quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cine Azteca



Local de minha formatura do curso primário, feito com louvor na Escola I-IV Rodrigues Alves. Era também um local de freqüentes iniciações no amor. Quem quiser que se veja no relato abaixo:

Dois imponentes leões guarneciam a sua entrada e eram pontos de referência para os encontros. O ambiente escuro era encorajador ao início de um “relacionamento”. As palavras tornavam-se desnecessárias. Havia um código mudo de entendimento entre os pares: se a menina aceitasse o convite para ir ao “Azteca”, firmava-se, mesmo que de forma velada, um início de compromisso. Ele chegava primeiro. Nas pontas dos pés, adquiria os bilhetes que seriam entregues ao porteiro, fardado, que após recolhê-los, os rasgariam e depositaria suas partes em uma urna transparente, enquanto rolaria a roleta, com um sorriso de carimbo estampado no rosto, após pedir e conferir as “identidades” do casal.

Quantas esperas “ao lado do leão”....a expectativa (será que ela vem?)...o sorriso (você chegou na hora...)....a indecisão (pego na mão? E se ela tirar a mão?)... tudo seria “definido” quando as luzes se apagassem. Sentados, enquanto as cortinas não se abriam e as luzes não eram apagadas, havia uma nervosa conversa de aproximação. Quando as luzes, gradativamente, começavam a se apagar, uma mão, como obedecendo a um código de comportamento, infiltrava-se pelo encosto da poltrona sinalizando a intenção de aproximação. O próximo passo era dela. E ela sabia. Se acomodasse o corpo em direção ao corpo dele, aceitasse e correspondesse ao toque em seu ombro e girasse a cabeça com um convidativo sorriso... a relação estava consagrada e os primeiros beijos aconteciam, selando o compromisso.

Diversas vezes, casais assistiam a diversas sessões para prolongar aquele primeiro momento.

As poltronas do Azteca foram testemunhas de muitos “primeiros beijos” e “juras de amor eterno” trocados entre jovens que descobriam o amor e mal conseguiam pousar os pés no chão forrado de tapete.

Impossível ficar impassível diante da foto de demolição do Azteca.

Abraços.

Byra

terça-feira, 28 de outubro de 2008

La Cacieta Horroroza!


Dia 31 de dezembro de 1976. A correria era grande. Um tanto de coisa ainda por fazer. Já eram 8hs e eu ainda tinha que providenciar as barras de gelo. As bebidas já estavam compradas: 8 caixas de cerveja, 2 garrafas de whisky (o velho Old Eight), 4 de vodka Smirnoff (que deixa qualquer um off mesmo) para as caipirinhas, ufa!...e pensar que isto era para aproximadamente 40 pessoas. 

         A venda dos convites foi fácil. Faltou pra quem quis. Era uma festa diferente das que já tínhamos programado, pois esta só poderia entrar quem estivesse fantasiado e acompanhado de pelo menos uma menina. E como sempre quando uma vai quer levar a amiga, a irmã ou prima, a festa foi um sucesso de público feminino. É quase certo das que ficaram sem par, terem detestado, mas era o sacrifício para que a amiga, irmã ou prima pudesse ir. E me lembro que o Zé Augusto tinha denominado a festa de Cacieta Horroroza!

         As fantasias foram de extremo bom gosto e refletiam bem a criatividade dos participantes. Tínhamos baianinhas com o umbiguinho de fora, meninas de pijama, princesas, odaliscas, piratinhas, aquele time de “brotinhos” a contrastar com o Corcunda de Notre Dame (Godá), Visconde de Sabugosa (eu), o italiano Savério (por onde ele anda?), machão travestido de blond Marilin Monroe, árabes, havaianos, e algumas fantasias que não tinham bem um motivo definido.

         Aos que não foram, imaginem a quantidade de bebidas que tínhamos a disposição (naquela época não existia a expressão open bar) e uma quantidade de salgados que encomendei de uma quituteira lá da Tavares Bastos (se não me engano era a tia da Márcia, sobrinha do Lumumba e amiga da Maria Inês). Fartura era pouco para definir o banquete.

         Resultado: Porre geral e irrestrito!

         Zé Augusto e Derzemar eram os barmen, e cada um que ingenuamente ia até o bar encher o copo, era bruscamente agarrado pela nuca e encharcado por um lenço embebido em tetracloreidrato de metila – uma substância que serve para limpar cristal de guitarra. O céu se abria e víamos anjos a tocar suas trombetas anunciando o novo ano que se aproximava. Os sinos tocavam a cabeça zunia.

O Puck, nessas alturas tinha levado uma “namorada” que ele arranjou lá do nº 99 (vocês lembram?) e o homem estava em uma situação...pobre Puck. Não deu pra agüentar a porta do banheiro abrir e o jato explodiu na porta fechada do banheiro social da mansão dos Maciel – Meu Deus, se a mãe dele, D. Carmem Lenita visse aquilo.

Uma certa movimentação embaixo da mesa da sala acusava que havia vida ali. E foi uma situação constrangedora, pois o casal que ali se encontrava trocavam juras de amor, só que ela estava de pijama, com um dos seios de fora e o namorado circulava com o dedo médio a auréola de seu seio. Até aí, nada de mais, que me perdoem os puritanos. Mas tinha que fazer isso na frente da mãe do Moita, da Solange, da avó dele e da D. Dirce, mãe do Charuto?????

A menina que eu havia convidado, levei 6 meses paquerando-a, morava na Buarque de Macedo e estudava no Pedro II junto comigo. Preparei a festa pensando que neste dia seria o dia ideal para começar um namoro que senti que seria correspondido. Doce ilusão. Bebi tanto que nem sei até hoje, aonde foi parar minha escolhida. Faço votos que esteja feliz.

         Lembro-me que compramos fogos e um foguete tipo buscapé - bem grande - que ao acendê-lo não imaginamos o que fosse acontecer. O dito cujo disparou um rojão e foi explodir em um prédio lá na Silveira Martins – parecia um morteiro Xiita. Graças a Deus não houve prejuízo lá. Mas em compensação na casa do Moita...Ai meu Deus! No dia seguinte, tínhamos que limpar aquele palco, ou melhor, campo de batalha. A pedra “São Tomé” da varanda da cobertura parecia que tinha recebido uma camada de asfalto. Corpos espalhados pelos cantinhos, abraçados a almofadas e namoradas, jaziam com cara de felicidade. A família Maciel imagino que tenha se refugiado em seus quartos.

