segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aniversário do menino com nome de guerreiro.

 

Seu nome é de guerreiro.
Haveria alguma dúvida de que não fosse? E antes que alguém pergunte ou questione, vale a lembrança; pois para quem tem nome de herói – Ubirajara é referência na vitória de desafios e conquistas. José de Alencar, o escritor e romancista, que o diga. E disse, em seu livro de mesmo nome.
Impressionante como a vida nos dá a oportunidade de externarmos nossos sentimentos, nas mais incríveis oportunidades; sejam elas na conquista de um acontecimento esperado, sejam também nos surpresas que jamais pensamos que aconteçam com a gente ou com nossos próximos.
O imponderável, é da Terra. É coisa que não temos domínio, é coisa que ainda não entendemos bem porque acontece e quando acontece ficamos meio assim...sem saber o que fazer, o que dizer. Pensando em como a vida é curta, e precisa ser vivida intensamente, buscando nas coisas simples a essência do que temos de melhor em nós.
Saber que hoje, é aniversário do Guerreiro Ubyrajara, é um desses acontecimentos. Esperado. E agora surpreendente. Pois são poucos os que aqui passam por este planeta, que têm a oportunidade de “nascer” duas vezes.
Ah! Como é guloso esse menino Byra! Quer ter festa duas vezes ao ano; para ganhar de presente, a oportunidade de nascer duas vezes. Eita, presente bom! Conseguindo agora, ser mais novinho que seus netinhos. Sempre foi assim, esse Byra. Avesso às regras. Forte, teimoso e cabeça-dura.
Um “mineirinho carioca”, que brincava nos quintais de Além Paraíba, mas que foi no quintal do Catete, que teve a oportunidade de construir tantas amizades, como as que tem conosco.
São tantas histórias desse guerreiro Ubyrajara; irreverentes, divertidas, inimagináveis por vezes, e que constam na memória de alguns de nós – amigos mais próximos. Agora, Tem mais uma pra contar. E parece que faz de propósito, pois agora, não passamos um dia sem pensar nele. Como se não bastassem as implicâncias com os “inimigos” do Flamengo, agora temos que pensar nesse rubro-negro com saudades de suas críticas ácidas aos torcedores dos outros times cariocas. É. Somente aos torcedores, pois ele sempre defendeu a volta do respeito aos times cariocas e a quebra de hegemonia(?) paulista no campeonato brasileiro.
Byra, um eterno apaixonado pelas coisas que faz, seja nas suas convicções esportivas quanto na política, teremos esse guerreiro em nossa lembrança e nossas orações.
Parabéns a voce, nesta data querida. Muitas felicidades, muitos e muitos anos conosco. Que assim seja!

