentre elas o bacalhau e a maioria das saladas. Hoje em dia o encontramos azeites de várias procedências com boa qualidade e bom preço. 
   Por saber dos benefícios que este complemento alimentar traz à saúde, Drinks&Kibe, dá algumas dicas importantes aos nossos amigos, divulgando um pouco de conhecimento e zelando pela saúde de nossos amigos e amigas bem como de seus familiares. Aproveitem as dicas, façam suas compras de natal antecipadamente, “bom apetit” e saúde!




   A oliveira e o azeite, derivado de seu fruto – a azeitona, fazem parte da cultura mediterrânea desde suas origens. Inicialmente, eram utilizados exclusivamente como alimentos, porém seu uso foi ampliou-se ao longo do tempo, passando a fazer parte da composição de medicamentos, produtos de beleza e higiene, entre outros. Os gregos atribuíam um uso curioso ao azeite: acreditavam que sua aplicação em massagens era responsável pelo aumento da virilidade. 
   Os olivais cobrem vastas áreas da região mediterrânea, particularmente na Espanha (fato este que justifica a ampla utilização do azeite de oliva na culinária espanhola). Os frutos amadurecem entre junho e outubro e a colheita acontece geralmente entre novembro e fevereiro. A Espanha apresenta tradição na elaboração do azeite de oliva, sendo atualmente, líder mundial em produção.


Benefícios do azeite  

O azeite é obtido através da prensa das azeitonas e passa posteriormente por 4 fases: lavagem, moagem, prensa fria e centrifugação.
   O azeite é pobre em ácidos gordos saturados e rico em antioxidantes, como a vitamina E. É desde há muito tempo utilizado no mediterrâneo, sendo hoje reconhecido no mundo inteiro pelas suas propriedades nutritivas e organolépticas (propriedades benéficas ao organismo e que impressionam os sentidos).
É um alimento versátil e fundamental para a saúde, pois beneficia a vesícula biliar e o fígado, estimula a secreção da bílis e a tonicidade dos tecidos, atuando igualmente como tônico nervoso. O consumo de azeite é benéfico para as crianças, pois ajuda no seu crescimento e previne a osteoporose.
Como estimula a contração muscular, o azeite é prescrito em caso de prisão de ventre. A sua ação suave é ideal para a prisão intestinal das crianças, podendo os laxantes mais fortes causar danos.
A ingestão de azeite é positiva para quem sofre de colesterol porque ajudará a dissolver os depósitos de colesterol. No processo de fabricação do azeite existe uma concentração de antioxidantes, que permitem a proteção do organismo contra as agressões exteriores, prevenindo o aparecimento de doenças cardiovasculares ou do câncer.

Os vários tipos de azeites  

Os principais tipos de azeite são:
• Azeite de oliva virgem: obtido da azeitona madura por processos físicos. Os únicos tratamentos permitidos são a lavagem da fruta, decantação, centrifugação e filtração;
• Azeite de oliva virgem extra: azeite virgem com acidez menor que um grau;
• Azeite lampante: azeite virgem impróprio para o consumo. Destina-se ao processo de refinamento ou a usos técnicos;
• Azeite de oliva refinado: obtido após o refino do azeite virgem. Os processos empregados são a neutralização, a descoloração e desodorização mediante um tratamento com vapor de água. No refino do azeite não é empregado nenhum processo químico.
• Azeite de oliva: trata-se do produto da mistura de azeite virgem com refinado. A proporção de cada um dos azeites é muito variada e é ela que determina o sabor.

A Tonga da Mironga do Kabuletê - Vinicius de Moraes


Leia a letra e acompanhe a música.
Drinks&Kibe

A tonga da mironga do cabuletê

Depois de Carlos Zéfiro, somente "A tonga da mironga do cabuletê".
1970.Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de inaugurar a parceria com o disco “A Arca de Noé”, fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino. Encontram o Brasil em pleno “milagre econômico”. A censura em alta, a Bossa em baixa. Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais.


O poeta é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela intelectualidade militante, que pejorativa e injustamente classifica sua música de easy music. No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria. Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.

Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles “tonga da mironga do cabuletê”, que significa “o pêlo do cu da mãe”. O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o poeta.

Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la no Teatro Castro Alves. Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa. E o poeta ainda se divertia com tudo isso:

“Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô”.