         Após um mutirão de limpeza com aqueles que ainda conseguiam se manter de pé, fomos para a praia. Precisávamos de iodo marinho e fazer nossas homenagens a Iemanjá (mesmo que inconscientemente). Um novo ano tinha chegado trazendo novas esperanças de boas realizações. 

Eu...fui levado para casa pelo Chaolin e pelo Maurício (Vaca Gorda Piranhuda), sem fantasia, sem documento, só de sunga, às 8 da noite. Demos uma paradinha no Primo, na Galeria Condor, para tomar uma coalhada com mel, que foi um santo remédio.

31 de dezembro de 1976. Alguns de nós estavam lá.

 Bjos. 

Kibe

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

LA CASIERA HORROROZA



Assim como os comentários do Amaro e da Rose, o texto de nosso Bibaca conta uma passagem que merce destaque. E é assim que Drinks & Kibe vai funcionar. Vamos matar as saudades. Contar para os amigos aqueles segredinhos que até então estavam guardados para um dia serem contados. O espaço é livre e de todos nós.

Palavras do Bibaca:

"É com grande sassstisssssfação que ao abrir o blog e me deparo este icone da MPB, tantos festivais da canção popular no maracanãzinho que seu Maciel comandou, e se GLORIOSO( glorioso porque tambem é botafoguense e se não me engano tambem atleticano em MG) ED Maciel, numa de suas indas e vindas para seus shows, deparou-se com um caso digno de ser reelembrado nos anais da CD, pois aqui vos relato, até porque não podia passar em branco:
Era o ano de 1976, eu tinha acabado de dar baixa do exercito por isso não da para esquecer este fato pois ficou marcado por muito tempo na minha mente. Final do ano estava próximo, e como todos os anos sempre nos reuniamos para saber onde iriamos passar o reveilon,e papo vai papo vem e porque não organizar-mos uma festa no bairro reunindo as duas CD, onde fazer, onde sera, não sei de quem foi ou de onde surgiu a ideia, mais sei que nosso grande amigo Sergio Maciel Moita comprou a ideia e levou para que seus pais aprovassem a mesma( não sei si depois se arrependeram),aprovada então estava definido que seria na triunfal cobertura de seu apartamento como tantos outros eventos aconteceram por ali (copa de 70, mais esse é um outro assunto que fica pra depois), resolvido o local começamos a definir como seria o evento, a principio seria um baile a fantasia em que não poderia ser fantasias comuns, como indio, palhaço entre outros.Definir o valor dos convites em que cada 1 convite dava o direito de levar 2 meninas, definir o nome do baile que ficou conhecido e batizado pelo nosso grandioso que Deus o tenha JBezerra como LA CASIERA HORROROZA. pensamos em tudo até porteiro-segurança(me fugiu o nome agora) foi contratado com o dinheiro arrecadado, os DJ não podiam deixar de ser outros J Bezerra e Derzemar Derze, bebidas nunca vi issso sobrava, tiragosto aos montes e as fantasias cda uma mais original possivel, algumas eu ainda me recordo, Moita com minha farda de treinamento do exercito que eu guardei ao dar baixa,eu e Castor de Gangster, J Bezerra de Elice Cooper, Saverio fugiu de casa fantasiado de rainha(não sei qual),depois sua noiva italina braba foi busca-lo e acabou ficando, teve até premio para a melhor fantasia e se eu não me engano quem levou foi Saverio, tinha muitas outras que eu não me lembro com mais detalhes pois nesse dia eu apaguei desmaido no banheiro da casa do meu amigo em que tdos pensavam que eu tinha me cortado, isto porque alguem foi ao banheiro para tentar fazer um curativo e deixou sangue do meu lado causando uma certa preocupação, só sanada com a chegada do seu Maciel que pediu ao porteiro-segurança que me remove-se para saber se eu estava bem e de onde era aquele sangue, constatado que não era meu, encosta ele no canto e toca a festa,a cobertura estava lotada, todos se divertindo na maior alegria, alegria essa contagiante, todos dançavam com suas namoradas no maior respeito sem confusão,coisa que hoje nem pensar, (quando eu conto algumas histórias do meu passado para minha filha ela fica perplexa e pergunta para a mãe dela se é verdade), esta que só terminou ao raiar do sol com tdos entre vivos e feridos(zumbis), indo par praia do Flamengo dar um mergulho de boas vindas ao Ano Novo.
Esse realmente foi Ano Novo que não da pra esquecer sobre o fato com o seu Maciel foi o seguinte, o nome do porteiro-segurança que não me lembro não conhecia o pai do Moita e ficou definido que sem convite ninguem subia, então só depois de muita conversa e explicaçâo foi que seu Maceil pode subir para sua casa e me resgatar do meu porre, e dizer uma fraze que até hoje guardo como tema para minhas palestras de motivação, pensamos em tudo e esquecemos de registrar.Cade a Máquina Fotografica seu Kibe vc e´que era fotografo da CD.
Se alguem lembrar das outras fantasias e quem estava vestido favor escrever."
Um abço a todos
Biba

O pai do nosso amigo é famoso!

Quando conheci o Sérgio Maciel, não sabia e não podia imaginar que seu pai, fosse quem fosse. Ed Maciel, já era naquela época, nos idos de 60, um nome importante no cenário da MPB. Band leader como se costuma denominar os grandes líderes das bandas jazzistas, de uma orquestra que animava os grandes bailes nas noites cariocas.

Morava inicialmente no prédio número 129 da Corrêa de cima, mas depois mudou-se para o prédio ao lado, para um apartamento de cobertura, onde de vez em quando realizávamos algumas jam sessions com o Sérgio “Moita”, seu filho, ao piano e Zé Augusto no baixo eletrônico e as vezes um instrumento de percussão amplificava os blues improvisados, em tardes chuvosas de verão. Respirávamos música naqueles instantes. Talvez pela sinergia do ambiente, talvez pela influência de estarmos na casa de um músico tão famoso, mas fora de nossa roda. Não tínhamos a menor noção do quanto ele era e é importante na MPB.


