quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

o Fim de Festa

Foi um dia fantástico. Podemos afirmar que chegamos perto de uma perfeição. O Kibe nos presenteou com um prato por demais saboroso. Os drinks não faltaram. Amigos se reencontraram após mais de 25 anos. Esposas, algumas inclusive da própria turma da Correa, filhos e até um netinho presentes na confraternização. Tudo de bom e que com certeza vai ficar em nossa história.

Como toda reunião da Correa Dutra, o samba rolou solto desde o início, principalmente no famoso “fim de festa”, onde as vozes de Mário, Frango “Juca Melão”, Fábio, Betinho Chahaira, Drinks e Byra se fizeram ouvir por todo o Condomínio. Na verdade parecia existir uma clara relação entre o tempo e os drinks, com o tom de nossas vozes, ou seja, o tempo passava, os drinks rolavam e a animação aumentava. A vontade de cantar era de cada vez mais alto e Juca Melão, agora um artista de verdade, não resistiu em mostrar a força de seus pulmões.

Já passava das 22 horas quando este último grupo soltou seus derradeiros acordes. As lembranças de Alcione, Cartola, Noel, Pixinguinha, Gonzaguinha e vários outros cantados naquele momento, foram substituídas por uma despedida silenciosa, sentida, com a promessa de um próximo encontro melhor ainda. E acredito que também para a alegria de alguns moradores, que naquele momento já questionavam nossa alegria.

Enquanto arrumava a casa, o pessoal do “fim de festa” seguiu para o ponto do ônibus, e após uma meia hora recebo a ligação: - estamos no Chalé para uma saideira...

Não prestou. Foi a senha para recomeçar tudo de novo. Primeira rodada, meu chopp “carijó”, branco com colarinho preto, brindes, papo sobre a festa e um sambinha ainda tímido. Mais uma rodada e pronto, baixou Alcione em Juca Melão. O pessoal do bar não se importou com o vozerio, parecia até gostar, pois não é um comportamento comum por aqui e o chopp continuava a rolar.

Passava da meianoite e o grupo finalmente resolveu seguir viagem. Ficamos quase uma hora no ponto e nada, foi quando fizeram a opção pelas barcas. A partir deste ponto o relato é por conta das conversas com Byra e Mário.

A voz é uma só. Não tinha mais barca e a opção foi mais uma saideira nas barraquinhas da praça. Depois pegaram o 100 e foram para o Rio. Nova saideira para a despedida final e Betinho, que iria no dia seguinte de volta para o Paraná, seguiu com o Fábio para um sanduba final no Cervantes enquanto os demais optaram pelo sono merecido. E eu aqui, de água na boca.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

25 de Janeiro de 2009


Não poderíamos demorar em registrar este que sem sombra de dúvidas foi o MAIOR de nossos Encontros.


Foi muito bom constatar que hoje fazemos parte de uma grande família.

As imagens falam por si só e registram a emoção de rever amigos de longas datas.

Diferente dos outros já realizados, este foi muito especial, pois além da emoção de reencontros, alguns marcados pela distancia de mais de 20 anos, foi possível conhecermos filhos e até netos de nossos amigos.



O ponto alto foi a paella valenciana. Obra prima assinada pelo confrade Claudio Kibe.

Preparada com extremo requinte, Kibe conseguiu criar uma paella de sabor especial e qualidade sem igual.

Puck, morador dos States e grande apreciador do prato, se rendeu aos dotes culinários de nosso Mestre tupiniquim.

Mas não foi só o Puck, a aprovação foi geral. Sucesso total na degustação.

E como não poderia deixar de ser, nossas lembranças sempre se transformam em samba, principalmente com a presença, entre outras, de Mário, Fábio, Betinho Chahaira e o inigualável Juca Melão.

São tantas as emoções que fica difícil a gente descrever com palavras o que realmente sentimos, por isso só nos resta agradecer. Um MUITO OBRIGADO pela presença de todos e vamos torcer para que os próximos Encontros, que certamente virão, sejam ainda melhores.


Obrigado Beto "Narina". Obrigado Anterão. Obrigado Mário Neves. Obrigado Della. Obrigado Frango, ou melhor, Juca Melão. Obrigado Amaro. Obrigado Haroldo "Amarelinho", que desta vez não amarelou. Obrigado Fábio. Obrigado Armando "Qua-qua". Obrigado Maurício. Obrigado Tamba. Obrigado Byra. Obrigado Betinho e Puck, que vieram respectivamente, do Paraná e dos EUA apenas para este nosso Encontro. Obrigado Chiquinho. Obrigado Drinks, obrigado Kibe, pela execução dos trabalhos. E um grande OBRIGADO para as meninas da Correa, algumas hoje, também esposas. Para nossos filhos e netos. E também para todos os demais amigos que nos prestigiaram e enriqueceram nossa festa.