(Fonte: Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994)

Tonga da Mironga do Cabuletê
Toquinho e Vinicius de Moraes

Eu caio de bossa eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa xingando em nagô
Você que ouve e não fala / Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala / Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
Você que lê e não sabe / Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe / Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Você que fuma e não traga / E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga / Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O catecismo de Carlos Zéfiro


   Quem dos jovens senhores não leu ou pelo menos ouviu falar de Carlos Zéfiro? Leitura proibida na década de 60 e que alguns poucos tinham um exemplar em casa. Escondido e muito bem escondido. Ter mais de um exemplar, então, era um luxo e consequentemente um risco maior da mãe encontrar. Perigossímo! 
   Sedentos leitores do “catecismo zefiriano”, que possuía uma bibliografia com mais de 500 títulos, fomos iniciados na arte dos quadrinhos eróticos. Apostila de didática sem igual povou o imaginário do público masculino com suas históricas que beiravam a pornografia, mas que de certa forma continham um “que” de ingênuo, no que diz respeito a estrutura da narrativa.
   Não sei se alguma das jovens senhoras já leu algum título de Zéfiro, por isso, Drinks&Kibe faz uma homenagem àquele que foi o responsável pela “educação sexual” alternativa de boa parte da rapaziada daquela época e traz um pouco de sua biografia, para que todos o conheçam.

Quem foi Carlos Zéfiro? 

   Carlos Zéfiro é o pseudônimo do funcionário público brasileiro Alcides Aguiar Caminha (Rio de Janeiro, 25 de setembro de 1921 - Rio de Janeiro, 5 de julho de 1992) com o qual ilustrou e publicou, durante as décadas de 50 a 70, histórias em quadrinhos de cunho erótico que ficaram conhecidas por "catecismos”.
   Alcides Aguiar Caminha, carioca boêmio, ilustrou e vendeu cerca de 500 trabalhos desenhados em preto e branco com tamanho de 1/4 de folha ofício e de 24 a 32 páginas que eram vendidos dissimuladamente em bancas de jornais, devido ao seu conteúdo porno-erótico, ficando conhecidos como "catecismos" e chegaram a tiragens de 30.000 exemplares.

Biografia 

   Casado desde os 25 anos, com Dona Serat Caminha teve 5 filhos e sempre escondeu de toda a família sua atividade paralela de desenhista e aposentou-se como funcionário público do setor de Imigração do Ministério do Trabalho. Sua identidade somente se tornou pública em uma reportagem da Revista Playboy que foi publicada em 1991, um ano antes de sua morte.
   Autodidata no desenho e concluinte do curso de segundo grau somente quando tinha 58 anos, manteve o anonimato sobre sua verdadeira identidade por temer ter seu nome envolvido em escândalo o que lhe traria problemas por se tratar de funcionário público submetido à Lei 1.711 de 1952 que poderia punir com a demissão o funcionário público por "incontinência pública escandalosa" e retirar os proventos com os quais mantinha a família.

Carreira

   Os "catecismos" eram desenhados diretamente sobre papel vegetal, eliminando assim a necessidade do fotolito, e impresso em diferentes gráficas em diferentes estados da Federação, gerando, inclusive, diversos imitadores. Em 1970, durante a ditadura militar, foi realizada em Brasília uma investigação para descobrir o autor daquelas obras pornográficas. Chegou-se a prender por três dias o editor Hélio Brandão, amigo do artista, mas a investigação terminou inconclusa.
   Além de seus trabalhos como ilustrador, Alcides Caminha foi compositor, inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil e parceiro de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho, com quem compôs quatro sambas para a Mangueira, entre eles os sucessos: Notícia, gravado por Roberto Silva na década de 50, e A Flor e o Espinho.
   Em 1992 recebeu o prêmio HQMix, pela importância de sua obra. Após sua morte teve um trabalho publicado como homenagem póstuma em 1997 na capa e no encarte do cd "Barulhinho Bom" da cantora Marisa Monte. Em 1998, as vinhetas de abertura e intervalos do Video Music Brasil 1998, da MTV Brasil foram claramente inspiradas nos folhetins de sua obra.
   Em agosto de 1999, em Anchieta, bairro em que morava, foi inaugurada a Lona Cultural Carlos Zéfiro, com show da Velha Guarda da Portela e Marisa Monte. A cantora e o jornalista Juca Kfouri, que revelou a verdadeira identidade de Carlos Zéfiro nas páginas da Playboy, são os padrinhos da Lona Cultural, fundada e dirigida por um grupo de artistas locais, que tinha à frente Adailton Medeiros. 
O traço original de Zéfiro
Títulos

Acerto | Alba | Alice | Aline | Amigos | Amor | Amor à Três | Andréa | Ângela, a Professora | Anjo Mau | Asa Sul | Assaltante, O | Atleta