Ed Maciel é um dos exponenciais das famosas orquestras cariocas. Lembro-me que apenas três negros tinham a respeitabilidade na condução de suas orquestras – Erlon Chaves, Maestro Cipó e Ed Maciel. E estes três passaram desapercebidos por nós. Mas de uma coisa tínhamos certeza: o pai de nosso amigo era famoso!


Famoso pra caramba, meu! Com um currículo que inclui passagens pela Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e pela Orquestra Sinfônica Brasileira – aqui na condição de solista – Ed Maciel um dia optou por curvas mais emocionantes. E decidiu trilhar caminhos próprios.


Primeiro, foram as atuações destacadas nas grandes orquestras que emissoras de rádio e televisão mantiveram por anos e anos. Tendo, inclusive, dirigido a orquestra do compositor Ary Barroso em várias excursões pelo Brasil e pelas Américas. Depois, como conseqüência, os convites de inúmeros artistas em fase de lançamento para as incontáveis gravações em estúdio.


Tanta experiência e reputação foram responsáveis, afinal, por reiterados convites para acompanhar mais artistas. A diferença é que, nesta fase, aumentou o acompanhamento a artistas estrangeiros em excursões pelo Brasil para apresentações especiais.


Grandes bailes combinam com a grande orquestra do trombonista eleito por renomados artistas, daqui e do exterior, como um dos melhores do mundo.


Taí, na nossa rua ainda tem gente famosa (pois ele continua a morar no mesmo lugar) e digo mais, é o pai do Sérgio, da Simone e da Solange. Caramba! Que emoção!



Claudio Kibe

sábado, 25 de outubro de 2008

A vez e a voz das meninas

Agradecemos a primeira contribuição de uma menina sapeca que hoje, assim como o Byra, saboreia seu netinho.

Obrigado Rose e espero que estas palavras, tão simples e sinceras, reproduzidas na íntegra, sejam apenas as primeiras.

Um bjão bem grandão e muitos drinks.

"Meu niver foi 07.10.1961 - 47 anos ta??? É Ze ta muito boa essa sua ideia de fazer esse blog para todos colocarem sobre suas vidas atuais tambem. É todos nós da Correa temos um passado bonito que curtimos muito, seja da praia ou de cima. Temos muitas recordacoes boas que com o tempo acabei me esquecendo que tive 15 anos e morei na Correa. Esqueci que cheguei la com 8 anos e a Maria Amelia fazia o maior sucesso na rua e eu nao sabia porque hahahahaha. Esqueci que o Della era o meu Guru e me acalmava quando meu pai nao me deixava ir ao Baile do Botafogo aos domingos.Eu e o Della passavamos horas conversando na portaria do meu predio!!! Muita doidera e eu nao me lembro que tantonós tinhamos pra falar. Della na epoca era namorado da minha irma Sonia e namorado de irma virava irmao pra gente. Esqueci tambem que ja tive meus 15 anos!!! Eu jovem bonita, sapeca, cheia de vida, louca por um baile no botafogo aos domingos,convidei os amigos da Correa e naquela epoca eu tinha 2 namorados e os dois estavam no meu aniversario. Tiramos aquela foto de 15 anos, todos os amigos e eu no meio!!! Mas os dois estavam perto de mim!!1 hahahah Tenho até hoje essa foto com os dois!!! Ihhhh posso dizer que 1 deles é o pai da minha filha mais velha, minha linda, (lutadora e alegre!!)hoje com 30 anos chamada Fabiana filha do Serginho Pequeno!!! Com quem me casei em 78. Gravida claro!!! Familia protestante!!! mas nao tinham mais como protestar. hahahahah Claro que ficamos pouco tempo casados, eu só tinha16 anos e ele 17 anos!!! E fomos morar na epoca na Correa de cima!! Antes de casarmos moravamos na Correa da Praia. É o tempo passou e eu continuei sapeca e me casei mais uma vez!!! Pela 2 vez tentando ser feliz, tive mais 2 filhos maravilhosos que sao Renata hoje com 23 anos e mais tarde tive o Otávio hoje com 18 (em dezembro 08). É mais eu nao desisti de buscar "meu principe"!! ahahahah por isso que nunca achei!!! Me separei novamente e me casei outra vez!!! hahahah Dessa vez tentei um estrangeiro, porque brasileiro nao dava mesmo!!!! ahahahah Ele foi morar no Brasil, mas tinha vindo de longe, da Dinamarca deu super certo!! Nao precisava ter mais filhos, porque todos ja estavam prontos!! Só faltava nao dar certo né?? Deu certo e muito certo... nos mudamos do Brasil para a Alemanha, exatamente em Frankfurt am Main em 2001. Foi tudo muito bonito, enquanto durou!!! Até que ele partiu para o andar de cima, porque acredito que ele ja tinha cumprido a sua missao, inclusive conosco!! Sempre se pensa que se deixou algo por fazer, mas daqui um tempo, vamos tambem para la e vamos saber o porque de tudo.Assim eu espero e acredito porque sou espirita. Agora já vai fazer um ano dia 10 de novembro 2008 que veio dos Ceus mandado por Deus mesmo, um menino lindo, que veio para me dar paz, alegria de viver, motivo para viver de novo, motivo para seguir adiante e para AMAR MAIS DO QUE NUNCA NA VIDA!!! Fabiana foi a autora dessa preciosidade que hoje tenho nessa vida com o nome de jogador de futebol, mas Alemao - D I E G O!!! Sim, quando eu paro e me lembro do que eu era com 8 anos quando cheguei na Correa, vejo o quanto cresci e cresci mesmo!!! A vida tem seus degraus e quando se sobe um degrau jamais se desce!!! E a Correa foi o nosso primeiro degrau nessa escada da vida!!! To aqui com toda familia em Frankfurt am Main e sempre matando as saudades dos meus 8 anos e principalmente da minha festa de 15 anos, vendo o Blog do ZE DRINKS E KIBE!!! Ze vou para o Brasil em Janeiro, quero encontrar com todos voces!!Tomarei um montao de cerveja e chorarei com certeza no ombro do DELLANEY que sempre foi meu GURU na portaria do meupredio!!! DELLA TE AMUUUU E ZE OBRIGADA POR ESSE ESPACO TA???"

Da Rose

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um anjo


Meus amigos

Aos poucos o armário vai se abrindo e novas histórias aparecem. A da vez vem contada na forma de uma poesia, simples mas recheada com muito carinho e a emoção de quem é avô pela primeira vez.
Na íntegra reproduzimos a msg poética de nosso confrade (e meu irmãozinho) Byra.