Kibe



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais para toda nossa turma

Meus queridos amigos e amigas,

   Esses dias de agosto tem me proporcionado uma emoção atrás da outra. Desde a semana passada que somos surpreendidos por notícias dolorosas, mas que nos mobilizaram a externar nossos sentimentos e demonstrar de forma mais explícita nossa ligação sentimental. 
   Byra nos disse certa vez, aqui na lista, que ele havia dito a outros amigos, que ele fazia parte de uma lista de amigos de infância. As pessoas ficaram surpresas; pois não é fácil, hoje em dia, mantermos contatos, mesmo que esporádico, com amigos de infância. E além disso, este contato ser motivo de registro de lembranças daquela época, em um blog; eternizando assim, nossas memórias, deixando um legado aos nossos filhos, netos e quem mais vier.
Agosto segundo alguns exotéricos, é um mês cabalístico. É "mês do desgosto", do "cachorro louco", das "bruxas"; enfim, há uma relação desse mês com fatos marcantes. Mas deixo isso para quem quiser estudar; pois sei que desde que o mundo é mundo, as coisas sempre aconteceram - de 1º de janeiro a 31 de dezembro; e assim será pela eternidade.
   Hoje, a grande maioria da turma masculina, senão a totalidade, é pai; e em número um pouco mais reduzido, avô. E é justamente nesse mês que comemoramos uma das dádivas da natureza que é poder ter a possibilidade darmos a continuidade do sonho de Adão. Multiplicarmo-nos e nos eternizarmos em nossos descendentes. É mistério da natureza divina. É força inexplicável, onde um corpo recebe uma energia (que alguns chamam de espírito) e se cria e recria outro ser e assim sucessivamente. Milênio após milênio.
   Herança? Temos todas, deixadas por nossos pais, pelos pais de nossos pais, pelos pais dos pais de nossos pais, desde a origem de nossa genealogia. Agora somos nós, hoje, exercendo o que nos cabe como pais, como educadores; trazendo as boas referências de nossos ancestrais aos nossos filhos e também aos nossos netos.
Dia dos pais. Uns que partem deixando saudades e aguçando nossa memória das boas coisas que vivenciamos; outros em estado de esperança, recebendo a força da amizade na irradiação cósmica do amor - de todas as partes do mundo.
   Dias de pai. Dias de buscarmos a conciliação com nosso pai verdadeiro, nosso criador. E que tenha a linguagem ou compreensão que se queira, mas que tenhamos a capacidade de saber reconhecer que existe dentro de nós, um AMOR maior que nos faz vivo, que nos mantém vivos, na esperança de termos dias melhores para sempre.

Feliz dias dos pais. Felizes dias aos filhos.

E aos aniversariantes do mês:

Dia 02             Ulisses Melo
Dia 05             Monica (Qualirinha)
Dia 08             Marcio Moura
Dia 08             Erika (Byra)
Dia 20             Matheus (Antero)
Dia 22             Byra
Dia 23             Mario Neves
Dia 24             Claudia “Bill” Berenguer (Vieira)
Dia 28             Jorge “Xinzinho”

nossos PARABÉNS, com muita alegria e muito amor entre nós.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mais um para a Big Band no céu - chegou Ed Maciel!

Clique na imagem e ouça um dos sucessos de Ed Maciel

Hoje tem festa no céu! É verdade. Creiam.

   Ed Maciel chegou com seu trombone afinado. De certo que Erlon Chaves e o Maestro Cipó lhe aguardavam. Ícones, os três, das três maiores Big Bands, regidas por negros nos anos 60 e 70 no Rio de Janeiro.
   Já falei em outra oportunidade do nosso amigo - pai de outro amigo mais contemporâneo - e tenho em minha recordação, a estampa de um homem discreto, como bom mineiro que era, bem-humorado como pude perceber em algumas ocasiões. E de gosto refinado, no escolher da profissão e na desenvoltura com que regia sua banda.
   Edmundo, ou simplesmente Ed, era componente da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, e apesar de sua vivência diária com o clássico e erudito, era na MPB que ele embalava as noites cariocas ao som de sua outra orquestra. Quantos bailes de debutantes, quantos outros de tantas outras comemorações.
   Já não se faz mais Big Bands como antigamente. Os tempos são outros. Nem se dança mais de rostinho colado. Romantismo mesmo, só ouvindo música sertaneja (?) ou os bregas nordestinos. Pena.
   A notícia me pegou de surpresa. Pois a gente sempre pensa que isso nem é pra pensar. Penso eu. Pois tem certas pessoas que a gente acha que essas coisas não lhes pegam. Estranho, né? Assim me sinto. Estranho. Mas posso imaginar por onde andará esse espírito.
   Hoje tem festa no céu!
   Não me lembro agora, se existe outro ou outros que o substituam. Tomara que sim. Pois ao tocarem, me lembrarei desse nosso amigo que se foi. Nos resta agora, buscar suas músicas no mundo digital. Ouvir com mais atenção o swing que ele imprimia nos arranjos de tantas canções da MPB. Ele, que tocou com tantos intérpretes famosos, hoje nos deixa.

Vai Ed, chama os outros dois amigos e parceiros. Reúnam a banda e mostrem a todos os santos como se faz uma Big Band de verdade!
Vai Ed...pois Hoje, com certeza tem festa no céu!

