quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

...e as meninas da Correa de Baixo – 2ª Parte

Quando sugerimos ao Kibe que postássemos um texto que versasse sobre as meninas da Correa Dutra, tinha a certeza que ele saberia fazê-lo de uma forma simples e gostosa de ler, e não me decepcionei, aliás, nós não nos decepcionamos, pois o resultado foi muito bom, além de nos remeter a um tempo que difere do “ficar” de hoje.
E não tínhamos opção, era certo de que ele iria se concentrar na privilegiada Correa de Cima e caberia a nós, do outro lado, a responsabilidade de retratar as meninas da Correa de Baixo.
O Byra se antecipou e ajudou bastante em seu comentário, o que faz com essa postagem seja um texto em quatro mãos, e só assim para competir com a Correa de Cima neste quesito.
Em sua escalação inicial, num perfeito 4-4-2, o técnico Byra, por ser mais jovem, cria um time em que mistura talentos juvenis com as mais experientes, e Catarina, por tradição da família, é a goleira e sua principal atleta.
Colocou na defesa: Bina, grande promessa dos juvenis, irmã de Catarina, hoje ambas residentes em Brasília, Helena, São e Tete, outra jovem, e juntas formavam um parada dura difícil de ser batida.
Estela, Arminda, Erika e Norminha, foram escaladas no meio de campo, sendo que Estela e Cachórros, e Erika, hoje com o Byra, estão presentes e ativas até hoje no time de veteranas.
Georgette e Iluska, formaram o ataque. E que ataque. A primeira, apesar de também juvenil, não era uma promessa, era craque e artilheira, a ponto de ser considerada como a favorita do Brasil. Iluska fez razoável sucesso e foi transferida para o exterior.
As reservas, na maioria oriundas de equipes vizinhas, eram de primeira linha: Silvinha, Lílian e Marcinha (grande amiga da Catarina), treinavam ao lado de Ritinha, da Buarque, Liege, namoradinha do André, e Alana Cristina de Moraes, que sofria nas mãos do preparador físico PQD. Todas em busca de vaga no time titular.
Do Máximus, vieram Lucinha, Eloah e Fatinha, outra que fez sucesso na Correa e no Brasil. As gemeas-louras da Dois de Dezembro, Iracema e sua irmã, disputavam vaga com as gemeas-morenas Yvanize e Iperaci.
Oldecléa (do Betinho Chahaira) e Valéria (ex-Byra), cuja irmã Verônica veio para o infantil e é treinada até hoje pelo nosso eterno goleiro, Antero, eram titulares de Botafogo, mas treinavam em nosso time.
As irmãs Neam, Jean e Geni, eram promessas que tinham um cuidado especial do treinador Jonnhy e seus assessores. Eram da época de Ana, que foi namorada do Roberto Azulão e adorava ser fotografada, tanto que fizemos um belíssimo ensaio com ela e só não foi melhor porque o filme acabou no auge dos movimentos. Infelizmente faleceu em um desastre de automóvel.
Sonia e sua irmã Sandra, também falecida, chegaram em plena Copa de 70. Sonia, ainda juvenil estreou no time de cima e até hoje está ao nosso lado, no posto de Primeira Dama da Confraria.
Algumas veteranas foram transferidas para outras equipes: Magali, Malú e Áurea, respectivamente irmãs de nossos confrades, Chahaira, Edu “Maluco” e Fábio, tiveram pouca participação em nossas atividades.
A equipe ainda possuía um outro grupo de jogadoras. Craques em suas posições, mas que por problemas de comportamento treinavam à parte. Maria Amélia, veterana, cheia de ginga e dribles desconcertantes, e com atuações brilhantes no time principal, era a líder do grupo. Fiel a Correa Dutra, não aceitava transferência apesar de inúmeros convites. Chegou a ser emprestada, mas o coração falava mais alto e ainda hoje está presente na Correa de Baixo.
Rosinha Puta batia um bolão. Tinha o espírito amador e dava preferência às peladas e saunas com os rapazes. Zé Negão era seu admirador e a protegia sempre.