Caros Confrades,
Devido a falhas de comunicação, não foi possível fazer a ‘comunicação oficial’ do nascimento de meu neto Lucca.Como nunca é tarde para nos redimir dos atos falhos, mesmo decorridos 9 anos, divido com vocês a poesia com a qual desejei-lhe as boas vindas a esse louco e maravilhoso mundo. Sintam-se beijados. Byra
UM ANJO
Qual música
que a musa canta,
inspirando o menestrel,
um choro
adianta...
Caiu um anjo do céu!
LUCCA,
nome escolhido,
o anjo se fez gente...
bem vindo,
neto querido,
agradeço aos céus
o presente.
O mundo
está mais bonito,
desceu um anjo
de amor....
Sorriam....
dividam comigo,
a felicidade
de ser
avô!!!
BYRA 13.02.99
Agora é a sua vez.
Drinks & Kibe

domingo, 19 de outubro de 2008

Quem será o próximo?

Estamos juntos a quase meio século, e de uns 10 anos para cá um grupo, que cresce a cada ano, se reune com a missão de manter viva uma união que merece todas nossas investidas.
Com a chegada da maturidade, cada um de nós seguiu seu rumo, no Brasil e até mesmo no exterior, mas nosso laço nunca desatou. A cada ano mais um se junta a nós, e sempre com alegria e agradecimento de ver que ainda estamos unidos, que ainda nos sobra a vontade de jogar uma pelada, de tomar uns drinks e de fazer muita coisa que hoje não é tão simples como à 20 ou 30 anos atrás.
É bem verdade que não somos eternos, e alguns se vão mais cedo, mas por graça são poucos e esperamos que continue lento este caminho. Aos que ficam, resta a responsabilidade de manter viva a imagem e a lembrança de todos.
Drinks & Kibe quer ser um instrumento que possa manter viva não somente nossas lembranças do passado, mas também nossos momentos de hoje. Não pensamos em manter este espaço apenas para contar o que já passou, queremos trocar idéias, conversar, marcar encontros, um verdadeiro "papo de botequim", numa visão mais moderna, porém com ares tradicionais.
Hoje a internet nos leva para muitos lugares e nos favorece o reencontro. Várias ferramentas estão disponíveis e se for para manter nossa união, todas são válidas. O fotolog, orkut, ning, sonico, MSN, yahoo e google, e tantas outras, que nos abrem um mundo de informações que fica difícil imaginar onde estaremos daqui a poucos anos.
No entanto todas estas formas de relacionamento só funcionam com a vontade do homem (pelo menos até agora...) e dependem de nossa participação, de nossos cadastros. Às vezes, somos copiados, nossas senhas roubadas, nossa vida devassada, mas são acidentes de percurso que temos que aprender não somente a aceitar sua existência, como principalmente nos defender desses ataques, cada vez mais perigosos e inesperados.
Talvez devido à nossa faixa etária, muitos de nós não estejam totalmente familiarizados com o computador, embora esta maquininha seja cada vez mais importante em nossas vidas. Gostaria até de saber quem da turma não a utiliza hoje em seu trabalho ou em casa, para bater papo com os amigos ou aprender alguma coisa.
Mas como dissemos, "ainda" se faz necessário nossa colaboração (e ainda bem que é assim) para a reunião de um grupo, ou para uma troca de idéias e nessa semana solicitamos ao grupo que nos informassem a data de seus aniversários. A resposta foi rápida e foi possível descobrir (ou relembrar) aniversários recentes, Peninha e Tuta, e um bem próximo, Amaro, que destacamos em nosso último batepapo.
E para aproveitarmos o espaço, vamos relacionar aqueles que já informaram suas datas natalícias para que todos nós possamos guardar e lembrar:

Betinho Chahaira: 02. fev. 56
Dellaney : 06. fev. 53

Claudio Kibe: 07. mar. 57

Frango: 17. abr. 56

J Drinks: 15. mai. 54

Beto: 06. jun. 56

Aracélie (Cecé): 24. jul. 58

Bira: 22. ago. 55

Tuta (Leo): 04. out. 54
Alexandre (Peninha): 07. out. 57
Godá: 13. out. 55
Amaro: 16. out. 54

Vamos aumentar esta lista. Em muito breve vamos recopiá-la com novos nomes agregados. Sabemos que muitos já acessaram o blog, mandaram emails mas não deixaram suas aqui suas msg. Porém é muito importante que participem, que se apresentem, que escrevam suas histórias, ou simplesmente que nos dêem um bom dia (e bons drinks), assim nossa corrente ficará mais forte, mais unida e poderemos mostrar para outros e novos amigos o quanto cada um de nós representa para o outro.

Um até breve, um até logo. Quem será o próximo?

Drinks & Kibe

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Amaro, o Ridículo (não me canso disso)

Tão logo comemoramos o aniversário de Paulo Godá, somos surpreendidos que o mes de outubro é mais fértil do que pensávamos. Peninha, no último dia 7, e Tuta, dia 4, já comemoraram seus aniversários e nos resta, no momento, dar nossos sinceros parabéns com os votos de muitas alegrias para os dias que virão. Em breve retornaremos para falar um pouco mais destes grandes companheiros.
E amanhã, dia 16 de outubro, nosso querido Amaro, o Ridículo (não me canso disso) completa suas 54 primaveras e temos a certeza que muito bem vividas.
Amaro é daqueles que a gente não tem como esquecer. Sua sutileza, só comparada ao bailado de um dócil elefante, sempre foi sua marca registrada. Se enaltecemos o sorriso garoto de Godá, a gargalhada, simplesmente escandalosa, do confrade Amaro é inigualável. É possível complementar seu perfil com a capacidade singular de seu palavriado sempre atualizado com palavras cada vez maiores.
Por estes e outros aspectos, assim como sua ativa participação na simpática torcida conhecida como "cachorrada", passei a chamá-lo de "o Ridículo", na realidade um chamamento carinhoso para um amigo de longas datas.
Crescemos juntos, jogamos muita bola, aliás o cara era uma fera quando entrava em campo, pois suas características mais marcantes apareciam de forma, digamos, natural (que digam seus adversários) e sempre sobravam afáveis trocas de gestos e palavras (grandes, como sempre).
Foram muitos os drinks. Viajamos algumas vezes, como o carnaval de Além Paraíba, que ele tão bem detalhou em seu texto (até demais) e nestes anos de parceria e amizade não conheço ninguém que não o tenha em alta estima.
É um grande parceiro. Figura certa em nossas reuniões, e inconfundível diante das qualidades já mencionadas. Atualmente se distrai com uns charutos na boca e nós torcemos para que não passe disso.
A você, meu amigo, irmão camarada, Drinks & Kibe deseja um Grande Aniversário, e que possamos dar ainda muitas gargalhadas e beber muitos drinks por esse mundão afora.