Do amigo de seu filho

Luiz Claudio Machado

E uma pequena homenagem de Drinks&Kibe: a história...


E
d Maciel
Edmundo Maciel Palmeira
* 1926  Belo Horizonte, MG, Brasil.
† 2011 Rio de Janeiro, RJ
Instrumentista, arranjador, compositor, maestro.



Formação

  Edmundo Maciel nasceu numa família de músicos ou, mais exatamente, de trombonistas. Seu pai e pelo menos dois de seus irmãos tocaram trombone, sendo que Edson, mais novo, também seguiu carreira e, em vários momentos, participou de gravações junto com Edmundo.
   Foi nesse meio que se deu a iniciação musical de Edmundo Maciel, embora não haja informações sobre com que idade, com quem e o quê aprendeu, além do trombone.
   Contudo, é certo que teve formação erudita pois, no Rio de Janeiro, tornou-se maestro, arranjador e chefe de orquestra, e foi primeiro trombonista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal.

Instrumentista

  A existência de dois irmãos trombonistas, Edson e Edmundo é motivo de confusões. O nome artístico Ed Maciel refere-se a Edmundo, embora em alguns locais Edson apareça indicado como Edson Maciel e, em outros mais, conste apenas Maciel.
  Comparado ao irmão Edson, um instrumentista de linha jazzista, Edmundo era um músico mais tradicional, embora tenha participado também de algumas gravações ligadas ao movimento do jazz samba, ou do samba jazz, em particular com Eumir Deodato.
  Tinha o toque mais suave, articulação mais “limpa”, o fraseado mais contido, resultado do treinamento clássico e da atuação em concertos sinfônicos.
  Talvez por isso, tenha sido escolhido por Tom Jobim para participar dos discos “Canção Do Amor Demais” (Elizeth Cardoso) e “Chega De Saudade” (João Gilberto).
  Foi, acima de tudo, um músico de orquestra – inclusive de sua própria orquestra – mais do que um músico de pequenos grupos instrumentais.
  Tocava tuba esporadicamente, como no disco “Corações Futuristas”, de Egberto Gismonti, porém seu instrumento principal foi sempre o trombone de vara.

Compositor

   Contam-se nos dedos as composições gravadas de Ed Maciel, todas elas no espírito da dança de salão. Curiosamente, não estão nos seus discos – das cinco existentes na discografia registrada, somando oito gravações, três foram interpretadas pela orquestra do maestro Moacyr Silva.
  Suas composições são:

"É bom assim"

"Eu chorei"

"Maciel na gafieira"

"Puladinho na gafieira"

"Vai levando"


Carreira

   Sabe-se que, saindo de Belo Horizonte, Ed Maciel passou uma temporada curta em São Paulo e, a partir de 1940, radicou-se no Rio de Janeiro.
   Sua carreira dividiu-se em quatro vertentes. A primeira delas, mais discreta, foi a de trombonista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
   A segunda vertente que foi a de músico de orquestras populares, que se iniciou no rádio e seguiu pela televisão. Ao mesmo tempo, em grupos liderados por Ary Barroso (de cuja orquestra foi regente e arranjador) e Carlos Machado, excursionou algumas vezes pelas Américas – outra característica de sua carreira.
   No final de década de 1950, liderou seu primeiro grupo, os “Carioca Serenaders”, com os quais estreou em disco. Os Carioca Serenaders eram Edmundo Maciel (trombone), Julio Barbosa (piston), Moacir Marques da Silva, o Biju (sax tenor), Paulinho Magalhães (bateria), Paulo Moura (clarinete e sax alto), Chaim Lewak (piano), e Aderbal Moreira (sax baritono).
   Na década de 1960, com Cipó (sax tenor), K-Ximbinho (sax alto), Gennaldo (sax barítono), Julio Barbosa (trompete), José Marinho (piano), Papão (bateria) e Vidal (baixo), formou o Conjunto 7 de Ouros.
   Em pouco tempo, era o dono de sua própria orquestra de dança, que alternou formações puramente instrumentais com formações em que havia também cantores. Com ela, gravou vários discos, e animou bailes por todo o Brasil. Este comentário é de 1977:
  “Embora os preços que cobre sejam os mais altos do país, a orquestra de Ed Maciel é disputadíssima, com um calendário preenchido com meses de antecipação.” (Aramis Millarch)
   A orquestra de Maciel estreou em disco no ano de 1966 e, até 1978, lançou 11 LPs, todos voltados para o repertório dos salões de baile.
  A terceira vertente foi a de músico instrumental. Fez parte, entre outros, do grupo Os Gatos, de Eumir Deodato e Durval Ferreira; tocou com Os Cobras, liderados por Moacyr Silva e Waltel Branco; foi trombonista do disco “Coisas”, de Moacir Santos; participou da Orquestra Pixinguinha; e acompanhou Copinha no disco “Jubileu de Ouro”, comemorando os 50 anos da carreira do flautista.
· A quarta vertente foi a função de músico de estúdio, sinônimo de trombone de qualidade no acompanhamento de cantores e compositores. Edu Lobo, Chico Buarque, Francis Hime, João Gilberto, Elizeth Cardoso, Marcos Valle, Miúcha, Wilson Simonal, Ney Matogrosso, Maria Bethânia, Gal Costa, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga Júnior foram alguns dos muitos artistas com os quais colaborou.