O grupo era inquieto, com brigas e disputas constantes pela liderança. Uma outra atacante, de menor prestígio, Neide, se não me engano, volta e meia ia às brigas de fato com Maria Amélia que nunca levou desaforos para casa.
Caso especial foi o de Yasmim, jogadora de futuro, captada por Maria Amélia, nunca mais saiu da marginalidade. Ficou muito conhecida fora das linhas, quando prestes a ser mãe, em crise no bar do Manolo, sua bolsa estourou e ninguém se manifestava para ajudá-la, quando conseguimos socorrê-la e levá-la ao hospital, onde o parto foi feliz e nasceu uma linda menina. Confessamos que esta foi uma das maiores alegrias em nossa vida e que até hoje relembramos com muito orgulho e satisfação. Tempos depois a encontramos em Juiz de Fora com uma equipe de meninas que iriam disputar algumas partidas de exibição na cidade, não é preciso dizer que a alegria foi mútua e que o time era de profissionais.
Na verdade o elenco da Correa de Baixo sempre foi muito dinâmico, e se alterava à medida que algumas atletas chegavam e outras saíam, e assim como bem disse o Kibe, vai ser difícil deixar de esquecer um ou mais nomes, mas vamos aproveitar nossa memória ainda ativa, e tentar complementar o time com algumas outras atletas. Do meio de campo da Correa de Baixo, não podemos deixar de mencionar “Fatiman e Batman”, famosa dupla que deu muito trabalho na área adversária. No mesmo espaço, lembramos de outra Fátima, uma magrinha do primeiro andar, que passou por nosso treinamento particular, e Sandra, irmã de Carlos, um grande amigo. Ambos deixaram saudades, saíram cedo da turma e nunca mais voltaram. Em complemento a este meio de campo, as irmãs Sonia e Rose. A primeira tem uma linda filha com Sérgio Falcão e é uma participante ativa de nossas reuniões e a segunda foi casada com Serginho Pequeno, separou-se e foi transferida para a Alemanha onde vive hoje com seus filhos e o neto Diego, sua maior paixão nos dias de hoje.
Complementa a equipe, Narla, que foi casada com Renato Rivelino, e mãe dos primeiros de seus 6 filhos (por isso que ele está cada vez mais careca) e as irmãs Helena, que casou com o Paulinho, irmão do Miltinho, que foi Secretário Particular do Agnaldo Timoteo por muito tempo, e Rita, que namorou o falecido Topo Gigio, afogado nas águas do Amazonas. Elas se concentravam no prédio da Sonia, a Primeira Dama, onde também residia Solange, filha do Seu Geraldo, o Porteiro, gente muito fina. Tinha vários irmãos, mas destacamos o amigo Gerardo, que veio a ser nosso vizinho, no condomínio que residimos até hoje, em Niterói. O mundo é mesmo pequeno, e ainda bem, pois sendo assim tivemos a alegria de reencontrar uma família de grandes amigos.
E por fim, agradecemos ao Cláudio Kibe por nos deixar registrar os nomes de Cecé e Moniquinha, além de Martinha, todas do time da Correa de Cima mas que também bateram um bolão na Correa de Baixo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso é que é pagode e um bar animado pela turma da CD!!!

To louca para ouvir e ver isso tudo de perto!!

Aqui os bares se parecem mais com velorio... todo mundo caladissimo e os
que falam, falam tao baixo que parece que estao contando um segredo para o outro!
kakakakaka É assim que se vive aqui. Eu imagino essa turma da CD aqui
num bar desses kakakakak iam matar os alemaes de raiva kaKAKAKAKA

Gostei muito da forma como o "time da CD de cima e da praia" foram formados!!
Voces tem uma imaginacao bem fertil e para passar para o papel. mais ainda....
aquele neuronio sozinho nao anda na cabeca de voces nao!!! Ele ja deve ter tomado
o rumo dele há muito tempo né?? akakakaka

Esta super.... como se diz aqui na alemanha... Adorei ler ....

Bjs