Drinks & Kibe

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Godá, parabéns p'ra você ...



Ainda não dei os parabéns para o Godá, mas foi de propósito, pois tenho a certeza que em muito breve ele estará lendo nossas linhas e saberá que não foi esquecido.
O Kibe soltou o verbo e foi muito feliz em suas palavras. Em geral, escreveria um comentário abonando o que foi dito, mas achei que seria pouco e preferi postar este pequeno trecho que simboliza nossa satisfação e felicidade na certeza de estarmos com nossos pensamentos conjugados na manutenção de uma amizade tão duradoura.
Paulinho, como era conhecido Godá, faz parte daquela família que chegou do Piauí em 1960 e que foi fundamental na formação de nossa turma. Talvez por serem de um núcleo familiar mais numeroso do que a maioria dos nossos naquela época, avançaram em um maior número de frentes, com a participação efetiva em diferentes grupos, o que de certa forma ajudou no crescimento e na evolução da confraria da Correa Dutra.
O que posso acrescentar é que aquele garoto gordinho, de sorriso inconfundível, deixou para nós uma grande lição de força de vontade. Cresceu, tornou-se um atleta de nível internacional, que enche de orgulho não somente seus familiares, mas todos nós que testemunhamos suas vitórias e conquistas.
Não vou me estender mais pois a beleza e a emoção contida nas palavras de meu parceiro Claudio Kibe, traçam um perfil mais do que justo para esse companheiro tão querido em nossa confraria.
A voce Godá, meu amigo, meu irmão, atleta campeão, homem e pai de família, um sincero "parabéns p'ra voce" e um beijo em seu grande coração, e que o Grande Arquiteto nos permita compartilhar muitos e muitos drinks além de comer quibes de montão (opa, cuidado para não confundir os quitutes).
Drinks

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu tenho um amigo que sabe fazer amigos!

Como raramente eu me incursionava pelo outro lado da Corrêa Dutra, não conhecia os meninos de lá. Talvez por isso, tenha conhecido Godá quando eu já tinha uns 14 ou 15 anos.

         Magro, mas com pinta de atleta, o cabelo encarapinhado como era moda na época, normalmente o via sem camisa – talvez para impressionar as meninas – ou talvez porque no Rio, até hoje, quase todo mundo tem o costume de andar sem. Sorriso franco com os amigos – o que parece ser uma marca de família, pois sempre via nos rostos de seus irmãos uma expressão de simpatia. Meu pai gostava dele, achava um menino “com cara boa” como costumava me dizer.

Na praia parecia estar em seu habitat natural, pois afinal de contas, nadar era seu mister, seu domínio, atleta de esporte que desde aquela época era tão desconhecido entre a maioria dos brasileiros – a gente falava “water-pólo”, num casamento da língua inglesa com a brasileira, com a licenciosidade permitida ao povo que prefere as coisas mais simples.

Lá ia aquele camarada, já rapaz de uns 18 anos, correndo no Aterro, com seu cachorro Skipper, acho que era esse o nome. Um poodle gigante, preto com o pelo encarapinhado quase igual ao do dono.

Fazer amigos, talvez seja uma de suas principais características, pois apesar de morar na Corrêa da Praia (ou “de baixo” como quiserem os mais ortodoxos), Godá se aproximou do pessoal da Corrêa de cima (essa não teve jeito de mudar). É bem possível que a sua afinidade com a turma de cá tenha sido pela faixa etária, pois seus irmãos e a maioria do pessoal de lá era um pouco mais velho. Pouca coisa, mas era. Mas 4 anos de diferença em uma determinada época de nossas vidas faz muita diferença; pois quando tínhamos 16, 17; a turma da Praia já tinha 20, 21.

Estudante do Colégio Pedro II, foi meu contemporâneo e do Vieira também (se não me engano). Aquela gravatinha azul, fininha, muitas das vezes servia de faixa pro cabelo, num claro sinal de rebeldia às tradições do famoso colégio fundado por D. Pedro II. Mas era moda, ou pelo menos a gente fazia aquilo sem compromisso nenhum com qualquer tipo de modismo ou ideologia.

Brigão, esse adjetivo ninguém pode negar. Do sorriso franco ao peito estufado como se quisesse “nadar” pra cima do desafeto e deitar-lhe algumas braçadas. Principalmente se a encrenca fosse com um de nós ou com um dos seus. Recentemente Godá me contou de uma briga que ele teve com outro menino, por causa de uma pipa. Ele estava lá no Aterro, feliz com sua pipa sem cerol, dibicava, fazia piruetas, rasgava o céu do Flamengo quando de repente veio outra pipa, veloz como um raio e zás....a linha com cerol fez a pipa do menino Godá voar sem rumo, solta ao sabor do vento.

A ira tomou-lhe de conta. Inevitável foi o embate com aquele que lhe tinha cortado, literalmente a alegria; e como ele mesmo diz até hoje: “o pau cantou!”. Ah! pobre menino, levou uns catiripapos, pescoções e coisas do gênero da briga de rua. O menino saiu correndo e Godá subiu para seu apartamento; e só desceu quando soube que o menino tinha chamado seu irmão e outros colegas, queixando-se da surra que tinha levado. Parecia que a coisa ia ficar preta, ou pelo menos roxa. Daí surge, uma figura, toda de branco. O colar de ouro não disfarçava o gosto duvidoso, mas denotava a presença de uma “autoridade”. Felipe de Felipe e Felipe – o Barão! Bicheiro famoso do Catete e que muitos de vocês devem lembrar-se. “O que que tá havendo?” perguntou com aquela voz que rouca. Godá explicou que estava soltando pipa e que o garoto tinha cortado e coisa e tal. A turma da Corrêa de baixo e a turma do moleque já estavam prontinhas pra explodirem. Barão determinou: “Vão brigar só os dois!”. E quem se atreveu a dizer que não!?