Discografia

   A discografia própria de Ed Maciel foi feita mais para dançar do que para ouvir. Alguns discos típicos são:
. “Na Onda” (London/Odeon, LP/1966), o primeiro disco de Ed Maciel e sua Orquestra

· “Fervendo” (Continental, LP/1978), o último disco da Orquestra Ed Maciel. Alguns dos discos de que participou tinham ambições musicais maiores:

· “Impacto” (Polydor, LP/1964), com o Conjunto Sete de Ouros, apresentando Cipó (sax tenor), Gennaldo (sax barítono), José Marinho (piano), Julio Barbosa (trompete), K-Ximbinho (sax alto), Papão (bateria) e Vidal (baixo)

· “Coisas” (Forma, LP/1965), disco inaugural de Moacir Santos

· “Os Gatos” (Philips, LP/1964), num grupo formado ainda por Copinha (flauta), Durval Ferreira (violão e guitarra), Eumir Deodato (piano e arranjos), Honorato (trombone), J. T. Meirelles (saxofone tenor), Maurício Einhorn (gaita), Maurílio Santos (trompete), Neco (guitarra), Paulo Moura (saxofone alto), Sérgio Barrozo (contrabaixo), Wilson das Neves (bateria). “Os Gatos” faziam um som mais suave que o samba jazz, mais próximo do jazz da Costa Oeste dos Estados Unidos, apoiado nos arranjos de Deodato e nas composições de Durval Ferreira.

Leia outra matéria sobre Ed Maciel, que postamos em outubro de 2008.



Fonte: http://musicosdobrasil.com.br/ed-maciel
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terça-feira, 26 de julho de 2011