Um até logo. Em muito breve estaremos novamente juntos. Temos a certeza que com a presença de outros amigos e confrades que infelizmente perderam a oportunidade de provarem a paella valenciana, mas certamente curtirão outras iguarias. Aguardem.

Um grande beijo no coração de cada um.

Drinks & Kibe

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Chuvas de verão

Hoje de manhã, sentado à mesa com a Erika durante o café da manhã falamos sobre a forte chuva de verão que caiu ontem (21/jan) sobre o Rio de Janeiro e, prá variar, os incômodos causados aos cariocas. No desenrolar da conversa, trouxemos à tona lembranças das chuvas de verão dos nossos tempos de Correia Dutra e mais, das imagens obtidas das janelas dos apartamentos 201 e 304, do edifício “Leitão da Cunha”, localizado no número 26, e que ficaram gravadas em nossas lembranças como um filme a ser repassado. Entre risos, recordamos algumas passagens marcantes.

A primeira imagem que nos veio foi o volume da água. Bastava uma chuva forte – que os mais velhos chamavam de “tromba d’agua” – e a água subia, subia..., não respeitando os esforços de alguns moradores - já calejados – na tentativa de ‘desentupir’ os ralos. Os esforços eram heróicos, mas sisifianos. A ‘velocidade’ e o volume de água da chuva, o lixo jogado nas ruas (nada mudou), formavam um ambiente próprio para as anunciadas enchentes. E a água subia, subia, e continuava subindo. O nível de água ultrapassava a dois metros de altura, facilmente comprovado pelas marcas escuras e horizontais deixadas nas paredes dos prédios e das casas ao fim das chuvas e escoamento das águas.

Rememorada a enchente, logo nos lembramos dos desdobramentos e de suas consequencias. Era um fato comum, o falecido Nelson Queimado subir ao teto de uma Kombi, totalmente coberta pelas águas da chuva, ‘mergulhar de cabeça’ e sair nadando..... Erika não se lembrava do Nelson, mas lembrou-se do fato. Por sua vez, ela rememorou os ‘barcos’ de competição do CR Flamengo – que eram guardados na Sede Velha - passando sob nossas janelas conduzidos pelos remadores... .. Que imagens!!!! Sinceramente, não dá prá esquecer. Claro que não poderíamos deixar de comentar sobre o desespero da família Vidor, de nossa amiga Georgete e seu irmão George, moradores do 25. Por mais tentativas que fizessem para minimizar os efeitos das chuvas, tais como colocar tábuas na porta de entrada e nas janelas de frente etc., eles sofriam no verão. A água subia, subia ... e invadia a casa não somente por debaixo da porta, mas, principalmente, entrando pela janela. Era um corre-corre, e assistíamos das nossas janelas a um exército de pessoas retirando água com baldes, rodos e vassouras, e ao mesmo tempo procurando proteger os seus bens. Mesmo diante da tragédia, sentíamos um pouco de inveja daquela ‘garotada’ que, prá nós, fazia uma ‘farra’. Com certeza não era assim que eles enxergavam a grave situação. Com a palavra nossa querida Georgete. Por fim, entre as diversas lembranças de fatos ocorridos durante as várias enchentes que presenciamos, recordei a imagem do Clérton – cabeça branca – fazendo uma careta de dor e ‘andando’ agarrado às grades do 26, em direção ao 24, deixando naquela água imunda um rastro vermelho do sangue que saía do corte de seu pé, fato este inédito para a Erika.

O ‘filme’ foi passando, passando, a cada lembrança de um, o outro acrescia um detalhe, afinal éramos dois observadores de locais distintos, cada um observando a mesma cena por um ângulo diferente. Apenas ‘editamos’ as nossas lembranças e agora dividimos com vocês.

Beijos

Byra

sábado, 10 de janeiro de 2009

Noite de Samba com Juca Melão

Fomos, vimos e gostamos

Aí galera,

Eu, Zé Drinks – nosso presidente; Kibe – Secretário Geral da Embaixada de Brasília – e sua respectiva primeira dama; estivemos quarta-feira p.p. (7/01) no Bar Plural, no Grajaú, prestigiando o nosso querido Juca Melão e seu grupo de pagode. Nos juntamos à Teresa, esposa do Melão; e posteriormente, uma outra amiga dela se juntou a nós, fechando o grupo. Foi muito legal: som bom (embora um pouco alto), repertório muito bom, cerveja gelada, cachaças da boa e petiscos honestos (qualidade e quantidade). Também cabe o registro do atendimento, pessoal atencioso e simpático.