“O pau cantou!” e o menino apanhou de novo. Uma vez separados, a honra tinha sido lavada. Godá perdeu a pipa, mas o menino ganhou...bem, algumas cicatrizes.

Essa é um pouco da história deste amigo que aniversaria hoje, dia 13 de outubro, e faz 53 anos.

Ao nosso querido amigo, desejamos dias de felicidades, com saúde, e que você possa brincar com os filhos de seus netos, ensinando-os as boas coisas que você aprendeu nesta vida. Uma delas, a fazer amigos.

Claudio Kibe.

sábado, 11 de outubro de 2008

Roteiro sem um rumo certo ou fim de noite no forró do Flamengo


Em um determinado sábado, eu e Vieira estávamos sem programação definida - e nesta rara ocasião em que o restante do pessoal não estava nos botecos da rua - saímos a beber chopp com stanhegüer, começando pelo boteco da esquina da Corrêa de baixo, seguimos pela Praia do Flamengo passando pelo Cabanas e seguindo até o Belmonte (parando de bar em bar), lá perto da Tucumã; pegamos um táxi fomos pra boate Tropicana (onde fica o Canecão), ganhamos 3 drinks...saímos, fomos pra Prado Júnior e encontramos o Robson Pirata e mais alguém que não me lembro em um boteco. Fechamos o boteco. Pegamos outro táxi, fomos para a Praça Mauá, fazer não sei o que...ou não lembro o que fizemos. Mas lembro que não ficamos lá. Pegamos outro táxi. E não é que o motorista era um porteiro lá do prédio do Moita!? Pedimos a ele que nos deixasse lá no Forró do Flamengo e assim ele fez. Fomos conversando os assuntos mais tresloucados possíveis. Não me peçam pra lembrar, por favor! E o papo foi tão bom que o motorista não quis nem cobrar....dali pra frente não lembro de muita coisa. Só do barulho da música do forró, a todo volume, as breguetes com seus perfumes que mais pareciam cheiro de tempero, o cheiro de suor a dominar o salão...enfim, como diria Kako Antibes; era a visão do inferno. Ficamos pouco tempo por lá, creio. Pois lembro que acordei em casa, tarde à beça pra me encontrar com a Sandra lá na praia.

abs.

Kibe

Carnaval em Além Paraíba


O blog está bombando !

O Amaro nos enviou um comentário que vale mais do que isso. É uma história que nos remete ao tempo e faz com que a gente se emocione ao lembrar, principalmente pela ausência de amigos tão fraternos que hoje não mais aqui se encontram.
Seu detalhamente é muito rico (até demais em determinados momentos) mas é esta riqueza que todos nós desejamos que se perpetue.

Muito obrigado meu irmão, e esperamos que retorne, todos nós sabemos que você ainda tem muito para contar:

Na íntegra:
"ZÉ DRINKS, NÃO SABIA QUE, ALÉM DE BIRITEIRO IRRECUPERÁVEL, VOCÊ É UM EXCELENTE ESCRITOR.PARABÉNS !!!!!!!!!!!
COM CERTEZA,EXISTEM MUITAS LEMBRANÇAS NAS NOSSAS VIDAS , MAS ALGUMAS FICAM REGISTRADAS PARA SEMPRE.
VOCÊ E O KIBE TB, COM CERTEZA, LEMBRAM DAQUELAS VIAGENS PARA ALÉM PARAÍBA PARA PASSAR O CARNAVAL. EM ESPECIAL, UMA DELAS FOI MUITA MARCANTE. VAMOS AOS DETALHES:
- FOMOS PARA LÁ, EU, V, QUIBE, VIEIRA, MAURINHO (QUE SAUDADES, JURO, TO CHORANDO AGORA) ZÉ FRANGUINHO, FERNANDO TCHONA, GATINHO E OUTROS QUE INFELIZMENTE AGORA NÃO LEMBRO;
- FICAMOS NA CASA DO SEU PRIMO QUE ESTAVA EM OBRAS, UM ABONADO, ACHO QUE DENTISTA, DE ALÉM PARAÍBA. LÁ TINHA 1 DOBERMAN PRETO QUE FICOU PRESO NA ÁREA DEBAIXO DA CASA ENQUANTO FICAMOS LÁ. ATÉ QUE UM DIA, NÓS PREOCUPADOS COM O KIBE QUE TINHA DESAPARECIDO, OLHAMOS PARA O QUINTAL E, COMO TODOS ESTÁVAMOS BÊBADOS, ACHAMOS QUE TINHA APARECIDO MAIS 1 CACHORRO. QUE NADA, ERA O KIBE DOIDÃO, CRIOLO E DE SUNGA PRETA ACARICIANDO O DOG !!!!!!! NÃO SEI QUAL ERA A INTENÇÃO ??????;
- FOMOS PARA O MELHOR CLUBE LOCAL E PAGAMOS UM INGRESSO PARA PASSAR O DIA. LÁ COMPRAMOS TODO O ESTOQUE DE SALGADINHOS, "MIXTO QUENTE " (ABAIXO EU EXPLICO AS RETICÊNCIAS ) E CERVEJA DO BAR !!!!!!!! ; OS SÓCIOS DO CLUBE FICARAM "PUTOS" POIS TODO O ESTOQUE ERA NOSSO TODOS OS DIAS DE CARNAVAL. ELES NÃO CONHECIAM A POTÊNCIA DA NOSSA GALERA !!!!!!!!!!
- A NOITE FOMOS PARA O MELHOR CLUBE DA CIDADE PARA O BAILE DE CARNAVAL. LÁ ERA PERMITIDO ENTRAR COM QUANTAS GARRAFAS DE BIRITA, DESDE DE QUE PAGÁSSEMOS UMA TAXA,. NÃO PRECISA DIZER QUE O NOSSO ESTOQUE ERA O MAIOR DO BAILE;
- PARA FACILITAR LEMBREM, QUEM ESTEVE LÁ, QUE EM FRENTE TINHA TRILHOS POIS O TREM LOCAL PASSAVA DURANTE O DIA TRANSPORTANDO MERCADORIAS. NO CLUBE TINHA 2 AMBIENTES DE BAILE . NO 1º ANDAR FICAVA O BAR E AQUELAS MARCHINHAS DE CARNAVAL TRADICIONAIS. NEM PRECISA DIZER QUE O ZÉ BIRA NÃO PASSOU DESSE ANDAR. NO 2º ERA BAILE AO VIVO COM BANDA E MUITO EMPURRA / EMPURRA;
- BEM, O BAILE TERMINAVA LÁ PELAS 5 DA MANHÃ E ÓBVIO TODOS TINHAM QUE SAIR POIS O CLUBE TINHA QUE SER FECHADO. MAS O ZÉ BIRA, SEMPRE ELE, SE RECUSAVA POIS NÃO TINHA AINDA ACABADO DE BEBER TODAS AS "FILHINHAS" (BEBIDAS QUE ELE TINHA LEVADO PARA CONSUMO DELE) E FICAVA DEBRUÇADO NA VARANDA DO CLUBE AMEAÇANDO SE JOGAR SE OS SEGURANÇAS NÃO DEIXASSE ELE ACABAR COM AS "FILHINHAS" PARA DEPOIS SAIR. E AÍ NÓS TODOS BÊBADOS, JÁ LÁ EM BAIXO EM FRENTE AO CLUBE, ROGÁVAMOS "SE JOGA SE JOGA SE JOGA" E O ZÉ SÓ AMEAÇANDO PARA QUE OS SEGURANÇAS PERMITISSEM QUE ELE ACABASSE COM AS FILHINHAS DELE !!!!!!!!!!
- EM UMA DESSAS NOITES, A SÔNIA QUE ESTAVA NA CASA DA TIA DO ZÉ FOI EMBORA MAIS CEDO DO BAILE COM AS PRIMAS DELE. NÃO SEI PORQUE RAZÃO FOMOS PARAR DE MADRUGADA NA CASA DA TIA DE ZÉ, ACHO QUE PARA PEGAR A CHAVE DA CASA, ENFIM NÃO LEMBRO BEM. E AÍ VEM O MELHOR DA HISTÓRIA, O ZÉ COMPLETAMENTE BEBADO ESTAVA APAGADO NO CARRO. A SÔNIA APARECEU NA VARANDA DA CASA PARA FALAR COM O ZÈ, MAS NINGUÉM QUERIA FALAR COM ELA QUE ELE ESTAVA TOTALMENTE DE PORRE, EMBORA ELA COM CERTEZA NÃO DESCONHECESSE ESSA VIRTUDE DELE. DE TANTO ELA INSISTIR EU E O VIEIRA LEVANTAMOS O ZÉ E LEVAMOS PARA FALAR COM ELA. ELE ROGAVA ME DEIXE DORMIR. E EU O VIEIRA INSISTIMOS " ZÉ A SÔNIA QUE FALAR CONTIGO E ELE, INSISTIA, QUE SÔNIA, QUE SÔNIA, NÃO CONHEÇO NENHUMA SÔNIA. COLOCAMOS ELE DE FRENTE PARA ELA QUE CONTINUOU NA VARANDA E DISSEMOS, ZÉ A SÔNIA AQUELA ALI, E ELE "UMA FERA " !!!!!!!!!!
- NA CASA EM QUE FICAMOS, DO ABONADO PRIMO DO ZÉ, ESTAVA SENDO REFORMADA E A DESCARGA DO BANHEIRO ESTAVA QUEBRADA. ENTÃO O COMBINADO ERA: QUEM FOSSE AO BANHEIRO TINHA QUE JOGAR UM BALDE DE AGUÁ PARA FAZER A "DESCARGA". PORÉM, COMO TODOS FICAVAM QUE NEM A RÁDIO GLOBO, "24 HS NO AR" DE TANTA BIRITA, NEM SEMPRE FAZIAM O COMBINADO, OU SEJA JOGAR ÁGUA NO VASO PARA LIMPAR AS "CAGADAS E MIXADAS". ATÉ QUE NUM BELO DIA, COMO NOSSA REFEIÇÃO MAIS HABITUAL DURANTE AQUELES DIAS ERA O "MIXTO QUENTE " QUE COMÍAMOS NO CLUBE O VIERA GRITA DE DENTRO DO BANHEIRO DEPOIS DO ZÉ FRANGUINHO TER SAÍDO E NÃO TER JOGADO O BALDE DE ÁGUA, GALERA O ZÉ CAGOU UM "MIXTO QUENTE" INTEIRO !!!!!!!!!!
PQP QUE MEUS AMIGOS NÃO TEM PREÇO ESSA LEMBRANÇA TUDO FEITO NA MAIOR PAZ SEM VIOLÊNCIA , SEI LÁ NÃO TENHO MAIS PALAVRAS !!!!!!!!!!!"
Amaro, o Ridículo

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ao presidente...nosso reconhecimento!

Prezados,

 

É com absoluta alegria e falta de vergonha, que a presidência da Confraria da Corrêa Dutra, comunica a todos os confrades que adquiriu uma modesta residência para passar seus dias de férias. Um modesto veículo também foi adquirido, a fim de proporcionar um transporte seguro ao nosso inestimável presidente eterno (pela vontade de Deus e do povo).  O dinheiro para tal investimento, foi arrecadado junto aos confrades mais afortunados e generosos da situação. 

Todos estes confrades que apoiam o Exmº. Presidente Zé Drinks Forever estão convidados a visitá-lo em sua humilde morada. 