Para matar a saudade



Queridos Confrades e Confreiras,
Não poderia deixar de registrar em nosso grupo a visita que fizemos ao casal Betinho Chahaira e Rosa, em Bela Vista do Paraíso, Paraná, na semana passada. Esse programa foi o pagamento de uma promessa que há, aproximedamente, 30 anos fizemos ao Beto, em sua despedida do Rio de Janeiro, quando ele foi aprovado no concurso para o Banco do Brasil e firmou sua residência em Bela Vista. A oportunidade surgiu agora, quando o Fabio se aposentou e ao comentar com ele sobre essas situações de aposentaria, lembramos do Beto (já aposentado) e da antiga promessa de visitá-lo. Papo vai, papo vem, resolvemos concretizá-la e assim fizemos.
Embarcamos para Londrina e lá fomos recebidos pelo casal. Antes de nos dirigirmos a Bela Vista, fomos apresentados a uma choperia, especializada em comida árabe (é claro!!) e entre umas folhas de uva e pastinhas, tomamos alguns litros de chop. Assim, assinamos o cartão de boas vindas. Desnecessário registrar que fomos gentilmente convidados a nos retirarmos do local, loja de shoping, porque os garçons passavam bocejando, gentilmente perguntando se poderiam trazer a conta etc. Sem alternativa, fomos para o 'Betinhomóvel' e rumamos a Bela Vista, nosso destino.
Chegamos a casa do casal e a Rosa, ainda não familiarizada com seus hóspedes, caiui na besteira de dizer "sintam-se à vontade, como se estivessem em casa", não houve tempo de arrependimento. Estava dito. Claro que obedecemos ao pé da letra.....
Primeiro registro negativo: após longo tempo de afastamento, tinha que ter uma pegadinha.... o Beto, de sacanagem, me colocou para dormir no quarto vago de nossa sobrinha: Letícia. Um 'antro' de b-o-t-a-f-o-g-u-e-n-s-e. Um castigo.... me vi num verdadeiro 'canil'..... cercado de símbolos horrorosos.... me coçando todo..... entendi logo porque a 'Brenda' , mascote da casa, quando Letícia está em casa, se apressa em deitar naquela cama - seu habitat - tentei negociar uma troca e eles foram irredutíveis. Seria o preço a pagar... uma verdadeira tortura, que merece registro e repulsa. Mas resisti, heroicamente. Passado o choque, fui pensando.... e entendi que não seria de todo ruim, afinal, quem sabe se o Senhor não me enviou àquele lar com uma missão? De redimir uma jovem... minha estada naquele resinto poderia 'exorcisar' o mal, e 'limpar' o ambiente. Entendi que a minha missão seria pu rificar àquele ambiente com a alma rubronegra e deixá-lo em condições para a sobrinha Leticia, quando retornar, sentir-se mais leve e aliviada do mal de ser botafoguense, transmitido pela genética de seus pais. Afinal, ela é inocente nessa questão.
Mas, não parou por aí. Acordando no dia seguinte, de uma noite mal dormida, ao arrumar algumas coisitas em cima de uma bancada, reparei, ainda sonolento, no espelho acima da bancada, um plástico desprentesiosamente colado com os seguintes dizeres: "Morro de saudades de..... São Paulo". Foi a gota dágua. Fiz um verdadeiro escarcéu: chamei o Fábio (como testemunha) e o casal e desabafei: "Quarto e cama de botafoguense, ainda posso suportar (depois de registrar minha repulsa), mas, quarto de botafoguense com plástico de 'saudades de S. Paulo.....' é muito..... vou dormir na sala.... no banheiro... aqui não fico". Percebendo o meu estado de desespero, Rosa, rindo, me acalmou.... "Calma,...." e o Beto, mais uma vez, demonstrou a velha amizade: "Isso não... jamais faríamos isso com vocês... Leia de novo...", mais calmo, comprovei que eles tinham razão, a ordem certa da escrita era: strong>"Saudades de Morro de São Paulo"..... ufa!!! um alívio. Não necessitei do médico que eles estavam quase providenciando. Algumas cervejas foram suficientes para voltar à normalidade.