Bacana | Bailarina | Benta | Biruta | Boas Entradas | Bom Começo

Carlos e Leda | Carnaval | Carnaval 1 | Carnaval 2 | Carona 1 | Carona 2 | Castigo, O | Célia | Celita | Cientista, O | Cínia | Clara 1 | Condessa, A | Conselheiro, O | Conselhos Quadrados | Copacabana 1967 | Criada, A | Cura, A

Decisão | Degraus da Vida | Desastre 1, O | Desastre 2, O | Desforra, A | Despedida | Destino 1 | Destino 2 | Desvario | Diana, a Sacerdotisa | Difícil, A | Dilza | Divórcio 1 | Divórcio 2 | Domada pelo Sexo 1 | Domada pelo Sexo 2

Edy | Encontro, O | Entrevistador, O | Escolhida, A | Estupro | Eu e Leda 1 | Eu e Leda 2 | Eu e o Coroa | Eu Fui Hipie 1 | Eu Fui Hipie 2 | Eu Fui Hipie 3 | Eu Fui Hipie 4

Família | Farsa | Faxina | Férias de Amor 1 | Férias de Amor 2 | Filho do Diabo, O | Fim de Trauma | Flora | Formatura | Frutos Proibidos | Fugitivo, O

Garçonete | Gata | Gilka | Golpe do Baú 1 | Golpe do Baú 2 | Golpe do Baú 3

Helen | Hélia | Hotel dos Prazeres

Índia, A | Irene | Íris | Irmã da Índia, A | Ivete

Janaina | João Cavalo (este foi seu maior sucesso) | João Cavalo na Fazenda | Júlia | Julinha

Kátia

Lagarto, O | Laura | Lealdade | Leda | Lia | Lili | Lua de Mel 1 | Lua de Mel 2

Mara e o Pintor | Margô | Maria, a Proibida | Maria Lúcia, a Capixaba | Marina | Mauro 1 | Mauro 2 | Medo | Mestra, A | Meu Primo 1 | Meu Primo 2 | Minha Vida no Convento | Modelo

Nayá | Néa, a Aeromoça | Negra | Negrinha, A | Nélia | Nilda | Nilza | Nora | No Reiro | Noviço, O

Odaléa

Parafuso e a Mulher Biônica | Parceira | Passeio | Pato, O | Pecadora | Pensão | Pinicada, A | Pinta, A | Prefeita | Promoção | Proteção | Pudor | Pupila 1, A | Pupila 2, A | Putas Também Gozam, As

Quem é o Pai?

Resgate, O | Reveillon | Robinson Crusoé Século XX | Robinson Moderno

Safari | Seca | Semi-Virgem | Senhoria | Sítio, O | Strip-Tease | Suzete

Tânia | Tarada | Tarzan | Tentação | Titia | Titio | Trem de Luxo 1 | Trem de Luxo 2 | Troco, O | Tuca

Último Estalo, O

Vedete | Vera | Viagem | Vida Amorosa de Dorian Gray | Vida, Paixão e Morte de um Sofá | Vingança, A | Viúva 1 | Viúva 2 | Viúvo Alegre | Vizinha, A

Xexéu

Zelma 1 | Zelma 2




Fonte: Drinks&Kibe e http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Z%C3%A9firo

domingo, 24 de outubro de 2010

70 anos de Pelé!

Não poderíamos deixar passar em branco, a justa homenagem ao brasileiro mais conhecido em todo o planeta: Pelé.
Que encantou nossos pais e a nós mesmos. 
Que Deus o abençoe e que sua imagem como jogador seja um exemplo a ser seguido pelos jovens que acham que podem tudo e que pensam que são muito mais do que são. Saúde Pelé! São os votos de Drinks&Kibe.

Book - a revolução tecnológica !

sábado, 23 de outubro de 2010

Ana Clara Duarte, Clarinha, a nº 1 do Brasil - PARABÉNS


Ana Clara Duarte, filha de nosso grande amigo e eterno craque do Sede Velha, Francisco "Chiquinho" Duarte. 
Em setembro, Clarinha, para orgulho de todos nós, assumiu o posto de melhor brasileira do ranking da WTA. Nossa jovem Campeã conquistou o Challenger de Cairs e foi vice em Alice Springs e Mount Grambiers, onde também foi campeã nas duplas. Mas apesar de seu sucesso, sua luta é maior pois é uma vitória independente, sem técnico, longe de amigos e família. Seu incentivo maior vem do papai Chiquinho que a preparou e sempre confiou no seu talento.