 

Kibes & Drinks

Secretaria Geral da Presidência

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O dia mais feliz da minha vida


Certa vez fui solicitado a escrever sobre “o dia mais feliz de minha vida”. O que parecia ser uma redação simples, confesso que me deixou um tanto confuso. A primeira idéia que veio na minha mente, com certeza foi talvez a mais comum, ou seja, foi o dia em que eu nasci. Mas será que realmente foi este o meu dia mais feliz? Ou será que este foi um dia muito mais feliz para outros do que para mim? Sinceramente não sei, pois parei para pensar e descobri que além deste dia, que não deixa de ser de grande felicidade, mas que não guardo nenhuma lembrança, tive outros dias também felizes, e cada um deles com suas razões, com seus motivos, e que num primeiro momento, não teria como mensurar se um era o mais, ou o menos feliz do que o outro.
Apesar da idade, ainda me recordo de momentos de minha infância, de minha primeira escola, dos primeiros amigos, de uma menina loirinha, no primário, que um dia me puxou pelos braços para perto dela e fez despertar um sentimento que até então não conhecia. Disse na época, para mim mesmo, que era o dia mais feliz de minha vida. Mas o tempo não para, e outros dias viriam.
Aos 15, fiz uma pequena reunião para os amigos, comemoração com cuba-livre e guerra de bolo. Uma bagunça para não mais esquecer. Naquela noite comentei com amigos que aquele era o dia mais feliz de minha vida. Mas o tempo continua rolando, e muita coisa mais viria a acontecer.
Namorava uma jovem que a fiz mulher, e no leito, entre um orgasmo e outro, falávamos juntos que aquele seria o melhor de nossos dias. Mas também passou. Outros orgasmos vieram, novas namoradas, mas aquele dia ficou guardado, reservado com a alegria e a felicidade que marcaram aquele momento.
Era um estudante normal, mediano, e passei aos 18 anos para a Faculdade de Engenharia. Recebi a notícia numa roda de pôquer com amigos que me viram soltar um berro de felicidade. Um deles não se conteve e falou que aquele deveria ser o dia mais feliz de minha vida. Poderia ser, mas como compará-lo com aqueles outros? Cada um deles teve uma importância diferente para mim e continuava difícil definir dentre eles o mais importante, o mais feliz.
Momentos e tempos diferentes, uma difícil comparação, e que a eles se juntaram outros de igual importância. A formatura, com pequeno atraso, devido a alguns entraves no caminho, não poderia ficar de fora, assim como o dia do primeiro emprego, que seguiu a linhagem ferroviária da família, ambos foram fatos inesquecíveis.
O casamento, como não poderia deixar de ser, foi um marco. Realizado de forma um tanto repentina, motivado por uma transferência para o interior, foi fruto de uma ligação de muitos anos com uma pessoa amada. Na realidade, uma relação de tão antiga, parecia um tanto desgastada, mas que sempre se superava e renovava, coroada pela felicidade do nascimento de nossos filhos. Momentos lindos. Dias tão importantes que seria difícil deixar de não elege-los como os mais felizes de nossas vidas. Mas como poderia distinguir um do outro? Fato que me leva a pensar: será que se mais filhos tivesse, cada um destes dias seria mais importante que o anterior?
Nessa linha de pensamento, minha redação parecia não ter um fim. Não conseguia definir qual seria o dia mais feliz de minha vida. Uma coisa era certa, o de amanhã é incerto, porque simplesmente não sabemos como será o amanhã. Os dias de ontem, maravilhosamente variáveis, diferentes, cada um com sua importância e beleza relativas, impossível de escolher um, sem pensar nos demais. Então me veio a resposta para esta questão. Uma resposta simples, como simples devem ser as soluções dos grandes desafios. Se não são os dias de ontem, e também não sei se serão os de amanhã, só me resta uma opção: o dia mais feliz de minha vida é simplesmente este que estou vivendo HOJE, com a lembrança de tudo que já passou, com o prazer de estar entre parentes e amigos fiéis, e com a esperança de que dias melhores sempre virão. Não tenho mais dúvidas, HOJE é o dia mais importante e mais feliz da minha vida.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

50 anos


Em março de 1956, chegamos na Correa Dutra. Estava para complementar 2 anos e não me lembro muito bem dos detalhes da viagem e nem mesmo da chegada. Mas segundo meu pai, o seu Bira, era uma rua um tanto tumultuada pela quantidade de bicheiros, sob as ordens do velho Barão (que já era um pouco velho na época), e de meninas de vida fácil (embora existam contradições).
Pouco tempo depois, eu e meu irmão Bira estávamos matriculados no maternal que funcionava na antiga sede náutica do Flamengo, a nossa Sede Velha, palco de muitas alegrias para nossa turma.
No fio da memória consigo lembrar das brincadeiras e dos colchonetes que eram espalhados para a “siesta”, assim como das broncas dos inspetores quando resolvíamos correr por cima das mesas.
No decorrer de 1960, nossos olhos se voltam para uma família que chega do Piauí, e olha que o menestrel Juca Chaves duvidava que lá nascia gente. Dr. Ari e Dª Dilza aportavam na Correa Dutra com uma escadinha de descendentes: Dellaney, Antero, Catarina, Paulo e Bina. Era o início de nossa era.
Aos poucos, com Dellaney e Antero, Peixe, Pico-Pico, Carlos e outros dessa época, começamos a montar uma turma. As meninas, em geral irmãs de nossos amigos, tinham uma posição de destaque, pois eram poucas e por isso mesmo bem cobiçadas.
De lá para cá muitos chegaram, alguns nasceram na própria Correa Dutra e outros, infelizmente, subiram para o andar de cima. Mas embora cada um tenha tomado seu rumo, com novos caminhos, novas amizades, sou capaz de afirmar que poucos se afastaram de nós. Nossa união é exemplo para filhos e netos que já povoam nossos lares. É motivo de conversa e de “drinks”, claro, em qualquer roda, o que muito nos orgulha e enche de alegria. É certo que não vou cansar de afirmar o quanto é bom poder estar aqui, hoje, com o endereço de mais de 50 (CINQUENTA – com a grafia nova) AMIGOS da Correa Dutra.
E para comemorar mais essa vitória, que teve início no final do século passado com um pequeno grupo de amigos mais próximos, eu e Dellaney decidimos que em 2010 iríamos formalizar nossos “50 anos”, ou seja, era, e continua sendo nossa intenção, registrar o meio século de uma amizade sincera, leal e inabalável. Mas de lá para cá, para nossa alegria, alguma coisa mudou. O retorno ao contato de toda essa turma maravilhosa, com a presença constante de Antero e Bira, Falcão, Frango, Amaro, Marquinho, PQD, e de tantos outros que fica difícil enumerar, assim como a ajuda da Internet, que nos facilitou encontrar sumidos como Manga, Gaguinho, Walter Curi, Isabel, Sonia e Rose, Derzemar, Santalucia e muitos mais, convidamos, ou melhor, CONVOCAMOS nossos amigos da Correa Dutra e arredores para que nos preparemos para festejar “meio século de amizade na rua Correa Dutra”. Vamos todos brindar, com muitos “drinks e kibes”, a longevidade da Confraria da Correa Dutra.