Fomos ao café da manhã.... Rosa, uma verdadeira anfitriã, fez tudo para nos agradar. Embora desacostumada, ainda, com o nosso jeitinho carioca, imediatamente resgatado em Beto, após algumas horas de reaproximação. Apesar dos diversos tipos de pães, frutas e outros acepipes deliciosos, fizemos um 'pacto'correiadutrano, ao qual o Chahaira imediatamente se incorporou, sem que Rosa se apercebesse, de delicadamente 'denunciar' que "sempre faltava alguma coisa..."..rsrsrs.... logo no primeiro dia, após Rosa deixar vazar, inocentemente, que achava o seu café ótimo, passamos, TODOS OS DIAS, a comentar que nunca havíamos experimentado um fabuloso café igual aquele, MAS.... estava faltando: ovos fritos......rsrsrsrs.... no dia seguinte, os ovos se apresentaram, MAS...não havia 'granola'....rsrrsrs..... ela começou a desconfiar da pequena sacanagem programada, pedia socorro ao Beto, que cinica mente, se possicionava ao nosso lado (mesmo correndo o risco de ter uma esposa brava ao lado.... ), não tardou acusarmos a ausência do bolo de milho.....rsrsrs... Por fim, ao findar nossa estada, no último dia, tivemos um café 'cinco estrelas'... até melancia apareceu...rsrs.... e, claro, não faltou o nosso comentário: "mas com caroços????"   rsrsrsrs...... Obrigado Rosa, pela paciência e pelo humor. Obrigado Chahaira, pela velha cumplicidade. Beijo ao casal.
Após o laudo café, no primeiro dia, fomos apresentados aos mais intímos amigos do casal. Papo agradável, conversa fiada e quando a noite chegou, já estavámos enturmados e o freezer vazio.
No segundo dia rolou um mocotó..... muito especial. Os amigos retornaram e, entre muitas cervejas, o papo ficou mais liberal e participativo. Olha gente, com aqueles amigos, o Chahaira não precisa de inimigos. Eu e Fábio assistimos uma verdadeira sessão de pega-no-pé da Rosa....rsrsrsrs....... entre outras coisas, eles demonstravam a 'ciumeira' por estarmos lá e botaram pra fora, entre algumas provocações: "poxa, precisou vocês virem aqui para podermos ser recebidos com mocotó", "ainda não conhecíamos a casa do Beto" , "amanhã vai ter churrasco, cuidado quando colocar carvão, vai acordar os morcegos"..... e outras pérolas....rssrs... até um 'toldo' que protege a área da churrasqueira do vento frio dessa época serviu para as provocações: "poxa, Rosa, esse toldo não tinha.... vocês mandaram colocar por causa deles?", claro, que  tudo fizemos para amenizar a situação, por exemplo, após os comentários sobre o toldo, acrescentei: " Fabio, agora dá para entender porque a Rosa estava apagando com redutor a frase escrita no toldo 'Bem vindos cariocas', quando chegamos...."  . Rosa ficou apavorada com a rápida cumplicidade reinante...rsrs
O terceiro dia foi o ápice. Beto programou um churrasco regado a 'roda de samba'. Tomamos o ótimo café da Rosa. Passamos a tarde de papo, beliscando e bebendo, preparando o espírito. Fim de tarde, começam a chegar os pagodeiros, cantores, ritmistas e agregados. Como nos velho tempo, rapidinho 'casa cheia'. Surdo, repiniques de mão, tamborim, pandeiros, banjo, cavacos e violão. E ninguém fez feio. O samba, realmente, é universal, tinha até japonês no samba. Entre tira-gostos, churrasco, cervejas e um J.W. 12 anos, o movimento rendeu atá 04:00 h. Para vocês entenderem o espírito generoso e anfitrião de Rosa e Beto, ás 04:00 h, quando só havia brasa na churraqueira e Beto já mais prá lá que prá cá, assim como os demais, o 'quórum' era somente do casal e seus hóspedes e três pagodeiros que findavam a retirada dos instrumentos. Rosa percebeu que o Beto e os pagodeiros não foram à mesa onde a janta (complementos do churrasco) haviam ficado expostos à noite toda e detectou que eles estavam com fome. Como os pagodeiros iriam de carro para Londrina (não passariam pela Lei Seca, garanto) deveriam comer alguma coisa para diminuir o teor alcoólico. Não conversou, esquentou o arroz e preparou pratos para o Beto e os pagodeiros. Meio sem graça e surpreso com o improvável tratamento, eles relutaram em não dar trabalho e um deles, afim de 'brincar' com Rosa e justificar a 'falsa falta de apetite', fez um gracejo:"só se fritar um ovo...." (parece até que eles sabiam de nosso pacto.....rsr), mas ele foi novamente surpreendido, não esperava a reação da Rosa. Sem tirar o sorriso do rosto, ela fritou dois ovos para cada um, inclusive para o Beto, e de forma incontestável fez os respectivos pratos. Eles tiveram que se dobrar.... e o Beto,  obedecer.....rsrsrsr.... Por esse exemplo, vocês começam a entender porque o Chahaira não retornou ao Rio, foi em Bela Vista que ele colheu a Rosa de sua vida.