Desnecessário o registro da emoção em rever o Kibe após 30 anos (no mínimo....) e constatar que “não é a distância que afasta os verdadeiros amigos”. A conversa fluiu como se tivesse sido interrompido por um ‘tempinho’ e retomada com a naturalidade dos que mantêm uma intimidade sedimentada pela convivência na melhor fase de formação de nossas personalidades. ...


Obrigado pela noite: Melão e esposa, mano Zé, Kibe e cunhada... foi muito legal. Mais um registro de nossas existências.


Beijos


Byra

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Tinha tempo que eu não ia ao Grajaú. Lá fui eu com Elisângela, em seu débu no subúrbio carioca. Fomos conferir (como diz a Leda Nagle) a perfomance de Juca Melão e seu grupo de samba.


O táxi nos deixou na porta e ao entrarmos já fomos recebidos de pronto pelo nosso Presidente, que nem de longe me passou a idéia de que isso pudesse ser apenas uma coincidência.


O som do samba ecoava no ambiente trazendo um repertório bem distinto como o Byra frisou. Cartola, Paulinho da Viola, Nélson cavaquinho, Candeia, Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Chico Buarque, Jorge Aragão, Neguninho da Beija Flor, João Nogueira - entre outros tantos; e das músicas imortalizadas por algumas divas da MPB, tais como Elis Regina, Clara Nunes, Beth Carvalho e outra mais recente, mas de igual quilate – Marisa Monte.


Bom rever estes amigos em um ambiente tão carioca, depois de tanto tempo. Sentimos a falta de alguns que não puderam ir, mas compreendemos, pois afinal, ir a uma apresentação de um grupo de samba em plena quarta-feira, não é qualquer trabalhador que pode ir, a não ser que esteja de férias ou que seja em missão, como foi o caso de nosso Presidente e seu dileto irmão e confrade Byra.


BJão


Claudio Kibe

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Meus Confrades

Não poderia deixar de dar o depoimento presidencial de uma noite tão especial. O Byra e o Kibe já se manifestaram, e de forma brilhante nos deram uma amostra do que foi nosso reencontro e ainda mais ao som de um grupo que a gente sente que faz o que gosta.

Logo que cheguei ao Bar Plural, senti que o lugar não me era estranho e na conversa com o Frango, digo, Juca Melão, identificamos que ali funcionou o antigo Suvaco de Cobra do Grajaú, um local, que cheguei a frequentar algumas vezes, uns 30 anos atrás. Era uma espécie de filial do famoso Suvaco de Cobra da Penha.

Me senti em casa e passamos aos drinks e às apresentações do grupo. Cebola foi nosso anfitrião, e não poderia deixar de cobrar, de imediato, a origem do Juca Melão, já que para todos nós esta era uma grande incógnita.

E aí veio a explicação. Nosso novo amigo, Cebola, em homenagem ao Cebolinha do Maurício de Souza, nos confidencia que no Grajaú, ninguém conhece o Marco Neves, e muito menos o Frango, mas a galera do samba e da noite conhece de muito o Juca, hoje Juca Melão, gente muito fina, sabe tudo de percussão e frequentador assíduo das rodas tradicionais da Vila de Noel.

– Mas por que Juca Melão? Perguntei.

– Fácil, nos disse Cebola, é que quando ele chegou por aqui foi logo dizendo que era goleiro, e passou a participar de nossas peladas. O resultado foi terrível, um frango atrás do outro e como na época existia um goleiro meio frangueiro, conhecido como Juca Baleiro, o Marco foi logo identificado como o novo Juca.

– E o Melão, perguntei? Melão foi para combinar no conjunto. Eu sou o Cebola do Andaraí, ele é o Melão e ainda tem o Batatinha do Cavaco, além do Paulinho da Cuíca, Julio Farias e Saulo Dansa, que junto com o compositor Zé Guima, formamos o Samba na Cabeça que vocês vão apreciar.

Pronto, resolvido o mistério passamos para o que mais nos interessava naqueleo momento: uma cerveja gelada, Salinas bem servida e o som do grupo Samba na Cabeça. E para tiragosto, não poderia faltar: "frango à passarinho", ou seria "juca à passarinho"?

O importante é que foi tudo de bom. Saímos de lá além da meianoite (nova ortografia) e creio que se não fossem as obrigações do dia seguinte, ainda iríamos curtir um pouco mais.

Parabéns ao Samba na Cabeça. Parabéns ao Frango, digo, Juca Melão, e pode contar com nossa torcida para que vocês possam seguir nessa caminhada de muito samba e muita alegria para todos nós.


Bjundas presidenciais


J Drinks.