Segundo reportagem de "O Globo" (Por João Gabriel Rodrigues, em 22/10/2010)
"Clarinha tem 21 anos. Jogou sua primeira partida aos 5, incentivada pelos pais, professores de tênis. “Nunca me impuseram nada”, garante. Também gostava de futebol, judô e jiu-jitsu. Mas foi nas quadras que os resultados começaram a aparecer. E ela foi ficando. Aos 14, embarcou para a Europa pela primeira vez e voltou de lá com uma visão diferente sobre o esporte. Pouco depois, com a certeza de que seu futuro era ligado à raquete, resolveu seguir seu rumo."


"O Brasil já não tem uma tenista entre as 100 melhores do mundo há anos. A última foi Andrea Vieira, a Dadá, em 1989, quando chegou a ocupar a 76ª colocação. Foi ela também a última a disputar uma chave principal de Grand Slam, no US Open, em 1993. Para Clarinha, o caminho para que o tênis feminino receba tanta atenção quanto o masculino é longo."


PARABÉNS Chiquinho e vamos torcer para que em 2016, nossa Clarinha possa estar defendo as cores do Brasil nas Olimpíadas.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amanhã tem feijoada! Conheça sua história

A explicação popular mais difundida sobre a origem da feijoada é a de que os senhores – das fazendas de café, das minas de ouro e dos engenhos de açúcar – forneciam aos escravos os "restos" dos porcos, quando estes eram carneados. O cozimento desses ingredientes, com feijão e água, teria feito nascer a receita. Tal versão, contudo, não se sustenta, seja na tradição culinária, seja na mais leve pesquisa histórica. Segundo Carlos Augusto Ditadi, especialista em assuntos culturais e historiador do Arquivo nacional do Rio de Janeiro, em artigo publicado na revista Gula, de maio de 1998, essa alegada origem da feijoada não passa de lenda contemporânea, nascida do folclore moderno, numa visão romanceada das relações sociais e culturais da escravidão no Brasil.
   O padrão alimentar do escravo não difere fundamentalmente no Brasil do século XVIII. Continuava tendo como base a farinha de mandioca ou de milho feita com água e mais alguns complementos, ou seja, o que fora estabelecido desde os primórdios. A sociedade escravista do Brasil, no século XVIII e parte do XIX, foi constantemente assolada pela escassez e carestia dos alimentos básicos, em decorrência da monocultura, da dedicação exclusiva à mineração e do regime de trabalho escravo, não sendo raros os óbitos por alimentação deficiente, incluindo a morte dos próprios senhores.
   O escravo não podia ser simplesmente maltratado, pois custava caro e era a base da economia. Devia comer três vezes ao dia. Geralmente almoçava às 8 horas da manhã, jantava à 1 hora da tarde e ceava por volta de 8 ou 9 horas da noite. Nas referências históricas sobre o cardápio dos escravos, constatamos a presença inequívoca do angu de fubá de milho, ou de farinha de mandioca, além do feijão temperado com sal e gordura, servido muito ralo e a ocasional aparição de algum pedaço de carne de vaca ou de porco. Alguma laranja colhida do pé complementava o resto, o que evitava o escorbuto. Às vezes, em final de boa colheita de café, o capataz da fazenda podia até dar um porco inteiro aos escravos. Mas isso era exceção. Não existe nenhuma referência conhecida a respeito de uma humilde e pobre feijoada, elaborada no interior da maioria das tristes e famélicas senzalas.
   Existe também um recibo de compra pela Casa Imperial, de 30 de abril de 1889, em um açougue da cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, no qual se vê que consumiam-se carne verde, de vitela, carneiro, porco, linguiça, linguiça de sangue, fígado, rins, língua, miolos, fressura de boi e molhos de tripas. O que comprova que não eram só escravos que comiam esses ingredientes, e que não eram de modo algum "restos". Ao contrário, eram considerados iguarias. Em 1817, Jean-Baptiste Debret já relata a regulamentação da profissão de tripeiro, na cidade do Rio de Janeiro, que eram vendedores ambulantes, e que se abasteciam destas partes dos animais em matadouros de gado e porcos. Ele também informa que os miolos iam para os hospitais, e que fígado, coração e tripas eram utilizados para fazer o angu, comumente vendido por escravas de ganho ou forras nas praças e ruas da cidade.
   Portanto, o mais provável é creditar as origens da feijoada a partir de influências europeias. Provavelmente, sua origem tem a ver com receitas portuguesas, das regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que misturam feijão de vários tipos - menos feijão preto (de origem americana) - linguiças, orelhas e pé de porco. De fato, cozidos são comuns na Europa, como o cassoulet francês, que também leva feijão no seu preparo. Na Espanha, o cozido madrilenho, e, na Itália, a “casseruola” ou "casserola" milanesa são preparados com grão-de-bico. Aparentemente, todos estes pratos tiveram evolução semelhante à da feijoada, que foi incrementada com o passar do tempo, até se transformar no prato da atualidade. Câmara Cascudo observou que sua fórmula continua em desenvolvimento.
   A feijoada já parece ser bem conhecida no início do século XIX, como atesta um anúncio, publicado no Diário de Pernambuco, na cidade do Recife, de 7 de agosto de 1833, no qual um restaurante, o Hotel Théâtre, recém-inaugurado, informa que às quintas-feiras seria servida "feijoada à brasileira". Em 3 de março de 1840, no mesmo jornal, o Padre Carapuceiro publicava um artigo, no qual dizia: Nas famílias onde se desconhece a verdadeira gastronomia, onde se tomam regabofes, é prática usual e comezinha converter em feijoada os fragmentos do jantar da véspera, ao que chamam enterro dos ossos [...] Lançam-se em uma grande panela ou caldeirão restos de perus, de leitões assados, fatacões de toucinho e de presunto, além disto bons vassalhos de carne seca vulgo ceará, tudo vai de mistura com o indispensável feijão: fica tudo reduzido a uma graxa!
   Em 1848, o mesmo Diário de Pernambuco já anunciava a venda de "carne de toucinho, própria para feijoadas, a 80 réis a libra". No dia 6 de janeiro de 1849, no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, é comunicado que a recém instalada casa de pasto "Novo Café do Commércio", junto ao botequim da "Fama do Café com Leite", servirá em todas as terças e quintas-feiras, a pedido de muitos fregueses, "A Bella Feijoada à Brazilleira".

