quarta-feira, 1 de outubro de 2008

50 anos


Em março de 1956, chegamos na Correa Dutra. Estava para complementar 2 anos e não me lembro muito bem dos detalhes da viagem e nem mesmo da chegada. Mas segundo meu pai, o seu Bira, era uma rua um tanto tumultuada pela quantidade de bicheiros, sob as ordens do velho Barão (que já era um pouco velho na época), e de meninas de vida fácil (embora existam contradições).
Pouco tempo depois, eu e meu irmão Bira estávamos matriculados no maternal que funcionava na antiga sede náutica do Flamengo, a nossa Sede Velha, palco de muitas alegrias para nossa turma.
No fio da memória consigo lembrar das brincadeiras e dos colchonetes que eram espalhados para a “siesta”, assim como das broncas dos inspetores quando resolvíamos correr por cima das mesas.
No decorrer de 1960, nossos olhos se voltam para uma família que chega do Piauí, e olha que o menestrel Juca Chaves duvidava que lá nascia gente. Dr. Ari e Dª Dilza aportavam na Correa Dutra com uma escadinha de descendentes: Dellaney, Antero, Catarina, Paulo e Bina. Era o início de nossa era.
Aos poucos, com Dellaney e Antero, Peixe, Pico-Pico, Carlos e outros dessa época, começamos a montar uma turma. As meninas, em geral irmãs de nossos amigos, tinham uma posição de destaque, pois eram poucas e por isso mesmo bem cobiçadas.
De lá para cá muitos chegaram, alguns nasceram na própria Correa Dutra e outros, infelizmente, subiram para o andar de cima. Mas embora cada um tenha tomado seu rumo, com novos caminhos, novas amizades, sou capaz de afirmar que poucos se afastaram de nós. Nossa união é exemplo para filhos e netos que já povoam nossos lares. É motivo de conversa e de “drinks”, claro, em qualquer roda, o que muito nos orgulha e enche de alegria. É certo que não vou cansar de afirmar o quanto é bom poder estar aqui, hoje, com o endereço de mais de 50 (CINQUENTA – com a grafia nova) AMIGOS da Correa Dutra.
E para comemorar mais essa vitória, que teve início no final do século passado com um pequeno grupo de amigos mais próximos, eu e Dellaney decidimos que em 2010 iríamos formalizar nossos “50 anos”, ou seja, era, e continua sendo nossa intenção, registrar o meio século de uma amizade sincera, leal e inabalável. Mas de lá para cá, para nossa alegria, alguma coisa mudou. O retorno ao contato de toda essa turma maravilhosa, com a presença constante de Antero e Bira, Falcão, Frango, Amaro, Marquinho, PQD, e de tantos outros que fica difícil enumerar, assim como a ajuda da Internet, que nos facilitou encontrar sumidos como Manga, Gaguinho, Walter Curi, Isabel, Sonia e Rose, Derzemar, Santalucia e muitos mais, convidamos, ou melhor, CONVOCAMOS nossos amigos da Correa Dutra e arredores para que nos preparemos para festejar “meio século de amizade na rua Correa Dutra”. Vamos todos brindar, com muitos “drinks e kibes”, a longevidade da Confraria da Correa Dutra.

8 comentários:

Anônimo disse...

Drinks, contar esta história real é fazer acelerar o coração e encher os olhos de lágrimas de emoção e orgulho,esta história é contada com orgulho para os meus filhos e amigos dos meus filhos,Ex:sabado passado o pessoal marcou uma pelada com churrasco la no alto da Tavares Bastos,e meu filho estavamos presente,ele gostou muito de participar,do encontro da jovem rapaziada dos cabelos glisários,e suas brincadeiras e eterna amizade.
Abç,MARIO NEVES.

Anônimo disse...

Ter participado desse time é motivo de orgulho prá mim, não só pelo futebol que jogávamos, mas também pelas amizades que criei. Tive muita sorte em ter conhecido, ainda no primário do Rodrigues Alves, meus amigos Zé e Dellaney e ter sido levado por eles prá treinar na Sede Velha onde, além do Bira e Antero, conheci o Gaguinho, Boiadeiro, Brasil, Palito, Ary(que está de preto na foto falando comigo), Chico(com quem vim a estudar Educação Física na UFRJ), Santalúcia, Pará, Betinho, Manga, entre outros da CD que conheço de vista. Aumentamos essa amizade ao estudarmos juntos no Zaccarias(acho que já com a presença do Santa), mas ao longo do tempo fomos nos afastando. Felizmente, reencontrei os antigos amigos e, apesar de morar fora do Rio atualmente, espero poder participar mais ativamente da Confraria e também ser convidado prá comemoração dos 50 anos de amizade dos nobres amigos. Um abraço!!!!!

Anônimo disse...

Imagino que este que escreveu seja nosso amigo e craque Gaguinho...ainda bem que ele fez sua referência na foto, ao dizer que o Ary estava conversando com ele.
Valeu Gaguinho, que bom que vc visitou sua sala, nossa sala de visitas.

abs.

Kibe

Drinks e Kibe disse...

Kibe
O comentário anterior é do Tuta, ou melhor, Leo, no orkut, e José Leonardo Menezes Campos, na certidão. Titular absoluto do Sede Velha e de nossa relação de amizade.
Sua presença em qualquer de nossos eventos será sempre uma alegria para todos nós.
sds
Drinks

Anônimo disse...

Prezados amigos, Zé e Kibe, acho que escrevi a mensagem depois de ter bebido umas "Itaipavas" com uns amigos, talvez por isso tenha escrito "Anônimo".
Um abraço!!!!!!

Drinks e Kibe disse...

Grande Léo,

Não foi sua culpa ou das louras de Itaipava. Imagino que a ansiedade em responder foi do mesmo tamanho que a emoção ao ver aquela foto histórica. Voce tem crédito conosco, afinal foi o primeiro a escrever em nosso blo. Certo Zé?

abs.

Kibe

Anônimo disse...

Kibe e Zé

Não está certo, não... não sei o porquê, mas minha mensagem anterior (inicial no novo blog...rs) sumiu no limbo.

Mas, sem problemas.... só de reler o Velho Tuta de Guerra me emociono e agradeço ao Grande Arquiteto a felicidade de ter e estar convivnedo com VOCÊS.

Beijos

Byra

Drinks e Kibe disse...

Meus amigos

O crédito é de todos nós. Aos poucos a galera vai conhecer o mecanismo e tenho a certeza que será um espaço especial.

O Amaro já mandou um comentário que demonstra perfeitamente a intenção do "Drinks & Kibe", que é exatamente deixar o registro de nossa história, afinal em 50 anos temos muito para contar, e por falar nisso, CONTAMOS COM VCS, participem, enviem algumas passagens interessantes, mas por favor não se espelhem muito no Amaro (o cara queimou meu filme).

bjundas