Nos dias seguintes nos dedicamos mais a colocar o papo em dia e a matar as saudades. O Fabio, nosso fotógrafo, passou o maior sufoco. Foi tirar uma foto da Igreja e numa primeira tentativa, não conseguiu (ele é ateu!!!) a pilha da máquina pifou e rodamos Bela Vista de ponta à ponta mas não conseguimos repor...  e olha que andamos a cidade diversas vezes. Acho que gastamos um total de longa meia-hora nessa empreitada.... Conseguimos contornar o problema em Londrina, quando lá retornamos para jantar com o sobrinho Bruno, filho do Casal. Nosso fotógrafo conseguiu, posteriormente, fazer umas boas fotos. Detalhe: como o Tadeu, quarto mosqueteiro, não pode nos acompanhar, registramos uma foto do São Judas Tadeu que fica na entrada da Igreja...rsrsr.
Sobre a cidade, conhecemos a frente e os fundos da Igreja (não no mesmo dia, é claro.), o Banco do Brasil, onde Beto trabalhou, a avenida Central, algumas portas de fazenda  e outros lugares típicos. Mas, o que mais nos chamou a atenção, e foi registrado em fotos: os postes de distribuição de energia elétrica colocados NO MEIO DA RUA, das principais avenidas. A dúvida, ainda em pesquisa, é se servem como redutores de velocidade ou para 'divisão' de pistas???? o Chahaira ficou de responder.
A sacanagenzinha de saideira, ficou à conta de nosso útlimo dia em Londrina. Resolvemos deixar uma pequena lembrança a Rosa, por seu carinho, atenção e paciência conosco. No Shoping, compramos uma garrafa de sua vodca preferida (para repor o estoque), enquanto o Beto e ela nos aguardavam no mesmo restaurante árabe de quando chegamos, nos aproximamos da mesa, oferecemos o mimo e enquanto ela abria, ficamos de pé e cantamos em alto tom "parabéns prá você"....rsrsrs... Não adiantou ela tentar dizer ao garçom conhecido que não era o seu aniversário, ele não acreditou e a  abraçou lhe desejnado 'muitos anos de vida  etc.' . Quando ela entrou no 'clima', pedimos para chamar o gerente e conseguimos um belo copo de chop como presente da casa, após os devidos parabéns da gerência...rsrsrsrs
Tería muito mais assunto para comentar, o que tornaria o texto mais longo. O que procurei nessa resenha, foi dividir com vocês 'os melhores momentos' do pagamento de nossa promessa e a confirmação de que se justifica plenamente a fixação de nosso irmão Beto Chahaira em Bela Vista do Paraíso. Ele e Rosa formam um casal harmonioso, que se completam e se amam. É transparente o carinho, o cuidado e o respeito que cada um tem com o outro. O nome 'Rosa' não é ao acaso, é uma alusão à plantinha do amor que deve ser regada todos os dias para não secar, e eles formam um belo par de jardineiros. Ficamos emocionados, de verdade, ao nos despedirmos no aeroporto. Foi muito rápido, quando reina a harmonia, o tempo passa depressa.
Paga a promessa, espero que possamos refazer esses momentos em outras oportunidades. Como o Tadeu disse-me em certa ocasiâo: "Não é a distância que afasta os verdadeiros amigos".
Por fim. MUITO OBRIGADO, Beto e Rosa, pela recepção, pela amizade, pelo carinho, por tudo. Amamos vocês.
Obrigado Fabio, pela amizade de sempre e pela companhia. Foi muito bom compartilhar esses momentos com você, e agora com os demais.

Beijos em todos,

Byra

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Canção da América - Milton Nascimento - precisamos falar mais?





DIA DO AMIGO 

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Há duas formas para viver sua vida :
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.