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Palavras que servem para sempre...

"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la."
(Cecília Meireles)

Um passeio pelo Rio, pela Praia do Flamengo e a saudosa Sede Velha

O início do passeio. 
No Rio de ontem.
até o Rio de hoje.
No tempo da nossa 


 Sede Velha do Flamengo



que no início já foi assim.


O velho Novo Mundo,

tão perto da praia.


   

 Até hoje o velho continua novo, imponente

com uma nova praia mais bela. 




O velho e atual Castelinho.






O tempo não para.



O Rio amanhece cantando.

                                           
          



e adormece sorrindo ...



É templo de grandes heróis.



  Dos velhos e novos amigos. 


E de nossa eterna Correa Dutra.
 
Lá na Cruz Lima, o Hotel Argentina

presente até os dias de hoje.

Um novo passeio aos velhos tempos...

nos velhos ônibus



e nas velhas praias,




         

Uma homenagem para todos nós e em especial
para os aniversariantes de Outubro:

07  -  Rose  (lá da Alemanha)
07  -  Alexandre Peninha
10  -  Amaro
11  -  Betinho  PQD_FDP
13  -  Paulinho Godá



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Depoimento de Pintinho

Frase da Semana



"SE O TIRIRICA NÃO PUDER SER EMPOSSADO, SERÁ UMA MERDA...
CONTINUAREMOS SEM SABER O QUE FAZ UM DEPUTADO FEDERAL"...
(postado por Byra e veiculado na internet)

BR6 - Garota de Ipanema

Nicholas Gunn - Ritual

Você Já Amou Tanto Assim?

Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos, moravam em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes.                            
Até que um dia...                                                          

Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo. O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo.            
Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.                                                            
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a 
senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.                                      
Chegando no quarto de sua senhora, ela foi falando:                        
- Tudo bem com você meu amor?                                              
- Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre. Então triste pelo esposo, a senhora disse-lhe:
Deus vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe as vistas para que não presencia esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.                                              
Passado algum tempo e recuperados, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido esposo, e ele todos os dias dizia-lhe:
COMO EU TE AMO!                                                            
E assim viveram 20 anos até que a senhora veio a falecer. 
No dia de seu enterro, quando todos se despediam, então veio aquele senhor sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando o rosto e acariciando sua amada, disse em um tom         
apaixonante: 
- “Como você é linda meu amor, eu te amo muito”.
Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre e, olhando nos olhos dele, o velhinho apenas falou:
Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!!!                                    
Na vida temos de provar que amamos! 
Muitas vezes de uma forma difícil. 
E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisa, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR! 
(da Internet - autor desconhecido)